Internacional - América Latina
Villoldo, agente da CIA, recebeu o cadáver de Ernesto “Che” Guevara e o enterrou em um lugar desconhecido perto de Valle Grande, sem as mãos, que haviam sido cortados por um médico. Os restos que estão em Cuba têm as mãos...
Um cirurgião cortou as mãos do cadáver do guerrilheiro argentino Ernesto “Che” Guevara, ante o olhar impávido do agente da CIA que o perseguiu durante mais de dois anos desde as selvas do Congo até La Higuera, um vilarejo da Bolívia. As mãos cortadas foram colocadas em formol, em uma urna de cristal.
Enquanto isso, Fidel Castro, que havia determinado a morte de Guevara para que não lhe fizesse “sombra”, preparava as boas-vindas e o funeral para receber os restos do guerrilheiro.
Gustavo Villoldo não ia deixar que isto acontecesse. Com a ajuda de dois bolivianos carregou os cadáveres de Guevara e seus dois sequazes e os enterrou perto de Valle Grande.
A primeira parte de sua missão havia terminado.
Gustavo vivia com seus pais, Gustavo e Margarita, descendentes de endinheirados espanhóis, donos de uma distribuidora da General Motors e plantações em Cuba, em uma mansão no bairro havanero de Miramar.
Em janeiro de 1959 os barbudos fidelistas começaram a perseguição à família Villoldo. Queriam sua fortuna, seus negócios, suas vidas. Devido ao alto nível social e político dos Villoldo, os barbudos não podiam ocupar seus bens pela força nesses primeiros dias do ano de 1959. Gustavo, detido em 6 ou 7 de janeiro, foi submetido a torturas que incluíram simulacros de fuzilamento.
Num esforço bem organizado para tirar os bens dos Villoldo, Guevara visitou seu escritório em 15 de janeiro de 1959, sem permitir que Gustavo estivesse presente nos interrogatórios. Em 16 de fevereiro Villoldo, acreditando que era a melhor solução para proteger sua família, suicidou-se.
No ano de 2009, um juiz nos Estados Unidos outorgou mais de dois bilhões de dólares à família de Villoldo.
Entrevista para Oscar Haza
Hoje Gustavo, na primeira entrevista de rádio que concede em Miami, detalhou a Oscar Haza os esforços levados a cabo por sua família, durante vários anos, para recuperar os bens roubados pelo regime castrista. À diferença de outras pessoas que ganharam pleitos contra Cuba e não puderam executar a sentença, é possível que a família Villoldo possa sim cobrar essa soma.
Gustavo expressou a Oscar que estava concluindo um esforço para recuperar os bens roubados pelo regime castrista, sem dar detalhes precisos para não debilitar o caso legal. Também deu detalhes da disposição do cadáver do argentino em seu enterro.
“Encontrei o cadáver do meu pai em seu quarto, olhando para a parede, com rigor mortis, e levei isto comigo toda a vida”, disse Gustavo a Oscar. “A vida me levou a estar presente no caso de Guevara. Confesso que tive uma satisfação muito grande ao enterrá-lo e que por mais de 20 anos pude evitar que se saiba onde está seu cadáver”, continuou Gustavo e prosseguiu: “o mérito da operação foi dos bolivianos e do presidente René Barrientos, pela decisão que tomou”.
“Cheguei depois que Guevara estava executado por ordem de Barrientos e recebi seu cadáver que havia sido trasladado em um helicóptero a Valle Grande, onde foi levado ao necrotério. Me reuni com o general Alfredo Ovando, alguns ajudantes e membros da sociedade boliviana. Um ajudante propôs cremá-lo, mas lhe expliquei que não tínhamos as condições para isso e que não deveríamos entregar o corpo a Cuba, para que não o convertessem em um mártir. Guevara e seus ajudantes foram enterrados em um lugar só conhecido pelo chofer e o tratorista que me acompanhavam, e eu”, descreveu Gustavo.
Trinta anos depois, o regime de Cuba disse que haviam encontrado os restos de Guevara. “Na foto desses ossos vêem-se os ossos das mãos”, manifestou Gustavo a Oscar. “Como isto é possível, se havia-se cortado e levado a Cuba pelo ministro Agüedes? Se as mãos estavam separadas do corpo, como vão aparecer as mãos como parte do esqueleto? Só revelarei o local onde foram enterrados Guevara e seus cúmplices se prova-se de forma convincente que os restos que estão em Santa Clara são os do guerrilheiro”, concluiu Gustavo.
Chuny Montaner, 17 Setembro 2011
Fonte: Univisión Radio
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário