Aqui está um mimo de Natal: a coluna publica, em primeira mão, a capa da edição de janeiro da revista PLAYBOY.
A protagonista da vez é a brasileira que leiloou a virgindade, Ingrid Migliorini (Catarina é o nome artístico, inspirado em seu estado de origem).
Personagem central de uma das maiores polêmicas da reta final de 2012, a moça, de 20 anos, teve a sua primeira vez arrematada por 780.000 dólares.
A experiência estará em um documentário produzido na Austrália. O ensaio de Ingrid (ou Catarina) foi fotografado em São Paulo, por Luis Crispino.
24 de dezembro de 2012
Por Paula Neiva
NOTA AO PÉ DO TEXTO
"O tempora, o mores!" - 'Que tempos os nossos! E que costumes!' - bradava o velho Cícero ao observar a decadência e a corrupção dos valores religiosos da igreja.
Podemos repetir a mesma invectiva, quando assistimos o que era considerado uma 'virtude' - simbolizando a preservação da pureza - transformar-se em mercadoria de leilão. Já não vivemos mais uma época de consumo, mas a 'doença do consumismo exacerbado'. Já temos leilão de órgãos - não confundir com doação, e menos ainda com o tráfico - quando transformamos o corpo em negócio, uma espécie de balcão, melhor, uma 'butique' de 'miúdos'. Um negócio dos mais lucrativos atualmente. Fico imaginando que futuro brilhante nos espera no horizonte da nossa decadência.
Ela chega mansa, com ares de modernidade, e vai nos empurrando para o inusitado. E quando acordamos da hipnose, já estamos em outros tempos, outros costumes. E Catarina leiloa sua virgindade!
Sei que os 'modernosos' se arrepiarão de tanta caretice! Mas o que fazer? Sempre que converso com os meus botões, atentamente eles me levam a essas reflexões... Nunca o corpo, com todas as suas tatuagens, com seus penduricalhos, os tais piercings, com seus botox simulando falsas nádegas e outras partes mais pudendas, encontraria melhor caminho para se transformar numa vitrine. Quanto mais adornado, maior sucesso! E daí a raridade de um hímen, nesses tempos radiosos, poder ser vendido por US$ 780.000
Puro reflexo do nosso tempo. Que Cícero descanse em paz...
m.americo
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