"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 19 de abril de 2012

NADA MAIS QUE UM TRAPACEIRO PÉ DE CHINELO

Em 6 de junho de 2005, o deputado Roberto Jefferson, em entrevista à Folha SP, denuncia o mensalão

(Roberto Jefferson denuncia mensalão em entrevista à Folha SP …).

O escândalo foi se agravando, o todo poderoso ministro da Casa Civil, que estava asfaltando o caminho para ser o substituto de Lula na presidência da República, acusado como sendo o chefe do mensalão se vê obrigado a renunciar ao cargo de ministro (16/6/2005).


Com a crise fungando-lhe o cangote, o então presidente Lula fez, da Granja do Torto, no dia 12 de agosto um pronunciamento transmitido em cadeia de televisão em que disse: “eu não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas. O PT tem que pedir desculpas. O governo, onde errou, tem que pedir desculpas…”. Sem citar nomes ele diz: “Eu me sinto traído”.

(Discurso de Lula sobre o mensalão – 12/09/2005) – (Leia a íntegra do pronunciamento)

Todavia, ele não consegue e não quer, se livrar de suas característica marcante de trapaceiro. Passados pouco mais de 5 anos de ter pedido desculpas à nação, ele numa cara de pau incomensurável, de público, negou a existência do mensalão.
No dia 18 de novembro de 2010 afirmou que vai desmontar a “farsa do mensalão” quando deixar o governo, em janeiro de 2011. O bravata de Lula foi feito durante café da manhã com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, no Palácio da Alvorada.

Não satisfeito com esse insulto à inteligência dos brasileiros, ele voltou à carga em sua última entrevista como presidente,concedida a rádios comunitárias, o presidente, a certa altura, abriu a fossa de falar besteiras e sem nunca identificar “quem tentaram”, disse: “Tentaram fazer comigo o que vocês viram em 2005 e só não foram mais adiante porque eles tinham medo da minha relação com a sociedade brasileira e eles não sabiam o que poderia acontecer neste país”.

Mais tarde, numa espécie de solenidade de despedida dos integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Lula soltou a seguinte pérola: “No auge da crise de 2005 — eu nunca tinha falado isso — mas naquela tentativa de golpe, vocês permaneceram no Conselho. Vocês não misturaram o trabalho que estavam fazendo para o Brasil (sic)”.

O processo do mensalão está entrando em sua fase decisiva, está difícil retardar mais e a prescrição irá levantar o perigoso clamor público, contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele pensa que o escândalo Cachoeira, vai blindar o mensalão, portanto lançou-se com tudo a favor da CPI, dando a impressão que quer ver sangue, mas comete um erro de estratégia, que certamente lhe sairá caro, pois o seu PT e ele mesmo estão envolvidos com Carlinhos Cachoeira.

Seus desvairos, suas mentiras, seus delírios, sua certeza de que esteja enganando todo mundo, me dá vontade de dizer-lhe: “Ora Lula, provisoriamente, vá tomar dentro, até que eu arrume um lugar melhor para te mandar”.

(*) Fotomontagem: Carlinhos “Cachoeira” e Lula “Mensalão”
(*) Texto de apoio: Ricardo Setti.

19 de abril de 2012
Giulio Sanmartini

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