"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

VEREADOR QUER PROCESSAR E PRENDER EDUARDO PAES POR IMPROBIDADE

O vereador Eliomar Coelho (Psol-RJ) quer a prisão do prefeito por improbidade administrativa. Eliomar que, recentemente, tentou instaurar a CPI das Remoções para investigar as denúncias de irregularidades no reassentamento de famílias desalojadas pelas obras de infra-estrutura para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, vai entrar com uma queixa-crime contra o prefeito por conta da compra de um terreno que pertencia a empresas doadoras para a campanha de Paes, em negócio feito por valores questionáveis.

O vereador investiga o contrato de compra, sem licitação, entre a prefeitura e a empresa Tibouchina Empreendimentos, que pertence às imobiliárias Rossi Residencial e PDG Realty. “O projeto vitorioso no concurso que foi realizado entre os escritórios de arquitetura tem a Vila Autódromo mantida. O Rio vai gastar R$ 80 milhões para remover a comunidade, mas esse valor transformaria aquela área em um verdadeiro paraíso,” explica Eliomar Coelho e ao mesmo tempo questiona: “Por que isso, então? Negociar sem licitação com empresas que contribuiram com a própria campanha?”.

E acrescenta, “se essa casa (a Câmara Municipal) fosse minimamente séria, já teria pedido o impeachment do Paes”.

A denúncia deve ser oficializada logo que alguns pareceres técnicos sejam entregues. Entre os documentos, está uma avaliação do real valor do terreno, que valeria menos do que os R$ 19,9 milhões pagos.

Segundo o vereador, “esse valor é absurdo. O terreno era usado para extração de saibro, o que inutiliza boa parte dele. Além disso, há uma pedra perto de uma área de encosta. A prefeitura pagou um valor para poder usar apenas dois terços da extensão do terreno”.

Paulo Peres

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