Aos poucos, vai ficando mais transparente a disposição do Supremo em julgar logo o Mensalão ou deixar que todos os crimes prescrevam, como já começou a ocorreu. O novo presidente, Ayres de Brito, quer julgar agora. Gilmar Mendes e Cezar Peluso, também.
Segundo o repórter Felipe Seligman, da Folha, Peluso prefere julgar o Mensalão rapidamente por três razões: para não interferir nas eleições, não correr risco de prescrição e porque “a opinião pública pressiona muito”.
Ele disse que, se fosse o ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação, “procuraria ser o mais expedito possível para me livrar desse constrangimento”.
Gilmar Mendes já deu declaração semelhante. Mas Lewandowski não gostou nada e sugeriu que Mendes não se metesse no assuntos dos outros ministros.
Marco Aurélio Mello está do lado de Lewandowski e diz que é “terminantemente contra” a convocação do Supremo em julho apenas para apressar o andamento do processo do mensalão, como defendem alguns ministros.
“Entre as coisas extravagantes que tenho visto, esta é a maior de todas”, diz ele. Para Mello, o mensalão “é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?”.
Traduzindo tudo isso: são onze ministros. três querem julgar logo o Mensalão e dois não querem. Faltam os outros seis, que estão sempre pressionados pelos jornalistas a se manifestarem.
E ainda há quem não defenda a imprensa livre…
Com a imprensa gozando de liberdade total, como agora, o Judiciário e os outros poderes estão podres, cheios de mutretas e favorecimentos.
Imaginem o que aconteceria se a imprensa fosse amordaçada, como se pretende, insistentemente?
19 de abril de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário