"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

OS GOLPISTAS DA USP AINDA TÊM A CARA-DE-PAU DE FAZER PASSEATA

Ora, é claro que não me esqueci da USP. É que não dá para tratar de todos os assuntos ao mesmo tempo. Ontem, os golpistas que estão ilegitimamente — e, entendo, ilegalmente também — à frente do DCE promoveram uma passeata na Avenida Paulista.
Como sempre, multiplicam por três ou quatro o número de participantes: 3 mil, segundo os que organizaram a manifestação; 800, segundo a PM. Não passavam de 600, aposto eu. Passeata na Paulista sempre acaba tendo como participantes involuntários os passantes da avenida, né? O povo, que sustenta sem saber a universidade e a boa vida dos folgados, pára pra ver quem são aqueles esquisitos, alguns carregando bandeiras de coisas desconhecidas como “PCO” e “LER-QI”…

O que eles querem? Ah… “Fora PM”, “Fora Rodas” (João Grandino Rodas), essas coisas. Uma das reivindicações de mais longo prazo dos golpistas é eleição direta para reitor. É uma gente com autoridade para isso, né? Diante da iminência de perder o DCE para “estudantes que estudam”, o PSOL, com o apoio de outros grupelhos de extrema esquerda, promoveu um golpe e prorrogou o próprio mandato. SEM PRAZO!!!

A aposta é que a maioria silenciosa da USP esqueça o assunto. Quando a coisa estiver bem fria, aí eles tentam realizar o pleito. Ou, então, numa outra hipótese, tentam transformar a universidade em praça de guerra, mais ou menos como os radicais islâmicos estão fazendo no Egito.
Entendo. Não havia nem 1% dos estudantes da USP na rua ontem. É que os alunos de verdade ou estavam em sala de aula ou estavam trabalhando.
Quem nem estuda nem trabalha porque está com a vida ganha — os pais já fizeram o trabalho por eles — tinha disposição e tempo para defender o golpe.

Por Reinaldo Azevedo

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