"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

OPOSIÇÃO VÊ CONDENAÇÃO DE DIRCEU, MARCO PARA FIM DA IMPUNIDADE

Álvaro Dias diz que a pena é pequena, mas destaca o simbolismo

Senadores da oposição afirmaram que a condenação do ex-ministro José Dirceu a mais de dez anos de prisão, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no processo do mensalão, seria um marco do fim da impunidade no Brasil.Apesar de ter considerado a pena pequena, se comparada a imposta ao operador do esquema, Marcos Valério, o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), disse que o importante é o simbolismo:
 
- Eu achei pouco, mas o que importa é o simbolismo da pena, que implica prisão. Se ele não fosse condenado à prisão, a população continuaria com o conceito de que os poderosos não são punidos, então acho que foi pedagógico.

O tucano disse ainda que, agora, o próximo passo seria acabar com o modelo que teria permitido o mensalão, como o aparelhamento do Estado:

- Cabe agora à classe política destruir o modelo que gerou o mensalão, como o aparelhamento do Estado, a barganha permanente e o loteamento de cargos.

Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que a condenação foi um símbolo na luta contra a corrupção:

- É bom termos exemplos, é um símbolo para a política brasileira de que a corrupção não pode ser tolerada.

12 de novembro de 2012
Fernanda Krakovics - O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário