Tudo seca, menos a ganância de nossos políticos!
Mais uma denúncia para entrar na lista do clube da política inacreditável. O governo quando lança seus programas para favorecer os mais pobres e às vezes os miseráveis na dor da palavra, deveria deixar claro que o programa é só para beneficiar quem realmente precisa. Mas se isso fosse regra, de qualquer maneira iam dar um jeitinho de burlá-la. Eles sempre dão.
No Nordeste tem servidor público e empresários sendo beneficiados com ajuda do governo por causa da safra e da seca. É o Garantia Safra, que no caso deles, deve ser para garantir a safra de um novo modelo de carro, de uma nova viagem ao estrangeiro, do vinho tomado com arroz de pato num jantar casual, enquanto o agricultor que tem somente três garrafas PET cheias com o que se salvou da seca fica a ver a seca, porque navios só onde tem água, né?
Mas se roubam dinheiro de merenda escolar, roubar dinheiro de um pobre agricultor lá do interior do interior, que talvez nem apareça no mapa, talvez nem deem falta. Quem vai saber, né?
Existe uma praga a ser combatida: político-cupim. Eles geralmente dão quando se tem de um lado uma miséria ou um problema e do outro lado muito dinheiro sendo acenado para ajudar essas pessoas. É uma raça deplorável de político, mas que infelizmente o eleitor continua colocando lá dentro da Câmara, da Prefeitura, seja ele vereador, senador, deputado, prefeito, governador ou presidente. Ops..
Eu falei presidente? Ato falho.
A marca do governo Dilma, “Brasil Sem Miséria”, pode ser até bonita na foto, mas na prática vem enriquecendo quem não precisa e tirando de quem não tem quase nada.
Até as crianças – como se isso fosse novidade – também não escapam das garras desses malfeitores. Que na hora da campanha afagam e beijam e depois batem, pisam e matam.
Na Paraíba, as fraudes no Programa do Leite podem chegar a R$ 10 milhões. Em Pernambuco, as fraudes estão no Programa de Aquisição de Alimentos. Hoje é festa no “apê” de alguém.
Fora as fraudes e desvios de dinheiro, como se fosse “só isso”, moradores do Pará esperam por instalação de energia elétrica na região desde 2004. Ou seja, como você acha que essas pessoas vivem? E olha que no governo Lula existiu o programa Luz Para Todos. Mas como não tinha luz, não conseguiram enxergar o depois da vírgula que deveria dizer, “menos pra você, você, você e você”.
Mas fico pensando, pra quê luz? Pra quê levar mais informação a essas pessoas? Se formos contabilizar, será uma boa quantidade de votos certos, pois sem informação, é só chegar um “bom” candidato por lá, levar um caminhão de velas e prometer que se eleito ele dará luz à luz, numa espécie de concepção milagrosa.
Esse é o nosso Brasil, sil, sil, que nem todos veem, outros veem e não enxergam, e tem até o time que vê e PT, saudações.
A sanfona que foi calada!
Pode parecer besteira usar esse espaço para falar sobre um fato pequeno, mas não vejo nada pequeno aqui. O senador boa-praça Eduardo Suplicy, por quem tenho simpatia apesar de ser do PT, convidou o músico Chambinho do Acordeon, que interpreta Luiz Gonzaga no filme “Gonzaga de Pai para Filho” para tocar no Senado, mas a falta de bom senso e de tudo mais calou a sanfona de Chumbinho, que foi impedido de tocar pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-PR), que presidia a sessão e alegou que a homenagem não tinha amparo no regimento.
Calaram uma sanfona na Casa do Povo.
Será que estava ou está no regimento que ter pessoas da índole, da estirpe, do agora ex-senador Demóstenes Torres é legal? Todos os malfeitos do Senado então estão no regimento interno, e deixar um músico tocar até para inaugurar a exposição que foi aberta no térreo do Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 6, “O imaginário do Rei – Visões sobre o Universo de Luiz Gonzaga”.
É por essas e outras que afirmo sem medo: falta algo mais na Casa do Povo e na cabeça de alguns senadores.
Uma coisa que não deporia nem faltaria ao respeito ao Senado é ceifada de forma autoritária e impensada e outras coisas mais graves e sérias parecem não afetar tanto à Casa do Povo.
Enquanto o Natal, o Carnaval não vem…
O Ministério Público está investigando uma possível fraude num convênio assinado entre a Secretária dos Esportes, em 2005, comandada pelo então deputado estadual Chiquinho da Mangueira, e a Associação Candido Mendes de ensino e pesquisa dentro do projeto “Viver Carioca”, que tinha como objetivo levar a prática de esportes para comunidades carentes.
Até aí tudo bem. Legal o projeto. Só que esqueceram de avisar que algumas bolas de futebol, por uma questão de logística, foram compradas de uma confecção. E além de ter sido paga a quantia de R$ 1 milhão para o aluguel de brinquedos, o preço pago pelo litro da gasolina foi de R$ 951. Essa deve ser das boas. Super-ultra-mega-hiper aditivada.
Chiquinho da Mangueira diz que não tem nada ver com nada. Eles nunca têm. No total, foram gastos no projeto, segundo informações apuradas pelo Tribunal de Contas do Estado, R$ 4,7 milhões.
Fora isso, tem mais o quê? Ah, a cota de R$ 7 milhões paga pela prefeitura carioca no show que Stevie Wonder vai fazer na Praia de Copacabana no Ano Novo. Como se não houvesse nada mais prioritário para se fazer aqui no Rio de Janeiro. Como se hospitais, escolas… ah, deixa pra lá, senão vai dar um outro texto.
Rapidinho…tem também a módica quantia de R$ 750 mil na contratação de Dudu Nobre para o projeto “Os mais belos sambas-enredos de todos os tempos”. Nada contra o samba. Nada contra Dudu. É nóis, Dudu…
Mas eu faço por menos. Onde eu assino?
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambiente fechado.
09 de novembro de 2012
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