Que a política é a prática diária da mentira e da desfaçatez, isso todo mundo sabe, principalmente a sociedade brasileira. Esconder a mentira é a grande arte dos políticos e dos seus partidos, que demonstram maior especialidade no expediente em período eleitoral.
Mentira maior não há quando a política é praticada sob a égide de cartilhas de ideologias totalitárias, em especial as três mais conhecidas e que aterrorizaram o mundo ao longo do século XX: o nazismo de origem alemã, o fascismo de toque italiano e o comunismo parido na Rússia.
Considerados entre os mais cruéis, sanguinolentos e covardes ditadores da História, Adolf Hitler, Benito Mussolini , Josef Stálin e Mao Tsé Tung foram protagonistas das maiores ameaças que a raça humana enfrentou no século passado, quando milhões de pessoas foram violentadas e mortas.
A união das forças democratas foi fundamental para impedir que os domínios dos demônios avançassem pelo planeta. O nazismo e o fascismo foram derrotados na Segunda Guerra e o comunismo foi dizimado na Europa entre os anos 70 e 1989, quando da derrubada do Muro de Berlim, e a China rendeu-se ao capitalismo.
Tais fatos históricos não impedem que vez por outra surtos de terror aconteçam pelo mundo, como ainda ocorrem na América Latina, na Ásia e África. Reduzido a quatro ou cinco países, tendo a Espanha como único de grande importância geopolítica, a Europa varreu o esquerdismo, que ainda tenta, como um zumbi saído do limbo da História, levantar-se na América do Sul.
Sua maior expressão é um fantoche vestido de sargento na Venezuela, que tem num índio abobalhado e cocalero e num playboy de estilo boate gay o modelo de seguidores nas republiquetas da Bolívia e do Equador. Os três, entretanto, cultuam a imagem do sindicalista que fundou um partido de punguistas no Brasil.
Depois de oito anos de governo vermelho na terra verde e amarela, o tal partido botou os pés pelas mãos na sequência administrativa agora tocada por uma ex-guerrilheira dos anos 60 e que tornou-se na vida adulta um exemplo de servidora pública forjada nos quadros do PDT de Leonel Brizola, o caudilho trabalhista com variações socialistas.
Herdeira dos votos de Luiz Inácio, Dilma Rousseff experimenta no primeiro ano de governo um avalanche de escândalos envolvendo seus auxiliares, a maioria oriunda das alianças comandadas pelo PT. Depois de demitir cinco ministros de siglas variadas, eis que precisou meter a foice num ministro do PC do B.
Enquanto voava de volta ao Brasil vindo da África, a presidente deve ter imaginado uma travessura e ironia de algum orixá africano, posto que estava na fila da degola um ministro negro, ou como diz a cartilha do “politicamente correto”, um companheiro afro-descendente.
Encalacrado pelas suspeitas após as denúncias do policial João Dias, um ex-militante e até candidato a deputado do PC do B (que agora a militância chama de “desqualificado”), o ministro Orlando Silva ganhou de imediato a solidariedade dos camaradas de partido.
E usando a mesma estratégia dos chamados “partidos burgueses”, o Partido Comunista do Brasil ocupou a TV com o inefável horário eleitoral obrigatório para defender o seu quadro, o seu ministro exemplar, o homem certo para encarar as famigeradas CBF e FIFA nos procedimentos da Copa do Mundo.
Na defesa de “Orlando Furioso”, valeu todo um cabedal de mentiras, desde a fantasiosa situação de candidatos comunistas para o pleito de 2012 até a própria trajetória da legenda, vendida na tela com os falsos enxertos históricos, a partir do próprio tempo de atividade política.
Os marqueteiros vermelhos usaram a foice da edição e o martelo da locução para mentir deslavadamente no vídeo, como no gracejo de inventar uma popularidade que jamais o PC do B teve no jogo eleitoral brasileiro. E ainda com a cara de pau de abiscoitar para si a história de outro partido de bandeira comunista.
Nem o PC do B tem 90 anos e nem tem lutas gloriosas em favor da democracia. O único fato que mexeu com o cenário político do país nos últimos cinqüenta anos foi a tresloucada e equivocada tentativa de tomar o poder através de assaltos e uma guerrilha trapalhona nas selvas do Araguaia, quando levou imberbes estudantes a morrerem no combate contra soldados profissionais.
A legenda que completará 90 anos é o PCB, o velho “partidão” que perdeu muitos quadros para novas siglas como o PPS, e que por anos foi feudo de Luiz Carlos Prestes, que aliás foi apresentado no filme como sendo dirigente do PC do B, mentira também repetida para o escritor Jorge Amado, eleito pelo PCB na Constituinte de 1946.
A propaganda mentirosa do partido de Orlando Silva é o retrato da farsa de uma agremiação. E depois de tantas denúncias envolvendo seus dirigentes em esquemas de desvio de verbas públicas no Ministério do Esporte, via ONGs de amigos e militantes espalhados por São Paulo, Brasília e Piauí – para ficar apenas nos estados em que ocorreram os crimes – a sigla tem tudo para acrescentar mais uma letra: PCC do B.
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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