Essa é a definição correta da caricatura que a ironia denomina “comissão da verdade”. São cínicos os seus mentores, pela desfaçatez com que pretendem maquinar veredictos a partir de um grupo comprometido.
Sob o pálio da ineficácia jurídica, ergue-se uma espada de Dâmocles sobre reputações respeitáveis, a quem deve a Nação a estabilidade política de que hoje desfruta.
O fantasma da calúnia, de triste inspiração nazista, ressuma no cenário de um País pacificado, como estratagema de um grupo de vingadores obstinados, dirigida aos que lhes frustraram o projeto de aqui implantar a tirania totalitária.
Decorrido quase meio século, esvaiu-se o bolchevismo soviético, evoluíram os costumes e aplacou-se a sociedade, mas persiste o ânimo vingativo dessa minoria sectária, insensível às lições da vida.
Alega-se politicamente necessária a investigação dos abusos da repressão e de seus responsáveis, a fim de “pacificar” a memória nacional. Como é possível fazê-lo, porém, sem a catarse dos fatos que lhes deram causa?
Prevarica a autoridade, em qualquer regime de governo, que admita a subversão da ordem no âmbito da sua competência, sem providências retificadoras.
Não existe argumento que justifique a violência, nem mesmo o idealismo do bem comum. A práxis leninista de que os fins justificam os meios não passa de sofisma hediondo.
Portanto, para ser crível, o levantamento dessa comissão merece começar pela identificação dos assaltantes, terroristas e assassinos políticos, em atenção às vítimas inocentes, suas viúvas e seus órfãos.
E, além disso, se a autoridade moral para atirar a primeira pedra é inerente ao que está sem pecado, não assiste o direito de revisar o passado a quem prodigalizou o “mensalão”, enriqueceu-se na função pública ou omitiu-se ante a corrupção de seus correligionários.
Reabrir uma ferida cicatrizada, sem a devida assepsia, pode disseminar infecção por todo o organismo.
Espera-se que o Congresso Nacional cumpra o seu dever de legitimar a vontade da maioria, atendendo às prioridades do povo e descartando as imposturas de grupos carbonários.
Gen Maynard Marques de Santa Rosa
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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