DEMÓSTENES
: ‘atuei em nome do desenvolvimento do meu Estado’
A uma semana de ser julgado
pelos colegas, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) fez nesta
segunda-feira, 2, o primeiro de uma série de discursos que programou na
tentativa de salvar o seu mandato.
Na tribuna, ele pediu desculpas nominalmente
a cada senador presente argumentando que é vítima de injustiça por parte da
Polícia Federal e do Ministério Público. Novamente, ele negou vínculo com
Cachoeira.
“Nada fiz para merecer a desconstrução de minha honra. Fui amigo de Cachoeira e conversava frequentemente por telefone com ele, mas nunca tive negócios com ele.”
Chamando Cachoeira de insistente pela demora de alguns diálogos divulgados, Demóstenes disse que foi delineado como vilão e que atuou em nome do Estado de Goiás.
“Nada fiz para merecer a desconstrução de minha honra. Fui amigo de Cachoeira e conversava frequentemente por telefone com ele, mas nunca tive negócios com ele.”
Chamando Cachoeira de insistente pela demora de alguns diálogos divulgados, Demóstenes disse que foi delineado como vilão e que atuou em nome do Estado de Goiás.
“Atuei em nome do desenvolvimento do meu Estado o que inclui apoiar as
empresas (…) nunca procurei qualquer senador para legalização de jogos (…)
vocês são provas que nossas conversas eram republicanas”.
Demóstenes diz ainda que a PF usou de uma estratégia de vazamento dos áudios em pílulas para conseguir incriminá-lo e arruinar a sua conduta. “Cheguei a cair, fui ao fundo do poço, graças a Deus voltei, me reegui, levantei a cabeça e vencei a maior das guerras.”
Ele finaliza o discurso com um pedido desculpas aos senadores.
Demóstenes diz ainda que a PF usou de uma estratégia de vazamento dos áudios em pílulas para conseguir incriminá-lo e arruinar a sua conduta. “Cheguei a cair, fui ao fundo do poço, graças a Deus voltei, me reegui, levantei a cabeça e vencei a maior das guerras.”
Ele finaliza o discurso com um pedido desculpas aos senadores.
“Não tive
oportunidade de falar e quando tive, fiquei com vergonha. Peço perdão pelos constragimentos
que causei. Quem está aqui hoje é o mesmo homem daquele dia, deprimido,
esgotado, mas que sente a injustiça corroendo seu peito (…) estou de peito
aberto pedindo perdão aqui.”
Interceptações da PF realizadas durante a Operação Monte Carlo expuseram a relação de proximidade do senador Demóstenes Torres e do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Desde então, Demóstenes passou a responder um processo de cassação, que será votado na próxima quarta-feira, 11.
O senador pretende usar o plenário do Senador todo dia para fazer um discurso. “Achamos que é hora dele falar”, afirmou nesta segunda o advogado do senador Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Fora o plenário, ele só fez sua defesa no Conselho de Ética. No primeiro discurso de Demóstenes aconteceu no dia 6 de março, uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira e expôs publicamente a relação entre os dois.
Na semana passada, por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado aprovou o pedido de perda de mandato de Demóstenes por usar o mandato na defesa dos interesses de Cachoeira. Nesta quarta-feira, 4, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisará se o processo feriu algum preceito legal ou constitucional.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator na CCJ, sinalizou que votará a favor de levar adiante o processo.
A votação no plenário ocorrerá em sessão secreta, provavelmente no dia 11 de julho. Para cassar o mandato de Demóstenes, serão necessários pelo menos 41 votos favoráveis dos senadores, a maioria absoluta da Casa.
Ricardo Brito, da Agência Estado
Interceptações da PF realizadas durante a Operação Monte Carlo expuseram a relação de proximidade do senador Demóstenes Torres e do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Desde então, Demóstenes passou a responder um processo de cassação, que será votado na próxima quarta-feira, 11.
O senador pretende usar o plenário do Senador todo dia para fazer um discurso. “Achamos que é hora dele falar”, afirmou nesta segunda o advogado do senador Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
Fora o plenário, ele só fez sua defesa no Conselho de Ética. No primeiro discurso de Demóstenes aconteceu no dia 6 de março, uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira e expôs publicamente a relação entre os dois.
Na semana passada, por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado aprovou o pedido de perda de mandato de Demóstenes por usar o mandato na defesa dos interesses de Cachoeira. Nesta quarta-feira, 4, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisará se o processo feriu algum preceito legal ou constitucional.
O senador Pedro Taques (PDT-MT), relator na CCJ, sinalizou que votará a favor de levar adiante o processo.
A votação no plenário ocorrerá em sessão secreta, provavelmente no dia 11 de julho. Para cassar o mandato de Demóstenes, serão necessários pelo menos 41 votos favoráveis dos senadores, a maioria absoluta da Casa.
Ricardo Brito, da Agência Estado
03 de julho de 2012
NOTA AO PÉ DO TEXTO
O espírito corporativista é impressionante! Pede perdão aos seus pares, desprezando a vergonha por que passa a nação diante do mundo! Seu pedido de perdão, é a bóia que lança no mar de lama em que se chafurdou, um último esforço para salvar seu mandato , usado para as ilicitudes e proveito próprio e de terceiros. Esforça-se por sair pela porta dos fundos da impunidade, esgueirando-se num último apelo para alcançar a cumplicidade compassiva do Senado. Arrogante, de dedo em riste, acusador das falcatruas alheias, mostra-se agora 'choraminguento', com a falsa carapuça da humildade.
A nação agradece ao Senado da República, o expurgo. Lamenta apenas, que não seja essa a atitude que emoldure todos os seus atos.
m.americo
Nenhum comentário:
Postar um comentário