MORTE AO
REI!
Essa inesperada intimidade com uma centena de políticos serviu para confirmar em caráter definitivo as prostitutas na função da tropa de assalto da Revolução, e daí por diante não deixaram de estar presentes em nenhum choque entre povo e milícia. Já no mês de julho – isto nas proximidades do Hôtel du Roule, antigo reinado de Paris – deu-se um encontro de lendária obscenidade.
Era noite e um destacamento de cavalaria rondava lentamente pela cidade, quando uma companhia de prostitutas, algumas portando pistolas à cintura, embargou-lhe o caminho. Exigiram dos soldados que bradassem mort au roi (morte ao rei!). A tropa se recusou: depois disso, algumas das mulheres seguraram as rédeas dos cavalos, outras estreitaram-se aos soldados, arregaçaram as saias e gritaram: “Tudo isto lhes pertence se passarem para a Revolução”.
Os cavaleiros estacaram finalmente, embora ainda não emtissem o brado antes exigido. Foi a hora em que uma lourinha, contando no máximo 17 anos, iniciou em plena rua uma dança que, em suas memórias, nos é retratada por uma testemunha ocular da cena, J. B. Prérion:
“Pusera os seios para fora do corpete e os apoiara sobre as mãos espalmadas, enquanto saracoteava com a arte consumada de uma puta. No momento seguinte o resto do bando se precipitou sobre a loura, arrancou-lhe as saias e, expondo completamente à vista dos cavaleiros enrubescidos o corpo mais sedutor que se possa imaginar, gritaram: se quiserem abocanhar, gritem primeiro morte ao rei!”
Seria impossível relatar o que se seguiu. Resultou, no entanto, que o comandante do destacamento, arroxeado e próximo de um ataque cardíaco, fosse o primeiro a balbuciar mort au roi, depois do que a tropa inteira, com todas as armas, bandeou-se para a Revolução.
Apud História da Prostituição, Lujo Bassermann
08 de julho sw 2012
in janer cristaldo
Essa inesperada intimidade com uma centena de políticos serviu para confirmar em caráter definitivo as prostitutas na função da tropa de assalto da Revolução, e daí por diante não deixaram de estar presentes em nenhum choque entre povo e milícia. Já no mês de julho – isto nas proximidades do Hôtel du Roule, antigo reinado de Paris – deu-se um encontro de lendária obscenidade.
Era noite e um destacamento de cavalaria rondava lentamente pela cidade, quando uma companhia de prostitutas, algumas portando pistolas à cintura, embargou-lhe o caminho. Exigiram dos soldados que bradassem mort au roi (morte ao rei!). A tropa se recusou: depois disso, algumas das mulheres seguraram as rédeas dos cavalos, outras estreitaram-se aos soldados, arregaçaram as saias e gritaram: “Tudo isto lhes pertence se passarem para a Revolução”.
Os cavaleiros estacaram finalmente, embora ainda não emtissem o brado antes exigido. Foi a hora em que uma lourinha, contando no máximo 17 anos, iniciou em plena rua uma dança que, em suas memórias, nos é retratada por uma testemunha ocular da cena, J. B. Prérion:
“Pusera os seios para fora do corpete e os apoiara sobre as mãos espalmadas, enquanto saracoteava com a arte consumada de uma puta. No momento seguinte o resto do bando se precipitou sobre a loura, arrancou-lhe as saias e, expondo completamente à vista dos cavaleiros enrubescidos o corpo mais sedutor que se possa imaginar, gritaram: se quiserem abocanhar, gritem primeiro morte ao rei!”
Seria impossível relatar o que se seguiu. Resultou, no entanto, que o comandante do destacamento, arroxeado e próximo de um ataque cardíaco, fosse o primeiro a balbuciar mort au roi, depois do que a tropa inteira, com todas as armas, bandeou-se para a Revolução.
Apud História da Prostituição, Lujo Bassermann
08 de julho sw 2012
in janer cristaldo
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