Moreira pediu a demissão de Lupi em 2007
Marcílio Moreira Marques, ex-presidente da Comissão de Ética da Presidência da República disse a VEJA logo após se demitir da Comissão que falta sensibilidade ao governo e que, hoje, quem respeita a lei é considerado imbecil
E disse ainda:
- Preocupa-me ouvir declarações de autoridades no sentido de que transgressões são rotineiras na vida pública brasileira. Isso é inaceitável.
Moreira Marques, que recomendou demitir o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vê nos escândalos de hoje a confirmação dos alertas feitos em 2007.
Segundo ele, os atuais escândalos do governo Dilma, são resultado de problemas éticos não resolvidos no passado, apesar dos alertas feitos.
- Estava evidenciado e agora se prova que de fato que conflito de interesses é uma das mais arriscadas [situações]. Ele sempre acaba levando a problemas mais sérios, disse ele.
Em 2007, a comissão recomendou a demissão de Lupi por incompatibilidade entre sua atuação no governo federal simultânea com a o exercício da presidência nacional do PDT. O então presidente Lula “cozinhou” o pedido até o início de 2008 e deu declarações em apoio ao ministro do Trabalho. A Comissão de Ética arquivou o caso em 25 de março de 2008 depois que Lupi se tornou presidente “licenciado” do partido. Insatisfeito, Moreira pediu demissão da Comissão de Ética no mesmo dia.
Moreira Marques afirma que a situação atual confirma tudo o que foi apontado no passado.
- Mostra que é absolutamente incompatível a presidência de fato de um partido e a condição de ministro. Isso cria constrangimentos para ambos os lados e um conflito de interesses muito evidente, afirmou Moreira.
De acordo com o ex-presidente da Comissão de Ética o conflito de interesses é o início de problemas futuros, por exemplo, benefício de um partido político com recursos públicos administrados por um ministério.
- Estava evidenciado e agora se prova que de fato que conflito de interesses é uma das mais arriscadas [situações] para a autoridade, mais arriscadas para o desvio de conduta. Ele sempre acaba levando a problemas mais sérios, afirmou Moreira.
Para ele, é preciso cortar o mal antes que ele frutifique.
- A solução é evitar esses conflitos de interesses na raiz”, disse ele, que considera haver às vezes confusão de papéis entre Congresso e Poder Executivo. O ex-presidente da Comissão de Ética lembra que, nos Estados Unidos, um parlamentar só pode ser ministro se renunciar ao mandato de deputado ou senador antes.
O ex-presidente da comissão relembra as opiniões de Lula a favor do ministro do Trabalho na época, o que influenciou na sua decisão de deixar o colegiado.
- E também algumas declarações de autoridades, de que o ministro Lupi era o mais republicano dos ministros. Achei que também era descabido. Achava que tinha esgotado a minha capacidade de contribuir para a melhoria do nível ético do pais, disse Moreira Marques.
Assim como outras pastas do governo Dilma Rousseff, o Ministério do Trabalho firmou convênios com ONGs suspeitas de irregularidades. Algumas instituições sem fins lucrativos têm ligações com o próprio PDT. Segundo a revista Veja, funcionários do ministério cobraram propinas para fazer os repasses de dinheiro. Lupi negou envolvimento com irregularidades e determinou a apuração da denúncia.
Agora analise o pacato cidadão: dizem os defensores do regime petista, dentre eles aquele que é apontado pela justiça como chefe da quadrilha do Mensalão do PT, Zé Dirceu, que nunca se combateu tanto a corrupção neste país. É certo! No entanto, os mesmos se esquecem de dizer que nunca, desde a descoberrta de Cabral, se roubou tanto neste Brasil. E outra. Hoje, a divulgação é maior pelo avanço dos meios de comunicação livre, como a internet.
O fato mesmo que é omitido é que o ex-presidente Lula autorizou de forma gigantesca o número de ONGs no país. Só na Amazônia são mais de 100 mil. Também inquestionável é que foi ele - Lula - quem fez o loteamento do Estado brasileiro, distribuindo pedaços do bolo de forma irresponsável para se manter no poder. Comam que o que o bolo é seus!
Fonte: Congresso em Foco
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"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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