"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 19 de abril de 2012

PELUSO QUER JULGAR LOGO O MENSALÃO. JÁ MARCO AURÉLIO...




Aos poucos, vai ficando mais transparente a disposição do Supremo em julgar logo o Mensalão ou deixar que todos os crimes prescrevam, como já começou a ocorreu. O novo presidente, Ayres de Brito, quer julgar agora. Gilmar Mendes e Cezar Peluso, também.

Segundo o repórter Felipe Seligman, da Folha, Peluso prefere julgar o Mensalão rapidamente por três razões: para não interferir nas eleições, não correr risco de prescrição e porque “a opinião pública pressiona muito”.

Ele disse que, se fosse o ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação, “procuraria ser o mais expedito possível para me livrar desse constrangimento”.
Gilmar Mendes já deu declaração semelhante. Mas Lewandowski não gostou nada e sugeriu que Mendes não se metesse no assuntos dos outros ministros.

Marco Aurélio Mello está do lado de Lewandowski e diz que é “terminantemente contra” a convocação do Supremo em julho apenas para apressar o andamento do processo do mensalão, como defendem alguns ministros.

“Entre as coisas extravagantes que tenho visto, esta é a maior de todas”, diz ele. Para Mello, o mensalão “é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?”.

Traduzindo tudo isso: são onze ministros. três querem julgar logo o Mensalão e dois não querem. Faltam os outros seis, que estão sempre pressionados pelos jornalistas a se manifestarem.
E ainda há quem não defenda a imprensa livre…

Com a imprensa gozando de liberdade total, como agora, o Judiciário e os outros poderes estão podres, cheios de mutretas e favorecimentos.
Imaginem o que aconteceria se a imprensa fosse amordaçada, como se pretende, insistentemente?
19 de abril de 2012

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