"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A GRANDE FARSA DO GOVERNO DE COALIZAÇÃO (OU DE CORRUPÇÃO?)


Com aval do PMDB, PTralhas persistem no seu projeto e continuam desmoralizando o Brasil e suas Instituições Republicanas.

Após demitir 3º ministro da sigla, Dilma vê PMDB como ‘parceiro fundamental’Presidente faz discurso elogioso à legenda, um dia depois de demissão de Pedro Novais e destacou a importância do governo de coalizão na aprovação de projetos de interesse do Planalto.

BRASÍLIA - Empenhada em manter cimentada a coalizão com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff desempenhou na quinta-feira, 15, o papel de mestre de cerimônias do Fórum Nacional da sigla, para minimizar o impacto da segunda demissão de um ministro da legenda envolvido em escândalos no intervalo de um mês.

Um dia depois de demitir o deputado Pedro Novais (PMDB-MA) do Ministério do Turismo, Dilma distribuiu elogios à legenda. "O PMDB é o parceiro fundamental no meu governo", disse a presidente, depois de chegar ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães ao lado do vice-presidente Michel Temer e ser aplaudida pela plateia.

"Agradeço a ação firme do PMDB, por meio do apoio que as suas bancadas na Câmara e no Senado prestam ao meu governo, bancadas sempre presentes e leais, quando estão em jogo interesses do País e as demandas do povo brasileiro", disse Dilma, após exaltar a "eficiência e lealdade" de Temer e falar do relacionamento "estreito e efetivo" que mantém com ele.

Até o final da manhã, a ida de Dilma ao encontro do PMDB não estava confirmada. Mas, para amenizar os problemas que vem enfrentando com o partido, a presidente foi aconselhada a não faltar ao evento, principalmente depois da demissão de Novais, quase um mês depois da saída de Wagner Rossi da Agricultura, também atingido por denúncias de corrupção.

Equívocos

Em seu discurso de cerca de meia hora, a presidente Dilma cometeu pelo menos dois equívocos. O primeiro, ao dizer que o Brasil estava dando sequência à transformação iniciada pela aliança com o partido iniciada em 2003. O PMDB só ingressou formalmente na aliança com o PT no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No primeiro mandato, apenas alguns dissidentes do PMDB eram aliados do petista.
"É hora de fazer cada vez mais. Por isso conto com os senhores, na maior tradição do PMDB", emendou Dilma. Na plateia, bastante paparicado, estava o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que emplacou o substituto de Novais.


Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, de O Estado de S.Paulo

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