O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), a celebridade que virou deputado, a Natalie Lamour da Câmara, resolveu, também ele, atacar as marchas contra a corrupção. O rapaz tuitou o seguinte: “Esses ‘cansados da corrupção’ mostram que, na verdade, só ’sabem’ da corrupção aquilo que a velha mídia noticia e pauta.”
É de uma vigarice intelectual ímpar! Se ele acha que os motivos apontados pela “velha mídia” são parcos ou irrelevantes, por que, então, não denuncia os grandes ou verdadeiros motivos, em vez de se comportar como um sabotador? E o mais engraçado é que, em outros tuites, ele faz algumas “exigências” para participar da marcha… É o complexo de celebridade!
Não deixa de ser interessante ver um deputado do PSOL - o tal “Partido Socialismo e Liberdade” (podem rir!!!) - a atacar manifestações populares. Ele sabe muito bem por que se comporta assim. Os protestos são dirigidos também contra o Congresso, pelo menos contra a sua parte podre. Natalie se deu muito bem por lá. Encontrou seu espaço em comissões disso e daquilo e é respeitado como “celebridade que pensa”. E isso só quer dizer que está cercado de gente que pensa ainda menos do que ele próprio.
É de lascar que ataque “a velha mídia” um sujeito que ganhou uma bolada num reality show e que só foi eleito por conta de sua exposição desabrida num programa dessa natureza e por causa do voto proporcional. Eis uma boa razão para se ter o voto distrital no Brasil: gente assim seria mantida longe do Parlamento e poderia se dedicar a seu ofício: o setor, digamos, de “espetáculos”.
“Gente assim, como? Gay?” Ora… O que Jean faz com os instrumentos que lhe facultou a natureza não é da minha conta. Ele que se divirta como gosta e pode. Eu me refiro à sua ignorância propositiva, à altivez com que costuma dizer bobagens clamorosas, à sua tolice. Eu já o critiquei aqui, e ele andou falando mal de mim em palestras por aí… Quem o chama para palestrar merece ouvir o que ele tem a dizer… À época, afirmaram que eu estava exagerando. Pois é. Tenho faro para certos tipos.
A Natalie Lamour que defende com unhas e dentes a tal da lei que criminaliza a homofobia (que é, na verdade, uma lei de censura), em nome da igualdade, trata com desdém pessoas decentes, que protestam contra a corrupção.
E só para arrematar: notícias da “velha mídia” derrubaram quatro ministros de estado e mais de 20 pessoas do Dnit.
Quando ataca a velha mídia, Jean Wyllys se alinha com a nova corrupção.
PS - Mandaram-me um vídeo em que um garotinho, fazendo as vezes de repórter mirim, pergunta a Jean Wyllys quanto é 7 vezes 9. Ele ri nervosamente e não consegue responder. Foi reprovado também na tabuada da democracia.
PS2 - Os tuítes do moço estão recheados daquela falsa sapiência pseudo-universitária para pegar os trouxas (”Nossa! Como ele é sabido!”). É, assim, um Gabriel Chalita mais, sei lá como definir, ousado talvez. Seu perfil resume: “Jornalista, professor e escritor baiano. Deputado federal eleito pelo PSOL-RJ”. Huuummm… Nada de Big Brother. Daquela experiência, ele só ficou com a grana, hehe… Mas é verdade: ele foi eleito pelo PSOL, não pelo povo. Teve apenas 13.018 votos. Está na Câmara por causa da votação do deputado Chico Alencar. Deveria tratar com mais respeito uma massa de pessoas que é superior ao dobro dos votos que ele teve.
Reinaldo Azevedo
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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