- Pyongyang cancelou linha direta com os Estados Unidos
NAÇÕES UNIDAS - Após as Nações Unidas terem aprovado mais uma série de sanções contra a insistência da Coreia do Norte de dar continuidade a criação de um arsenal nuclear, Pyongyang anulou nesta sexta-feira todos os acordos de não agressão com a vizinha Coreia do Sul. O governo comunista também cortou uma linha direta de comunicação com os Estados Unidos e com Seul, além de reiterar ameaças anteriores.
Em nota divulgada pela agência estatal KCNA, o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia (CRPK, na sigla em inglês) disse que “derroga todos os acordos de não agressão firmados com a Coreia do Sul”. Um pacto firmado em 1991 fixava que os dois países iriam procurar soluções pacíficas para as disputas e iriam evitar conflitos acidentais. Tal concordância será invalidada a partir da próxima segunda-feira, o mesmo dia em que o governo comunista ameaça por fim ao armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953), mas que nunca se converteu em um tratado de paz definitivo.
A Coreia do Norte acrescentou que tomará represálias “sem piedade” e fará ataques “destrutivos” se o inimigo se intrometer em seu território. As forças armadas norte-coreanas também irão fechar o ponto de intercâmbio de Panmunjom, na suposta zona desmilitarizada, considerada uma das mais militarizadas no mundo.
A declaração norte-coreana foi emitida nesta sexta-feira depois de ter sido divulgada a aprovação nas Nações Unidas de sanções contra a economia e a liderança norte-coreanas, após o terceiro teste nuclear do país.
As medidas dificultam ainda mais as atividades comerciais da Coreia do Norte, criando obstáculos financeiros, aumentando poderes para que outros Estados fiscalizem carregamentos que saem do país e limitando os movimentos diplomáticos dos norte-coreanos pelo mundo. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, resumiu que as novas punições “incrementam o isolamento norte-coreano e tornam mais caro a líderes do país o desafio à comunidade internacional”.
Já Pyongyang descreveu a decisão da organização como uma prova de que Washington e suas “marionetes de Seul” não desejam um enfrentamento. No entanto, “as relações norte-sul passaram do limite do perigo, já que não podem mais ser reparadas e uma situação muito perigosa prevalece na península, onde poderia ser iniciada uma guerra nuclear”, nas palavras do governo comunista.
Segundo especialistas, há temores de que a tensão crescente na região leve finalmente ao um conflito armado, após semanas de ameaças norte-coreanas. A KCNA salientou que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, visitou na quinta-feira uma unidade militar localizada nas linhas de frente que participaram de um bombardeio contra a Coreia do Sul em 2010. Durante a inspeção, Kim disse que estava pronto para ir à guerra e que iria ordenar um ataque em todas as frentes contra qualquer provocação.
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Em nota divulgada pela agência estatal KCNA, o Comitê pela Reunificação Pacífica da Coreia (CRPK, na sigla em inglês) disse que “derroga todos os acordos de não agressão firmados com a Coreia do Sul”. Um pacto firmado em 1991 fixava que os dois países iriam procurar soluções pacíficas para as disputas e iriam evitar conflitos acidentais. Tal concordância será invalidada a partir da próxima segunda-feira, o mesmo dia em que o governo comunista ameaça por fim ao armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953), mas que nunca se converteu em um tratado de paz definitivo.
A Coreia do Norte acrescentou que tomará represálias “sem piedade” e fará ataques “destrutivos” se o inimigo se intrometer em seu território. As forças armadas norte-coreanas também irão fechar o ponto de intercâmbio de Panmunjom, na suposta zona desmilitarizada, considerada uma das mais militarizadas no mundo.
A declaração norte-coreana foi emitida nesta sexta-feira depois de ter sido divulgada a aprovação nas Nações Unidas de sanções contra a economia e a liderança norte-coreanas, após o terceiro teste nuclear do país.
As medidas dificultam ainda mais as atividades comerciais da Coreia do Norte, criando obstáculos financeiros, aumentando poderes para que outros Estados fiscalizem carregamentos que saem do país e limitando os movimentos diplomáticos dos norte-coreanos pelo mundo. A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, resumiu que as novas punições “incrementam o isolamento norte-coreano e tornam mais caro a líderes do país o desafio à comunidade internacional”.
Já Pyongyang descreveu a decisão da organização como uma prova de que Washington e suas “marionetes de Seul” não desejam um enfrentamento. No entanto, “as relações norte-sul passaram do limite do perigo, já que não podem mais ser reparadas e uma situação muito perigosa prevalece na península, onde poderia ser iniciada uma guerra nuclear”, nas palavras do governo comunista.
Segundo especialistas, há temores de que a tensão crescente na região leve finalmente ao um conflito armado, após semanas de ameaças norte-coreanas. A KCNA salientou que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, visitou na quinta-feira uma unidade militar localizada nas linhas de frente que participaram de um bombardeio contra a Coreia do Sul em 2010. Durante a inspeção, Kim disse que estava pronto para ir à guerra e que iria ordenar um ataque em todas as frentes contra qualquer provocação.
09 de março de 2013
O Globo
Com agências internacionais
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