"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ABRINDO OS ARQUIVOS DA DITADURA

BELO HORIZONTE, 30 DE ABRIL DE 2007 - ANO XII - Nº 108l E-mail:

ARQUIVOS DA "DITADURA" - E d i ç ã o E s p e c i a l

O LIVRO NEGRO DO TERRORISMO NO BRASIL: ABRINDO OS ARQUIVOSDA “DITADURA”*
Sergio Augusto de Avellar Coutinho* General e Escritor

Se os verdadeiros objetivos da aber tura dos “arquivos da ditadura”fossem mesmo o consolo das famí-lias dos “mortos e desaparecidos” e oresgate da verdade para virar, de uma vez por todas, esta “página negra da nossahistória”, como argumentam raivosas asesquerdas de todas as tendências, as re-velações seriam frustrantes; pior ainda,seriam um “tiro no pé”.

O que vão encontrar são os crimes que cada um dos “heróis” terroristas, muito deles hoje em altoscargos do governo e da administração pública praticou, incluindo detalhes cru-éis e nomes das suas vítimas.

As esquer-das sabem disto, o ministro da justiçasabe disto, as famílias sabem disto, todos sabem disto. Tanto que criaram uma comissão para apreciar o conteúdo dos arquivos e fazer a censura para preservar o sigilo do que poderá ofender a memória dos “epigrafados” e a sensibilidade dos seus familiares.

Manipulação porque já sabem tudo o que os arqui-vos militares contêm.
Já têm conheci-mento do acervo dos extintos Serviço Nacional de Informações (SNI), Delegacias da Ordem Pública e Social (DOPS)dos Estados e das Divisões de Segurança e Informações (DSI) dos Ministé-rios, já aberto e fuçado por pesquisadores engajados, atrás de papéis reveladores dos horrores da ditadura.


Até hoje, por razões óbvias, nada foi divulgado como revelação histórica, ou como denúncia. Tudo porque lá encontraram contados os crimes de subversivos, terroristas e corruptos, daqueles que hoje se arrogam de revisores da história e de heróis defensores da democracia.

Portanto, as razões tão arrogantemente alegadas para abertura dos arquivos militares são mentirosas. Além do revanchismo, há uma causa revolucionária pragmática que está no contexto da “neutralização das trincheiras da burguesia”: domesticar as Forças Armadas, inibindo-as, intimidando-as e desmoralizando-as perante a sociedade nacional.

É preciso anular qualquer possibilidade de que venham a ser novamente baluarte da democracia. Que não repitam 1964, impedindo um futuro assalto ao poder por alguma das tendências revolucionárias existente e ativa no des-fecho da “transição para o socialismo” em curso em nosso País.

O processo de domestificação das Forças Armadas não ficará certamente na abertura inócua dos arquivos e na sua transferência para os cuidados de uma autoridade mais confiável, o ministro da justiça.
Novas “reformas democráticas” poderão ainda vir:
- reformulação do sistema de inteligência militar; reforma da destinação constitucional das Forças Armadas; revisão dos regulamentos disciplinares; revisão da Lei de Anistia; democratização das escolas militares de for-mação de quadros e do treinamento dos recrutas.

Embora despercebido pelas aparências da prática democrática, um movimento revolucionário da esquerda está em curso no Brasil. Só as pessoas de muito boa-fé não percebem isto.
O momento que vivemos é ainda de“ correlação de forças políticas”. Por isto, só os políticos e as organizações e partidos liberais democráticos poderão deter a marcha das esquerdas para o socialismo monocrático e opressor.

Os brasileiros esclarecidos e responsáveis não podem ignorar o que está efetivamente acontecendo e devem iniciar a resistência política e ideológica enquanto é tempo.(Publicado no Inconfidência, nº 77/2004) Beto Novaes

Foi a melhor notícia que poderia ter acontecido: jogar na mídia os arquivos da“ ditadura”. Sempre fomos favoráveis à abertura do chamado“O livro negro do terrorismo no Brasil”. Que é escondido pelos ex-guerrilheiros e subversivos há quase 20 anos.

Fazem alarde, reclamam e exigem a abertura dos arquivos da “ditadura”, mas só da boca para fora, enganando como sempre a opinião pública, deturpando e escondendo o que verdadeiramente aconteceu.

Por que não abrem e divulgam os arquivos? Porque aqueles que cometeram crimes hediondos, em nome da “democracia”, mas queriam implantar um regime marxista-leninista-cubano, ocupam hoje, os mais altos cargos nos poderes constituídos, na administração nacional, na mídia e na cátedra, além de terem sido “indenizados”, por eles mesmos, com quantias milionárias.

Fazemos nossas, as palavras do jornalista José Adalberto Ribeiro, que bem expressam o sentimento daqueles que deixaram como legado um Brasil livre e democrático, em seu oportuno e magistral "“Se a verdade é revolucionária”..."

ARQUIVOS JÁ!!!O LIVRO NEGRO DO TERRORISMO NO BRASIL Em 2 Volumes com 966 páginas, o documento cita cerca de 1,7 mil pessoas ligadas a organizações de esquerda, muitas delas ainda em atividade.

LEIA NA PÁG. 3 Livro sigiloso das Forças Armadas prova que militares esconderam informações sobre desaparecidos políticosB e
l o H o r i z o n t e - D o m i n g o , 15 d e a b r i l d e 2007

2 Nº 108 - Abril/2007 Basta olhar quem hoje está no poder político da Nação para perceber que são os derrotados militarmente em 1964, que venceram uma das batalhas mais importantes: a cultural.

Refugiando-se nesta área negligenciada pelos governos militares, e baseando-se na desinformação e nas teses de Gramsci, passaram a escrever grande parte da história, principalmente aquela de alcance público, acadêmico e nas escolas de todos os níveis, novelas e minisséries de TV. Tornaram-se “donos” dos significados das palavras.

Temos hoje muito mais mitologia induzida do que história ocorrida.
É trabalho para décadas, se houver liberdade para tanto, desfa-zer todos os mitos dos chamados “anos de chumbo”.
Darei minha modesta contribuição, falando daquilo que vivenciei. As opções políticas na década de 60.

Um dos mais caros mitos é o de que militares maldosos, aliados à “burguesia” nacional “ameaçada em seus privilégios” – e subordinados às demandas maquiavélicas dos EEUU, – resolveram abortar pelas armas a política conduzida por um governo legítimo e que atendia aos “anseios populares”.

Em primeiro lugar nega-se o fato de que em 1959 a geopolítica da América Latina (AL) havia virado do avesso pela tomada do poder em Cuba por Castro, que logo assumiu sua condição de comunista e se aliou à URSS.

Seguiu-se um banho de sangue de proporções inimagináveis –do qual é proibido falar! –E a lenta e progressiva instalação na ilha de numerosos instrutores soviéticos que adestraram tropas cubanas e formaram e exportaram guerrilheiros e terroristas, e re-estruturaramo sistema de Inteligência.

Através desta “cabeça de ponte” aumentou sobremaneira a influência da URSS na AL. Os jornais noticiavam diariamente as tentativas de derrubada do governo legitimamente eleito da Venezuela, país chave pela produção petrolífera.
O próximo objetivo estratégico era o Brasil. País imenso, já em fase inicial de industrialização e cujas Forças Armadas representavam um poderoso obstáculo à penetração comunista no Continente.

Outro fator só mais recentemente veio à luz devido à defecção de Anatoliy Golitsyn, oficial graduado da KGB.
Em 1959, durante o DESFAZENDO ALGUNS MITOS SOBRE 1964, Heitor De Paola período de desestalinização da URSS, Alieksandr Shelepin apresentou um relatório ao Comitê Central do PCUS mostrando a necessidade de que os órgãos de segurança voltassem às suas funções originais de desinformação, exercidas pela OGPU (1922-34).

A partir de então toda notícia do mundo comunista era baseada em in-formações emanadas e/ou alteradas pelo Departamento D( Desinformatziya) da KGB.
25 de agosto de 1961,renúncia de Jânio Quadros marca um momento importante. O Vice, João Goulart, encontrava-se na China e declarou que iria comandar o processo de “reformas sociais” tão logo assumisse.

Os Ministros Militares e amplos setores civis se opuseram à posse de Jango por suas notórias ligações com a esquerda. Seu cunhado Brizola, Governador do Rio Grande do Sul reagiu, o Comandante do Terceiro Exército, Gen Machado Lopes, ficou do lado dele e o Brasil esteve à beira da guerra civil.

A Força Aérea chegou a dar uns tiros no Palácio Piratini. Brizola tomou todas as rádios de Porto Alegre e obrigou as demais a entrarem em cadeia, a Cadeia da Legalidade! E lá estava eu, “comandando” uma mesa em plena rua, a uns 4 graus, com uma lista de assinaturas para quem quisesse“ pegar em armas pela legalidade”, atuando em conjunto com membros do extinto PCB.
Com a emenda parlamentarista tudo se acalmou, mas em janeiro de 63, num plebiscito nada confiável, o País retorna ao Presidencialismo.
Fiz parte da Juventude Trabalhista e só não entrei para os Grupos dos 11, do Brizola, sobre os quais hoje quase nada se ouve, porque não tinha idade e, portanto, não era confiável.

No início dos anos 60 o hoje santificado Betinho, junto com o Padre Vaz, elaborou o “Documento Base da Ação Popular (AP)”, que previa a instalação de um governo socialista cristão no Brasil. Mas o documento em que a AP se declarava francamente a favor da instalação de uma ditadura ao estilo maoísta foi mantido secreto, até para os militantes da base.
Só vim a ter contato com ele através de Duarte Pacheco (um dos membros do Comando Nacional de AP) em agosto de 65, quando eu já era mais “confiável”.

O documento, que era obviamente o produto de uma luta interna na esquerda mundial, defendia a luta em três etapas:
reivindicatória (movimentos populares,greves); política (início das guerrilhas no campo, (como na China e Vietnã) e ideológica (a formação do Exército Popular de Libertação).

Contrariava a teoria do foco guerrilheiro, preferida por Guevara e Debray.
O MASTER (nome do MST da época), do Brizola, invadia terras no Rio Grande do Sul (como a do Banhado do Colégio, em Camaquã) e as Ligas Camponesas, de Francisco Julião, com apoio explícito do Governador Arraes, no Nordeste.
A CGT, (presidida por Dante Pelacani), a UNE (José Serra) propunham abertamente um golpe com fechamento do Congresso.

Armas tchecas começaram a surgir. O ano de 1963 foi uma agitação só. O movimento estudantil, do qual posso falar, estava dividido entre a Ação Popular (AP) e o PCB. Quem não viveu aqueles tempos, dificilmente pode imaginar o nível de agitação que havia por aqui.

O reinício das aulas em março de 64 praticamente não houve. Num encontro em Pelotas, onde eu estudava Medicina, com o último Ministro da Educação do Jango, Sambaqui, no início de março, ele nos revelou que tudo começaria com o comício marcado para o dia 13, em local proibido para manifestações públicas (em frente ao Ministério da Guerra), já em desafio aberto e simbólico à lei, seria continuado pelo levante dos sargentos do exército e da marinha, – formando verdadeiros soviets,– e pelos Fuzileiros Navais em peso, comandados pelo “Almirante do Povo”, Aragão.

Pregava-se a subversão da hierarquia e disciplina militares. Seguir-se-ia pelo já programado discurso de Jango no Automóvel Clube do Brasil.
A pressão final sobre o Congresso seria em abril e maio: se não aprovasse as“ reformas de base” seria fechado com pleno apoio popular.

Na mesma época, participei de uma ação comandada por um agitador da Petrobrás e da SUPRA (Superintendência da Reforma Agrária), em Rio Grande, pela encampação da Refinaria de Petróleo Ipiranga o qual, num discurso na Prefeitura, declarou que a República Socialista do Brasil estava próxima.

As ocorrências de março só confirmaram a conspiração acima mencionada. No comício do dia 13, Brizola pregou o fechamento do Congresso se não aprovasse as tais “Reformas de Base” (na lei ou na marra). – Ninguém me contou, eu ouvi no rádio. Prestes dizia que os comunistas já estavam no Governo, só faltava tomarem o Poder.
Não havia, pois, opção democrática alguma. Restava decidir se teríamos o predomínio dos comunistas, ou uma re-edição do Estado Novo, ou de uma ditadura peronista, chefiados por Jango.

As passeatas civis estavam nas ruas exigindo fim da baderna e em apoio ao Congresso. Sugerir que se devia esperar que Jango desse o golpe para depois tirá-lo, me parece uma idéia legalista infantil, pois então teria que ser muito mais cruento. Foi, na verdade, um contragolpe cívico-militar preventivo.

Participação dos Estados Unidos

Outro mito é sobre a participação americana no “golpe” de 64. Chamada de “Operação Thomas Mann” (nome do então Secretário de Estado Adjunto para a AL) não passa de uma mentira baseada em documentos forjados pelo Departamento D já citado, através da espionagem Tcheca.

Quem montou a operação foi o espião Ladislav Bittman que, em 1985 revelou tudo no seu livro The KGB and Soviet Disinformation: An Insiders View, Pergamon-Brasseys, Washington, DC, 1985.
Segundo suas declarações “A Operação foi projetada para criar no público latino-americano uma prevenção contra a política linha dura ameri-cana, incitar demonstrações mais intensas de sentimentos antiamericanos e rotular a CIA como notória perpetradora de intrigas antidemocráticas”.

Outra fonte é o livro de PhyllisParker Brazil and the Quiet Intervention: 1964,Univ. of Texas Press, 1979, onde fica claro que os EEUU acompanhavam a situação de perto, faziam seus lobbies e sua política com a costumeira agressividade, e tinham um plano B para o caso de o País entrar em guerra civil. Entretanto, não há provas de que os Estados Unidos instigaram, planejaram, dirigiram ou participaram da execução do “golpe” de 64. Embora as revelações tenham sido tornadas públicas em 79/85, a imprensa brasileira nada publicou a respeito não permitindo que a opinião pública tomasse conhecimento da mentira que durante anos a enganou. Apenas a Revista Veja na sua edição nº 1777, de 13/11/02, publica a matéria ”O Fator Jango,” de autoria de João Gabriel de Lima, onde este assunto é abordado.

A luta armada e o AI-5

Finalmente, o mito de que brasileiros patriotas e democratas se levantaram em armas contra o “endurecimento da ditadura” através do Ato Institucional No. 5, dezembro/1968.

Em julho de 1965, na primeira tentativa de restabelecer a UNE, extinta pela Lei Suplicy, foi realizado um Congresso no Centro Politécnico em SP no qual fui eleito Vice-Presidente de Intercâmbio Internacional.
Em outubro fui preso em Fortaleza, o que impediu minha ida ao Congresso da UIE na Mongólia, onde seria traçada uma estratégia de recrudescimento da violência revolucionária na AL.

De 1966, ano da Conferencia Tricontinental de Havana e da Organización Latino Americana de Solidariedad (OLAS) –a 1968 participei, no Sul, das intensas discussões clandestinas sobre a luta armada conduzidas por militantes da AP treinados em Pequim.

Em janeiro de 68, 11 meses antes da edição do AI-5, a luta foi implementada por todas as organizações revolucionárias, menos o PCB.
A AP “rachou”, eu fiquei do lado contrário à maluquice da luta armada e saí, não sem sofrer posteriormente sérias ameaças de meus “companheiros”.
Logo depois, mudou o nome para Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil, o que já estava previsto no citado documento secreto.

Como vários autores mais credenciados já têm se manifestado sobre isto, não vejo necessidade de mais para deixar claro que o A-I 5 não passou de uma reação ao incremento das atividades revolucionárias.

Rio de Janeiro, 20/4/2004* Escritor, psicólogo e comentarista político Revista da UNE - Movimento 10 (Abril / 1963) Assuntos publicados: Solidariedade a Cuba,Venezuela em Revolução, A Reforma AgráriaComício da Central do Brasil a 13 março de 1964.

3 Nº 108 - Abril/2007 “O mistério que dura duas décadas chega ao fim.

Há 19 anos, uma dúzia de oficiais da reserva esconde uma espécie de “santo graal” da linha-dura das Forças Armadas: um livro produzido pelo serviço secreto do Exército, que conta o que seria “averdade” sobre a luta armada promovida por organizações de esquerda, entre 1967 e 1974.

A obra nunca foi publicada e até mesmo seu título foi mantido em sigilo. Alguns poucos exemplares artesanais passaram de mão em mão, num círculo fechado. Apenas 40 páginas da obra (menos de 4%do total) circulam livremente pela Internet, postadas no site do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), que reúne militares e civis de extrema direita.
A reportagem do Correio/Estado de Minas obteve uma cópia do megadocumento, que tem 966 páginas divididas em dois tomos. A obra tem uma enorme importân-cia histórica.

Ela comprova, por exemplo, que o Exército possui informações sobre mortos e desaparecidos políticos que oficialmente nega ter (leia reportagem às páginas 3 e 4). Contém ainda mentiras, manipulações, mas também verdades incômodas, tanto para as Forças Armadas quanto para organizações de es-querda. (...) ”LIVRO ERA UMA ARMA, DIZ GENERAL Leônidas Pires Gonçalves, que mandou fazer o “livro negro,” quando comandou o Exército, afirma que a obra foi engavetada em 1988 para ser usada, no futuro, em caso de “necessidade” dos militares. “Eu disse ao (José) Sarney: ‘Eu fiz esse livro. É uma arma que eu tenho na mão’.”

Às vésperasde de completar 86 anos, saudável e com a memória preservada, o general da reserva Leônidas Pires Gonçaves LIVRO SECRETO DO EXÉRCITOÉ REVELADO Reportagem do Correio/Estado de Minas obtém cópia da obra sigilosa que a Força produziu há 19 anos, para contar sua versão da luta armada: 1,7 mil pessoas são citadas Lucas Figueiredo - Do Estado de Minas

General Leônidas Pires Gonçalves Deus é brasileiro... Brasil, o País dos ufanismos, das mistifica-ções e das hipocrisias! Nosso céu tem mais estrelas... nossos bosques têm mais flores... nossos mitos têm pés de barro... nossas leis têm mais brechas para amparar os corruptos... nossos corruptos são mais gentis... nossas organizações criminosas são mais organizadas... Vamos abrir os arquivos da ditadura, do DOI-Codi, dos serviços secretos da Marinha, Exército e Aeronáutica; os arquivos da guerrilha do Araguaia.

Vamos abrir os arquivos do PC do B, por que não? Quem for pobre que se quebre. Nos arquivos da repressão já se sabe, de antemão, que há relatos sobre perseguições, torturas e assassinatos. Mas, não havia apenas heróis e vilões de cada lado. Quem eram os traidores, os delatores, os dedos-duros?

Vamos per-guntar aos arquivos do PC do B quantos dos seus próprios companheiros foram “justiçados” e fuzilados em nome da “causa revolucionária”. O genuíno comissário stalinista deve saber. Quantos casamentos foram feitos e desfeitos na marra nas células comunistas para cumprir os sagrados princípios da fidelidade revolucionária.

Hoje pode parecer ridículo, mas nos tempos áureos do “centralismo democrático”, mulheres comunistas ou simpatizantes eram patrulhadas para não namorar nem casar com elementos de tendências “burguesas” para não trair a causa revolucionária.
É vero! Vamos abrir os arquivos do Partidão, para conhecer os processos sobre fuzilamento de contra-revolu-cionários. Por que a reverencia do Luis Carlos Prestes perdoou Getúlio Vargas, depois de o ditador e seu capacho Felinto Muller terem entregue Olga Benário aos nazistas, para ser morta nos campos de concentração?

Até nesse ponto o escritor Fernando Morais, cripto-stalinistae devoto de Fidel Castro, preserva a aura do “ Cavaleiro da Esperança”, como se fosse imaculado.

Vamos abrir os arquivos do PC do B para saber por que os energúmenos apoiaram o regime corrupto SE A VERDADE É REVOLUCIONÁRIA... Os arquivos secretos sobre a atuação do ministro José Dirceu em Cuba e no Brasil, no tempo da clandestinidade, renderiam reportagens no “Fantástico”.

Os telespectadores do Fantástico gostariam muito de conhecer, por exemplo, os verdadeiros arquivos da morte do prefeito Celso Daniel, em Santo André. Vamos devassar os arquivos dos propinodutos do Banestado no Paraná e as operações “Abafa-CPI” no caso de Waldomiro Diniz. Gonçalves relembra, em entre-vista ao Correio/Estado de Minas, o dia em que, na condição de minis-tro do Exército, se reuniu com o presidente da República para discutir o que fazer com a versão oficial dos militares para a luta armada que o serviço secreto do Exército acabara de concluir. “

Falei para o Sarney que não ia publicar o livro. Para que criar um problema que não existe?”, recorda Leônidas. “Esse livro”, concluiu o general na con-versa com o presidente, “fica como um documento, que nós (militares) podemos ter a necessidade (de divulgar) no futuro.”

De acordo com Leônidas, Sarney concordou e ambos deram o caso por encerra-do. Quais seriam as “necessidades” a que se refere Leônidas? É o próprio general quem explica: atos de “revanchismo” contra as Forças Armadas por parte de “quem perdeu a guerra”.“

Naquele tempo(em que o livro foi feito), não havia o que acontece agora, um revanchismo sem propósito”, afirma ele. “No meu período como ministro (1985-90), não houve nenhum problema dessa natureza, essas ‘mães não-sei-do-quê’, (grupos do tipo) Tortura: nunca mais.”

Leônidas confirma que partiu dele a ordem para fazer o livro. Diz, porém, que não ficou com nenhum exemplar. “O livro foi feito pelo CIE (Centro de Informaçõesdo Exército, serviço secreto daForça) com base nos documentos que o órgão dispunha”, afirma. O general é categórico ao comentar a suposta destruição de documentos do CIE, que, segundo vem argumentando o Exército nos últimos anos, impediria a divulgação de informações referentes ao combate às guerrilhas urbana e rural nas décadas de 1960 e 1970: “Foram queimados coisa nenhuma”.
Na opinião de Leônidas, o Exército não tinha a obrigação demostrar o “livro negro” a ninguém, já que a obra não foi publicada. “Isso é passado. Vamos olhar para frente”, sugeriu.

O general critica os guerrilheiros do Araguaia — “A pergunta é: o que eles estavam fazendo lá? Fazendo um enclave, que é uma coisa lesa-pátria. O resto é conversa fiada” —, critica antigos companheiros de de-saparecidos políticos — “Nós cuidamos dos nossos mortos. Eles deviam ter cuidado dos mortos deles” — e critica também os familiares — “Por que não perguntam o que seus filhos estavam fazendo lá? Por que não perguntam se mereciam ou não mereciam, na luta, serem mortos?” Ainda em relação ao Araguaia, Leônidas chama de “guerra” o enfrentamento que ocorreu entre as Forças Armadas e os guerrilheiros do PCdoB. “O que resulta de guerra? Morte. Essas coisas são conseqüências muito naturais. Eles (os grupos de es-querda que participaram da luta armada) perderam a guerra e agora querem ganhar no tapetão” , afirma.

De acordo com ele, o número de ativistas políticos de esquerda mortos durante o regime militar — cerca de 350 — foi até pequeno se comparado ao que aconteceu nas ditaduras do Chile, 3 mil mortos, e Argentina, 30 mil mortos.
“Nossa vitória, do ponto de vista de (perda de) vidas humanas, foi muito sóbria. ”Por fim, conclui: “Na guerra só há uma coisa bonita: a vitória. O resto não é bonito”.(Publicado no Estado de Minas - 15/04)* José Adalberto Ribeiro e genocida de Mao Tsé-tung na China e o psicopata Enver Hoxha na Albânia.

Quem será o Kruchev brasileiro que irá revelar os arquivos dos stalinistas delirantes e fanáticos do “B”? Os arquivos secretos do ministro José Dirceu, na sua fase de clandestinidade, em Cuba e no Brasil, renderiam matérias eletrizantes no Fantástico. Precisamos conhecê-los, pois o homem é um dos principais condestáveis da República. Se é para desmistificar, perguntem ao beato Frei Beto e ao honorável teólogo Leonardo Boff, o que eles acham da repressão de Fidel Castro e dos terroristas das FARC na Colômbia.
Mas, por favor, não saiam pela tangente, pois a dialética ensina que a verdade é revolucionária. Já sabemos que Beto e Boff, condenam o imperialismo norte-americano e ficaram muito magoados com Bush por ter nomeado Condeleeza Rice para a Secretaria de Estado. Preferiam que fosse nomeado no lugar de Colin Powell um simpatizante de Bin Laden. Para completar, vamos abrir, principalmente, os arquivos misteriosos da senhora democracia. Os telespectadores do Fantástico gostariam muito de conhecer, por exemplo, os verdadeiros arquivos da morte do prefeito Celso Daniel, em Santo André. Vamos devassar os arquivos dos propinodutos do Banestado no Paraná e as operações “Abafa-CPI” no caso de Waldomiro Diniz.

No final, vamos contar o caso das indenizações milionárias e das mamatas de que se locupletam os anistiados políticos, do sociólogo Fernando Henrique Cardoso ao metalúrgico (nas horas vagas) Luiz Inácio Lula da Silva e ao contador de abobrinhas Carlos Heitor Cony.

Se a verdade é revolucionária, avante, camaradas, abram-se os arqui-vos até da besta-fera e vamos desmistificar as falsas vestais!

(Publicado no semanário Brasília em Dia - Nº 420, na Tribuna da Imprensa de 03/01 e no Inconfidên-cia nº 78 de 23 de fevereiro de 2005)* Jornalista E-mail: adalbert@hotlink.com.br

PARTE 2

4 Nº 108 - Abril/2007

No dia 20 de abril, estreou nos cinemas brasileiros o filme BATISMO DE SANGUE, de Helvécio Ratton, vencedor dos prêmios de melhor filme e fotografia no Festival de Cinema de Brasília.
O enfoque do filme, baseado na obra homônima de Frei Beto, é o drama de Frei Tito, que teria sido torturado durante o governo dos militares e que foi banido do Brasil, em troca da vida do embaixador suíço seqüestrado, Giovani Enrico Bucher, vindo a cometer suicídio na França.

O Brasil inteiro está sendo bombardeado por mais uma mentira, ou seja, de quenaquele grupo de angélicos frades dominicanos de São Paulo combateu a ditadura militar, quando na verdade eles queriam implantar aqui uma muito pior, copiada de Cuba. Muitos frades dominicanos eram seguidores da “Teologia da Libertação”, doutrina induzida pelas pregações ocorridas durante a reunião do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), realizado em 1968 na cidade de Medelín, Colômbia, no vácuo das resoluções do Concílio Vaticano II.

Os 16 Documentos elaborados em Medelín saíram carregados de influência marxista. Sacerdotes e freiras portavam-se de forma irreverente em celebrações litúrgicas e em passeatas, pregando a violência como instrumento para alcançar a “justiça social”.

Alinharam-se à corrente da “Teologia da Libertação”, principalmente, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara e Dom Pedro Casaldáliga, além de frades dominicanos, como Frei Beto, e o então padre franciscano Leonardo Boff.

Vejamos a história dos frades dominicanos que se bandearam para o grupo terrorista de Marighella. No início de 1968, houve várias reuniões no Convento dos Dominicanos do Bairro das Perdizes, em São Paulo, liderado por Frei Osvaldo Augusto de Rezende Júnior, que culminaria com a adesão do grupo ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) - que teve, ainda naquele ano, mudado seu nome para Ação Libertadora Nacional(ALN), organização terrorista presidida por Carlos Marighella.

Participaram das reuniões Frei Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Beto), Frei Fernando de Brito (Frei Timóteo Martins), Frei João Antônio Caldas Valença (FreiMaurício), Frei Tito de Alencar Ramos, Frei Luiz Ratton, Frei Magno José Vilela e Frei Francisco Pereira Araújo (Frei Chico). Frei Osvaldo, apresentando Marighella a Frei Beto, conseguiu a adesão ao AC/SP de todos os dominicanos que participaram das reuniões. Frei Beto também entrou em BATISMO DE SANGUE* Félix Maier contato com a VPR por intermédio de Dulce de Souza Maia, nos meios teatrais, onde Frei Beto atuava como repórter da Folha da Tarde.

A primeira tarefa que os dominicanos receberam de Marighela foi fazer um levantamento de áreas ao longo da Rodovia Belém-Brasília, para implantação de uma guerrilha rural. A área de Conceição do Araguaia, onde a ordem dominicana possuía um convento, foi assinalada no mapa como área prioritária, pois teria importante apoio logístico.

O levantamento sócio-econômico da região foi feito com base no Guia Quatro Rodas, da Editora Abril. Esse trabalho passou a ser compartimentado, para aumentar a segurança, e os frades passaram a utilizar codinomes: Frei Ivo, o Pedro; Frei Osvaldo, o Sérgio ou Gaspar I, nos contatos que este tinha com Marighella; Frei Magno, o Leonardo ou Gaspar, era quem mantinha contato com Joaquim Câmara Ferreira.
Frei Beto, o “Vítor” ou “Ronaldo”, ficou encarregado do sistema de impren-sa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento em São Paulo (o AC/SP se infiltrou na Editora Abril e no jornal Folha da Tarde, do Grupo Folha).

Na Folha da Tarde, Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de ”documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas).

Quando procurado pela polícia, em São Paulo, Frei Beto, que havia ingressado no convento dos dominicanos, em São Paulo, em 1966, foi acobertado pelo Provincial da Ordem, Frei Domingos Maia Leite, e transferido para o seminário dominicano Christo Rei, em São Leopoldo, RS. Posteriormente, Frei Beto foi preso naquele Estado, onde atuava junto com a ALN para a fuga de terroristas ao Uruguai. A ficha policial da ALN é exten-sa, seja em assaltos, seja em assassinatos (Cfr. site Ternuma).

Em 1968, a organização assaltou o trem pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$108 milhões, com participação de Aloysio Nunes Ferreira Filho, ministro da Justiça do governo FHC. Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira e Franklin Martins (atual ministro da Comuni-cação Social), a ALN seqüestrou o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em 4 de setembro de 1969, no Rio de Janeiro, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu).

Após o seqüestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tive-ram seqüência rápida. No dia 2 de novembro foram presos no Rio de Janeiro os Freis Fernando e Ivo; no dia 3 de novembro, já em São Paulo, Frei Fernando ”abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os Freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo Jornal.

Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighella, no dia 4 de novembro, após revelar duas senhas. Combinado o encontro com Frei Fernando, Marighella resistiu à ordem de prisão, quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais. Em 1971, a ALN divide-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (Molipo), fundado pelo chefe do serviço secreto cubano, Manuel Piñero, o ”Barbarosa” (José Dirceu foi um de seus membros); e a Tendência Leninista (TL). Assim, após todos esses atos cívico-cristãos prestados ao bando terrorista de Marighella, quem ainda ousa chorar a morte de Frei Tito?
Há que se dar mais valor à vela que vela tal defunto.* Capitão - Escritor (Batismo de Sangue, Brasil, 2007, 1h50, 16 anos) Direção: Helvécio Ratton. Com Caio Blat, Daniel de Oliveira, Cássio Gabus Mendes.

No fim dos anos 60, um convento de frades torna-se um local de resistência contra a ditadura militar. Os freis Tito, Beto, Oswaldo, Fernando e Ivo passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella e acabam na mira das autoridades policiais.(Programação divulgada em jornais) O programa Linha Direta (com o bolchevismo) levado ao ar nessa quinta-feira foi exemplar e nos encheu de indignação e revolta.

Mostrou com todas as tintas da mentira leninista como se faz uma canoa bolchevique apelando para o sentimento popular, o sentimento mais profundo de reverência às figuras da Igreja. Aquela imagem do Frei Tito assustado, acovardado, temendo pela prisão dos seus algozes, foi muito forte. Mostrou à exaustão as torturas a que foram submetidos os “santos mártires” idealistas e a cilada para a captura de Carlos Marighella, mas não mencionou que o pavor e a agonia que levariam Frei Tito ao suicídio, eram conseqüência de sua consciência que não lhe deu trégua, depois de ter alcagüetado vários “companheiros”, in-CAIXA ECONÔMICA FEDERAL E REDE GLOBODE TELEVISÃO APRESENTAM LINHA DIRETA REDE PRAVDA DE TELEVISÃO* Carlos Reis Marighella. E o pseudo-frei Betto,que participou do programa e dos episódios, sabe disso e omitiu dos telescpectadores para não macular a aura do “santo suicida”.

A Rede Pravda também não disse para o emotivo e crédulo telespectador que Carlos Marighella ganhou fama pela pregação da violência comunista, documentada em seu “Mini-manual do guerrilheiro urbano”, livro de cabeceira das “Brigadas Vermelhas”, na Itália, e do bando terrorista Baader-Meinhof, da Alemanha.
Era esta agente que convivia com o “mártir” Frei Tito... Parabéns à Rede Pravda pelo sucesso propagandístico e pela qualidade na manipulação das emoções.(Extrato)(Publicado no Inconfidência, nº 103 de21 de dezembro de 2006)
Marighella foi entregue pelos dominicanos

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A VERDADE

Desde o primeiro momento em que se falou em abrir os Arquivos da Ditadura aplaudimos de pé. Não desejamos outra coisa. Não temos o que esconder. Não temos o que temer. Não queremos nada além da VERDADE. Quem tem medo da verdade são os mentirosos, os comunistas, os subversivos. Nós, pelo contrário, agora precisamos restabelecer a VERDADE. Por isso desde que tomei conhecimento do provérbio citado por Soljenitsin na abertura de seu livro “Arquipélago Gulag “: Não se deve... não se deve re-mexer no passado! Aquele que recorda o passado perde um olho! Aquele que o esquece perde os dois! Enquanto viver e tiver um olho hei de remexer o passado, buscando co-locar a verdade à tona. Este se tornou meu objetivo devida. Nós precisamos da verdade. Mas Soljenitsim, embora tenha passado 38 anos de indescritível sofrimento nos campos detrabalho forçado soviéticos, de onde poucos saíram com vida, também disse: "O pior do comunismo não é a opressão é a mentira".

Com a mentira e valendo-se de técnicas psicológicas de indução, os comunistas patrícios montaram uma Mitologia Histórica do Brasil.
O que é a Mitologia Histórica? Quem a define bem é o famoso historiador marxista e militante comunista Eric J. E. Hobsbawn, quando escreveu: "Mais do que nunca a história é atualmente revista ou inventada por gente que não deseja o passado real, mas somente um passado que sirva a seus objetivos". Estamos hoje na grande época da mitologia da história. E foi mentindo, revendo e inventando fatos e deturpando episódios inteiros que os comunistas escreveram uma Mitologia de nossa História e é ela que circula na mídia, nos livros didáticos. É bom que se diga que Hobsbawn, como bom comunista não resiste à mentira e paradoxalmente, em seu livro, “Tempos Interessantes” na página 234, não só admite a mentira, como tem admiração eterna pelo mentiroso, quando em benefício da “causa”. E nós precisamos da verdade. Precisamos porque somente a VERDADE nos libertará...

Libertar nos-á das pechas que os comunistas nos impingiram e que o patrulhamento ideológico tem-nos dificultado colocá-las a nu. Quem consegue uma editora para apresentar a verdade? Os livros que tentam colocar a verda-de têm sido editados por seus autores, ou Ministro do Superior Tribunal Militar (STM), General-de-Exército Valdésio Guilherme de Figueredo, quebra o silêncio da cúpula doExército e com tom direto reage às recentes manifestações de apoio à punição de militares envolvidos em tortura durante o regime. Ele defende o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de “apenas torturar”, e diz que há ministro do governo Lula que “já matou”. O general Guilherme, como é conhecido, avisa também que oExército não mudou, apenas se recolheu. E que irá intervir “se algum doido decidir se perpetuar no poder”.

Sobre os desaparecidos políticos, ele diz que o governo já gastou dinheiro demais “à procura de osso” e que a culpa é dos próprios guerrilheiros, que deixaram os corpos lá “para a onça comer”.
Evandro Éboli BRASÍLI AO GLOBO:
Setores do governo, familiares de perseguidos políticos e movimentos de direitos humanos defendem punição aos militares do governo militar.

O que o senhor acha disso?
GENERAL GUILHERME: A Lei de Anistia foi sancionada pelo último presi-dente do ciclo militar e quem cometeu delito está usufruindo dela. E bem. Estão bem remunerados. Agora, quem cometeu delito do outro lado o fez sob a égide de uma Constituição, de 1967. Se comparar a pensão do presidente da República (R$ 4,5 mil) com a pensão dos pais do Mário Cozel Filho (soldado que morreu num atentado) é ridículo.
Hoje, aqueles que cometeram deli-tos estão sendo premiados. Agora, não se pode dizer que o Exército é torturador, isso e aquilo. Meia dúzia de malucos faziam isso.

O GLOBO: O senhor considera revanchismo esses assuntos, como revi-são da Lei de Anistia, aparecerem agora?

GENERAL GUILHERME: Como isso parte da cabeça de pessoas inteli- gentes, não acredito em isolamento, mas sim em estratégia. Existe uma motivação. Qual é, eu não sei. Não quero ser um complicador da política do Brasil, cada vez mais complicada. Agora, a soberania vai ter que ser defendida de qualquer jeito. Essa conversa de que o Exército mudou é conversa fiada.

As Forças Armadas não mudaram nada, porque não mudam nunca. Apenas se recolheram. Agora, se tiver que intervir, claro que vão intervir. É missão constitucional, a garantia da lei, da ordem e das instituições. Vem um doido aí e resolve dar uma de presidente da Venezuela e querer se perpetuar no poder. Quer dizer ... Se o Congresso mudar a Constituição, vamos bater palmas. Se não mudar, aí não pode.

ENTREVISTA DO GENERAL VALDÉSIO GUILHERME O GLOBO - CADERNO PROSA E VERSO - 07/04/2007 CORPO A CORPO
‘O que já se gastou de dinheiro atrás de osso!’ É lógico que tem que haver uma defesa das instituições.
O GLOBO: Uma família de ex-militantes do PCdoB está processando o coronel Brilhante Ustra, para que ele seja considerado oficialmente um torturador. O que o senhor acha disso?

GENERAL GUILHERME:
Vai se preocupar com Ustra?! Por que não se preocupar com tanto ministro que está aí e que fez pior que o Ustra? Tem ministro aí que matou. Enquanto o Ustra dizem apenas que torturou. Não consta que ele tenha matado ninguém.

O GLOBO: O senhor receia que oprocesso contra o coronel Ustra abra umprecedente?

GENERAL GUILHERME: Numa ditadura se faz o que quer independente-mente da lei. E não sei se agora estamos numa ditadura. Faça uma lei e revogue a Lei da Anistia! Não é mais simples? Processar, pode processar quem quiser. O Ministério Público está aí. Oferece a denúncia e o juiz aceita se quiser. Deveríamos estar preocupados não com o coronel Ustra mas com a economia, com o desemprego, com a falta de equipamentos nos hospitais públicos, com a má qualidade do ensino.

O GLOBO: Os familiares reclamam da falta de informações sobre loca-lização das ossadas dos desaparecidos. Acha possível que esses restos mortais sejam encontrados?

GENERAL GUILHERME: A reivindicação é muito justa. Por outro lado, se alguém tinha obrigação de fazer sepultura de quem morreu, eram os guerrilheiros. Os militares que morreram em combate não estão desaparecidos não. Estes têm seu lugarzinho lá, arrumadinho. Agora, se largam o cara no meio do mato para a onça comer, é problema deles, não é das Forças Armadas. O que já se gastou de dinheiro atrás de osso!* Agnaldo Del Nero Augusto pela BIbliex, com circulação restrita. Não estão expostos nas livrarias, disponíveis ao grande público, aos jovens que precisam conhecer a verdade, em particular os jovens militares que precisam ser esclarecidos, precisam conhecer os fatos para não só respeitar, como ter orgulho dos que os precederam. Apesar de respeitar muito o general Leônidas, suas posições firmes em defesa do Exército, lamentei muito, muito mesmo, sua decisão de guardar as informações de que dispunha.
Apesar de entender as circunstâncias, considero que cometeu um equívoco de avaliação irreparável. Foi uma oportunidade perdida daquelas que não voltam mais. Foi a oportunidade de tomar a iniciativa. Foi a oportunidade de sair na frente. Postos aqueles dados nas mãos de um escritor, a história estaria escrita. Perdida a oportunidade, caímos na defensiva. Os subversivos, com alta escola em guerra psicológica, saíram na frente, na Ofensiva.

Na guerra psicológica o princípio da ofensiva é tão ou mais importante que na guerra convencional e não se ignora que eles movem uma guerra psicológica permanente contra as Forças Armadas. Não desconhecemos o dito de Francis Bacon: “o tempo é o senhor da verdade”.
Sempre entendemos, porém, seu aforismo com o tempo sendo capaz de apagar ou atenuar as paixões. Todavia, o tempo nada esclarece. Se ficarmos parados, olhando “a banda passar”, se não apresentarmos ou agregarmos novos dados para esclarecer os fatos e episódios, mostrar as omissões, tornar claro o contexto em que ocorreram, sem paixão, a verdade não surgirá por idade, principalmente depois que uma versão, mesmo mentirosa, estiver consolidada.* General-de-Divisão Reformado O livro "A Grande Mentira" de autoria do General Del Nero pode ser encontrado nos endereços abaixo: LIVRARIA CULTURASite: www.livrariacultura.com.br Valor:R$ 47,00BIBLIEXSite: www.bibliex.com.br online: http://www.bibliex.com.br/principal/livraria_online/index.htmlEmail: vendasbibliex@DEP.ensino.eb.br TEL: (21) 2253-4628 / 2219-5732Preço:R$ 42,50(Desconto para militares)

PARTE 3

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O Clube Militar, fiel ao seu próposito de preservar a memória nacional militar, através do registro dos grandes chefes militares que contribuíram para a consolidação da República, mantém na ante-sala da Presidência do Clube, os retratos dos vultos históricos mais proeminentes do período republicano. Por aprovação unânime do Conselho de Administração e em reconhecimento aos inestimáveis serviços prestados à Nação pelo insígne chefe General Emílio Garrastazu Médici, em cujo período presidencial o Brasil experimentou os maiores índices de desenvolvimento de sua história e o lançou definitivamente na modernidade, foi aposta uma placa de bronze nas paredes daquela sala perenizando-a com o nome de SALÃO PRESIDENTE EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI. HOMENAGEM DO CLUBE MILITAR AO PRESIDENTE MÉDICI

Quando a calúnia, a inveja, a covardia e o ressentimento por fracassado plano de tomada do poder se associam para qualificar o desempenho do meu pai na presidênciada República, é confortante sentir o calor de um abraço amigo. Ainda mais quando esse gesto vem do Clube Militar. Casa da República, mas muito mais Casa da Democracia, pela qual meu pai, por duas vezes, como oficial das Forças Armadas do Brasil, arriscou a carreira e a vida. A República foi luta vencida por uma geração. A Democracia é conquista mais difícil. É luta para sempre. É luta para todas as gerações, pois sempre existe um aspirante a déspota à espreita de uma oportunidade. E essa Casa sempre foi e, tenho certeza, continuará a ser uma barreira forte a impedir que nosso povo seja submetido a qualquer forma de totalitarismo. É por isso senhor Presidente, senhores diretores e senhores conselheiros que deixo aqui, sensibilizado, o meu muito obrigado. Obrigado por terem associado em bronze o nome de meu pai a essa Casa. Casa da República. Casa da Democracia. A cerimônia transcorrida na tarde de 26 de abril, com a presença do General Gilberto Barbosa Figueiredo, Presidente do Clube Militar e sua Diretoria, diversas autoridades, entre as quais destacamos - o General-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho, Comandante doCML, o Presidente do Clube de Aeronáutica Brigadeiro Ivan Frota, o Brigadeiro Mauro Gandra, o General-de-Exército Pedro Luiz de Araújo Braga, o Vereador Wilson Leite Passos e os antigos assessores do Presidente Médici. Seu filho, Engenheiro Roberto Nogueira Médici, após o descerramento da placa afixada no gabinete do Presidente do Clube, agradeceu com as seguintes palavras: NR: O jornalista Lucas Figueiredo se “esqueceu” de apresentar o “Manifesto ao povo brasileiro” redigido por Franklin Martins, hoje ministro de Comunicação Social. Também não citou, entre os 13 prisioneiros políticos da foto, diante do avião Hércules da FAB, que os levou para o exílio no México, os nomes de Wladimir Palmeira, José Dirceu, José Ibrahim, Luis Travassos e do jornalista Flávio Tavares, que recebeu indenização milionária e atuou na guerrilha urbana, liderando o MAR- Movimento Armado Revolucinário, causando vítimas.
Na foto acima, João Leonardo da Silva Rocha (agachado, a esquerda) e Onofre Pinto (em pé, de bigode) entre os presos políticos trocados pelo embaixador Charles Elbrick (EUA), em 69.

Mortos pela repressão em 74, quando voltaram ao Brasil, seus corpos nunca foram encontrados. Ao lado, o general Emílio Garrastazu Médici, em cujo governo (1969/74) aconteceu a maioria dos desaparecimentos . (Estado de Minas - 22/04) Ao povo brasileiro Grupos revolucionários detiveram, hoje, o Sr. Burke Elbrick, Embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum ponto do país.

Este não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, onde se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; tomadas de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; as explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.

Na verdade, o rapto do Embaixador é apenas mais um ato de guerra revolucionária que avança a cada dia e que este ano iniciará a sua etapa de guerrilha rural.
A vida e a morte do Senhor Embaixador estão nas mãos da ditadura. Se ela atender a duas exigências, o Sr. Burke Elbrick será libertado. Caso contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária.
Nossas duas exigências são:- a libertação de 15 prisioneiros políticos;- a publicação e leitura desta mensagem, na íntegra, nos principais jornais, rádios e televisões de todo o país.

Os 15 prisioneiros políticos devem ser conduzidas em avião especial até um país determinado – Argélia, Chile e México – onde lhes seja concedido asilo. Contra eles não deverá ser tentada qualquer represália, sob pena de retaliação. A ditadura tem 48 horas para responder publicamente se aceita ou rejeita nossa proposta. Se a resposta for positiva, divulgaremos a lista dos 15 líderes revolucionários e esperaremos 24 horas por sua colocação num país seguro.
Se a resposta for negativa, ou se não houver nenhuma resposta nesse prazo, o Sr. Burke Elbrick será justiçado. Queremos lembrar que os prazos são improrrogáveis e que não vacilaremos em cumprir nossas promessas.
Agora é olho por olho, dente por dente. AÇÃO LIBERTADORA NACIONAL (ALN) MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO 8 DE OUTUBRO / MR-8.MANIFESTO

Também não podemos deixar de lembrar que o Presidente Médici comparecia a jogos de futebol do Flamengo e do Grêmio Porto-alegrense, no Maracanã e no Olímpico e era aplaudido espontaneamente pelas torcidas, de pé, quando anunciado o seu nome; que ao terminar o seu mandato tinha um índice de 82% de aprovação, confor-me pesquisa de opinião pública realizada sem interferência oficial; que durante o seu governo o Brasil cresceu 14% ao ano, tendo o maior desenvolvimento de toda a sua história. Presidente Médici no Maracanã Arquivo/EM - 7/9/69

7 Nº 108 - Abril/2007

Como escrevi na introdução de meu livro “A VERDADE SUFOCADA – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” , Ano após ano, os revanchistas lançam uma “denúncia” ou criam um fato novo, de preferência próximo de datas importantes para as Forças Armadas, como o Dia do Soldado, o Dia do Aviador, o Dia do Marinheiro, a Semana da Pátria e os aniversári-os da Contra-Revolução de 1964 e da Intentona Comunista de 1935.
Foram as falsas fotografias do Herzog; os arquivos “enterrados” na sede do antigo DOI de Brasília; a escavação da Fazenda 31 de Março, em São Paulo; a queima dos arquivos na Base Aérea de Salvador; a vala “clandestina” do Cemitério de Perus; os agentes “arrependidos” que denunciam, com inverdades e talvez por vantagens, os órgãos de segurança onde trabalharam; e muitos outros.

Tudo publicado com estardalhaço e quase nunca desmentido. Portanto esse ano não poderia ser diferente. Na semana do dia do Exército (19 de abril ), as manchetes do Correio Braziliense e Estado de Minas estão trazendo, em matéria de capa e páginas inteiras, reportagens de Lucas Figueiredo sobre um trabalho de pesquisa, projeto de um livro intitulado “Tentativas de tomada do poder”, que jamais foi publicado pelo Exército.

Essa pesquisa histórica pretendia mostrar aos brasileiros o que foi a luta armada no Brasil. Quem lê as manchetes, pensa que foi descoberto um segredo guardado a sete chaves. No entanto, nada de novo é apresentado na série de reportagens, intitulada “Memórias da ditadura”.

Nem mesmo a descoberta do “misterioso e secretíssimo livro” é novidade. O próprio Lucas Figueiredo, em seu O LIVRO SECRETO DO EXÉRCITO Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra livro Ministério do Silêncio, editado em2005, se refere a ele na página 397. Ao comentar o livro “Rompendo o Silêncio”, de minha autoria, escreve o seguinte sobre o mesmo: “era espantosamente parecido com o projeto do Livro Branco do CIE. Ambos partiram de laudos e documentos produzidos pelo órgãos de segurança e informação para oferecer um contra-ponto às versões apresentadas pela esquerda em relação a fatos ocorridos na ditadura”.

Portanto, Lucas Figueiredo, que agora anunciou essa “grande descoberta”, já o conhecia antes de 2005. Eu, também, no meu último livro, publicado em março de 2006, “A VERDADE SUFOCADA”, cito o projeto Orvil e presto uma homenagem aos companheiros que se dedicaram a esse trabalho de pesquisa, im-portantíssimo para a história recente do País e do qual muito me vali em minhas pesquisas. O projeto Orvil já foi citado diversas vezes na imprensa brasileira, com os nomes mais distintos: Livro negro do comunismo, Livro negro do terrorismo no Brasil, Livro branco, Orvil e outros. Apesar disso, as opiniões sobre a“grande revelação” de Lucas Figueiredo são apresentadas pela mídia como um fato desconhecido. Chico Alencar do (PSol-RJ), deputado federal, declarou: “Não se trata de revanchismo querer abrir os arquivos secretos das Forças Armadas. Os povos que não conhecem o seu passado correm o risco de revivê-lo.”

Se pinçarem apenas o que interessa a eles, como fez a equipe de Dom Evaristo Arns, o povo continuará a não saber o que os “heróis” de hoje, as “vítimas” e os “estudantes inocentes” aprontaram nas décadas de 60 e 70 e podem aprontar de novo. Para nós que lutamos contra subversivos, guerrilheiros e terroristas é muito importante a difusão do “Orvil”, em seus mínimos detalhes, pois assim os povos que conhecem o seu passado não correm o risco de repeti-lo. Já o frei dominicano Osvaldo Rezende Junior falando sobre o livro diz: “Uma das missões da igreja é defender a vida e a dignidade da pessoa humana, da qual eles (militares que escreveram o livro) fazem pouco caso. O que está ali é um amontoado de asneiras em relação à Igreja”, diz ele. “Esse grupo de oficiais (que escreveu o livro), hoje apo-sentados, confunde o Brasil e o estado brasileiro com o grupo deles. É justamente contra isso que durante a ditadura, se levantaram uma boa parte da opinião brasileira, da juventude e Igreja. Com que direito os militares usaram as armas que lhe foram entregues para proteger a população, para impedir essa mesma população de se manifestar? Nesse sentido, a Igreja fala muito mais em nome do Brasil que esses oficiais”,afirma frei Osvaldo. (L F)

Esquece Frei Osvaldo de dizer que os dominicanos, entre eles, Frei Carlos Alberto Libânio Christo ( frei Beto), frei Fernando de Brito, Frei Tito de Alencar Ramos e frei Ives do Amaral Lesbaupin (frei Ivo), entre outros, apoiavam Carlos Marighella, conhecido como o ideólogo do terror, que no seu “Manual do Guerrilheiro Urbano” afirma :“O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar”. “Ser assaltante e terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado”. Frei Osvaldo também esquece de citar o que disse Frei Ives do Amaral Lesbaupin: ”A Igreja e os dominicanos deveriam entrar no projeto revolucionário de forma organizada. Seríamos a linha de apoio logístico para a guerrilha rural.
Na cidade esconderíamos pessoas, faríamos transferências de armas e dinheiro.”


Frei Osvaldo também não diz que os dominicanos, inclusive ele, fizeram levantamentos na Belém-Brasília para instalação de áreas de guerrilha, e o assentamento de pessoas que, desde 1961, faziam cursos de guerrilha nos países comunistas. Ele não diz, também, que escondiam guerrilheiros e terroristas e que apoiavam Marighella, fundador da ALN, mesmo sabendo que a organização a que ele pertencia praticara vários assaltos, atentados a bomba, ataques a quartéis, seqüestros, assassinatos e ”justiçamentos”.

Frei Osvaldo, os militares usaram as armas que lhes foram entregues para proteger a população ordeira dos atos terroristas, praticados pelos subversivos, que os senhores acolhiam. Se o senhor não sabe,uma das missões dos militares era, é, e será sempre, manter a democracia e a liberdade no nosso País. Foi para isso que usamos nossas armas. Frei Osvaldo e deputado Chico Alencar, para nós, que lutamos contra esses subversivos e terroristas, seria ótimo que a população tomasse conhecimento de tudo que está relatado no Orvil, pois nele está contada, com detalhes, a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça.
Visite nosso sitewww.averdadesufocada.comBRASÍLIAFone: (61) 3468-6576 averdadesufocada@terra.com.br R$ 45,00

EM BELO HORIZONTE: grupoinconfidenciabh@yahoo.com.br Telefax: (31) 3344-1500 PEDIDOS Carta: Caixa Postal 701 Agência Lago Norte CEP 71510-970Brasília/DF CADERNOS DA LIBERDADE Para adquirir o livro, via Correios, envie um cheque nominal e cruzado, no valor de R$ 25,00 (postagem inclusa) em favor do Grupo Inconfidência Caixa Postal 3370 - CEP 30140-970 - Belo Horizonte - MG E-mail: grupoinconfidenciabh@yahoo.com.br Telefax: (31) 3344-1500 Uma visão do mundo diferente do senso comum modificado. Eu, também, no meu últimolivro, publicado em março de2006,“A VERDADE SUFOCADA” , cito o projeto Orvil e presto uma homenagem aos companheiros que se dedicaram a esse trabalho de pesquisa, importantíssimo para a história recente do País e do qual muito me vali em minhas pesquisas.

Cel Ustra lança, em Curitiba, a 3ª edição revista e ampliada, do seu livro “A Verdade Sufocada” Um grupo de Oficiais da Reserva das Forças Armadas e Civis amigos do Coronel CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA convida para o lançamento, em Curitiba, da 3ª Edição Revista e Ampliada de seu livro: “A VERDADE SUFOCADA” A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça a ser realizado, a partir das 12:00 h, do dia 10 de maio de 2007, na sede do Círculo Militar do Paraná, situado no Largo Bittencourt 187, Centro, Curitiba - PR.

PARTE 4

8Nº 108 - Abril/2007
O ASSASSINATO DE HENNING ALBERT BOILESEN ARQUIVOS DA"DITADURA"

O industrial Henning Albert Boilesen começou a morrer em janeiro de 1971. Nessa época, Antônio André Camargo Guerra, do comando do MRT, “cobriu um ponto” em Cascadura, na Guanabara, com Herbert Eustáquio de Carvalho, da VPR, para tratar das próximas ações da “Frente”. Na ocasião, Herbert, a mando de Carlos Lamarca, entregou-lhe um bilhete com três nomes: “Henning Boilesen”, “Peri Igel” e “Sebastião Camargo (Camargo Correia)”.

Segundo Herbert, Lamarca pedia ao MRT que os levantassem a fim de futuros seqüestros ou “justiçamentos”. Boilesen, um dinamarquês de 55 anos,havia sido lutador de box e jogador de futebol em Copenhague, em sua juventude. Formado em Administração de Empresas, veio para o Brasil em 1942, como contador da Firestone, naturalizando-se brasileiro em 1959.
Ingressando na Ultragás, pela sua grande capacidade de trabalho, foi galgando postos, sucessivamente, até tornar-se o presidente do Grupo Ultra, que englobava várias empresas ligadas à produção de gás liquefeito do petróleo.
Preocupado com os aspectos sociais do trabalho, auxiliava diversas entidades e havia criado o Centro de Integração Empresa-Escola(CIEE), para a formação de mão de obra especializada.

Entrosado com o meio empresarial, possuía os títulos de “Cidadão Paulistano” e de “Homem de Relações Públicas em 1964”, além de quase uma dezena de medalhas e condecorações, outorgadas por diversas entidades, entre as quaiso Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, a Sociedade Geográfica Brasileira e o Museu de História do Rio de Janeiro.
Casado, com 3 filhos e 4 netos, Boilesen disputava “peladas” de futebol nos fins de semana e era fanático torcedor do Palmeiras. Apaixonado pelas artes plásticas, patrocinava exposições e privava da amizade de inúmeros artistas que expunham na vizinha cidade de Embu. Mas, para a VPR, ele era um “espião da CIA” e patrocinador da OBAN.

No bilhete passado por Herbert para Antônio André, Boilesen estava em primeiro lugar e assinalado com um sinistro “X”. A partir da 2ª quinzena de janeiro de 1971, iniciaram-se os levantamentos dos industriais paulistas, dos quais participaram Devanir José deCarvalho, Dimas Antônio Casemiro, Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT, Carlos e Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz(“Clemente”), pela ALN, e Gregório Mendonça e Laerte Dorneles Méliga, pela VPR.

Nos levantamentos procedidos, descobriu-se que Boilesen residia no Morumbi e que diariamente, às 09:00 h, antes de ir para o trabalho, passava para ver seus filhos, na rua Estados Unidos 1.030. Só não conseguiram descobrir a sua suposta ligação com a OBAN. A prisão de Laerte e Gregório, respecti-vamente, em 2 e 4 de fevereiro, fez com que suspendessem a ação, temporariamente, pois ambos haviam participado dos levantamentos. Passados alguns dias, entretanto, observaram que o industrial não mudara seus hábitos e continuava a não possuir segurança pessoal. Concluíram que a ação não havia sido delatada por seus companheiros.

Numa reunião do comando do MRT, realizada em 17 de fevereiro, Boilesen foi julgado e condenado à morte. Na pauta resumida dessa reunião, apreendida dois meses depois, aparece um lacônico “Justiçamento-CIA”. Uma semana depois, em 23 de fevereiro, na pauta de uma reunião do comando, aparecia, na própria letra de Devanir: “Tarefa prioritária: Sobrea pena de morte - apresentar proposta à Frente”. O MRT, para executar a ação, precisava propô-la à “frente”, constituída pela VPR, pela ALN, pelo MR-8 e pelo PCBR, além do próprio MRT.

Boilesen ganhou mais alguns dias de vida. A morte de Devanir José de Carvalho, líder do MRT, baleado ao resistir à prisão, em 5 de abril, precipitou a ação. Dimas e Gilberto, o “Zorro”, entraram em contato com “Clemente” e José Milton Barbosa, da ALN, e pediram auxílio para a execução de Boilesen, como vingança pela morte do Devanir. Entre os dias 9 e 13 de abril, o “Comando Revolucionário Devanir José de Carvalho”, criado especificamente para a ação, realizou novos levantamentos sobre Boilesen. Dimas escreveu o panfleto que seria jogado sobre a vítima, procu-rando “justificar” o assassinato.

Na manha de 14 de abril, o “Comando Revolucionário” formou o seu dispositivo. No carro da ação, um Volks, três militantes da ALN: Antônio Sérgio de Matos, como motorista, Yuri Xavier Pereira, com Fuzil Mauser 7mm, e José Milton Barbosa, com metralhadora INA. No carro de cobertura, outro Volks,três militantes do MRT: Dimas Antônio Casemiro, como motorista, Joaquim Alencar de Seixas, com Winchester 44, e “Zorro”, com metralhadora INA. Haviam decidido que a ação seria executada em frente a casa dos filhos de Boilesen, na rua Estados Unidos, a fim de causar maior impacto na opinião pública. Estacionaram os dois carros na Alameda Casa Branca e Yuri e José Milton esperaram na esquina para observar a saída da vítima. Subiriam nos carros e fechariam o carro do industrial antes que ele desse a partida. Entretanto, nesse dia, Boilesen foi à Guanabara para tratar de negócios. Ganhou, com isso, mais 24 horas de vida.
No dia seguinte, 15 de abril de 1971, novamente o Comando Revolucionário tomou posição. Dessa vez, Boilesen compareceu e, às 09.10 h, saiu da casa de seus filhos. O planejamento, no entanto, não fora bem feito. Ao entrarem na Estados Unidos, os terroristas observaram, surpresos, que o Ford Galaxie do industrial já virara à direita, tomando a Rua Peixoto Gomide. Após alguns segundos de hesitação, decidiram executar a ação assim mesmo e saíram em perseguição ao carro do industrial.

Para evitar uma feira livre, Boilesen entrou na Rua Professor Azevedo Amaral e pegou a Rua Barão de Capanema. Na esquina da Alameda Casa Branca, parou para entrar à esquerda. Nesse momento, os dois carros dos terroristas emparelharam com o dele. Pela esquerda, Yuri colocou o fuzil para fora da janela, disparou um tiro que foi raspar a cabeça de Boilesen. Este saiu do Galaxie e tentou correr em direção contrária aos carros. Foi inútil. José Milton descarregou sua metralhadora nas costas do industrial e Yuri desfe-chou-lhe mais três tiros de fuzil.

Cambaleando, Boilesen arrastou-se por mais alguns metros e foi cair na sarjeta, junto de um Volkswagen. Aproximando-se, Yuri disparou mais um tiro, que arrancou-lhe a maior parte da face esquerda. Joaquim e “Zorro” jogaram os panfletos por cima do cadáver. Os terroristas, subindo em seus carros, arrancaram em alta velocidade, fugindo pela Alameda Casa Branca em direção à Avenida Paulista.
Mais tarde, no relatório escrito por Yuri e apreendido pela polícia, aparecem as frases: “Durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação... Mais uma vitória da Revolução Brasileira”.
O assassinato durara menos de dois minutos. Os disparos haviam chamado a atenção de dezenas de populares que estavam na feira livre. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis.

Caídas, uma senhora, atingida no ombro, e uma vendedora de maçãs, ferida na perna, aumentavam o pânico das pessoas, que correram em direção à Rua Peixoto Gomide. Sobre o corpo de Boilesen, mutilado com 19 tiros, os panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça. “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que todos eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE”.(Publicado no Inconfedência, nº 90 de 23/12/2005)

O corpo de Henning Albert Boilesen

Uma vez que a Lei da Anistia não vai mais ser obedecida e a Justiça concorda com essa ilegalidade; Uma vez que vão ser abertos os Arquivos do Regime Militar pelos advogados interessados em encher os bolsos e pelos criminosos envolvidos nesses arquivos; Pergunto: Porque o Judiciário, o Poder Público, ou qualquer autoridade justa, idônea, íntegra e honesta não assume essa abertura de arquivos ou, pelo menos, fiscalize e exija a ampla abertura e a ampla divulgação dos fatos que a esquerda e os subversivos tentam esconder do conhecimento.

ABRIR OS ARQUIVOS público? Ficam acusando os Militares de quererem esconder os arquivos e os fatos, mas essa não é a verdade. Porque a mídia não divulga os fatos que acarretaram o Movimento de 1964, principalmente o que ocorreu em 1963. Porque a mídia não divulga os fatosque acarretaram o AI-5? Não venham com a história daquele parlamentar idiota que discursou contra o Regime, mas contemos acontecimentos daquele ano. Qual o objetivo do treinamento de guerrilha. Fazer piquenique no Araguaia? Qual o objetivo de Marighella e Lamarca? Roubar armas para fazer o quê? A violência da repressão foi proporcional à violência dos atos de terrorismo e assassinatos.

Porque a mídia não divulga estes atos criminosos? Seqüestro também não é um crime hediondo? Os Militares nada têm a esconder, porque fizeram bem o seu dever, de defender a Pátria ameaçada. Vamos abrir todos os arquivos e divul-gar os crimes de cada subversivo. O Povo Brasileiro tem o direito de conhecer a verdadeira história do que aconteceu durante a Revolução de 1964. O Povo Brasileiro tem o direito de saber porque os subversivos estão recebendo dinheiro que foi pago pelos impostos coletados dos contribuintes e porque eles estão dispensados do pagamento do Imposto de Renda.

Os escritórios de advocacia do Sr.Greenhalg e do Sr. Tomás Bastos estão altamente interessados nos arquivos para ganharem mais dinheiro ainda com as indenizações fabulosas dos subversivos. O Sr. Dirceu e os componentes do seu bando, que estão na comissão, estão interessados na abertura somente dos arquivos que não os impliquem.
Quando o Judiciário deste País vai assumir as suas responsabilidades
?(Publicado no Inconfidência, nº 77 de 20/12/2004)* Capitão de Mar-e-Guerra* Lúcio Balloussier

9Nº 108 - Abril/2007

Em 1966, dois anos depois da Revolução Democrática de 31 de Março, a Nação brasileira empenhava-se em reerguer o País, após o caos dos primeiros anos da década de 60. Entretanto, uma pequena minoria inconformada, constituída pelos comunistas e pelos corruptos que haviam sido alijados da vida política nacional, procurava reorganizar-se e, de qualquer maneira, expressar seu descontentamento. Recife, a capital pernambucana, foi a escolhida para ser o cenário inicial de uma nova forma de luta - o terrorismo - que, por muitos anos, viria a ensangüentar e a enlutar a sociedade brasileira.

O 31 de Março de 1966 amanhecia com sol. O povo pernambucano e as autoridades já estavam reunidos no Parque 13 de Maio, aguardando o início das comemorações do segundo ano da Revolução. Nesse momento, exatamente às 0847h, ocorria violenta explosão no 6º andar do edifício dos Correios e Telégrafos, onde funcionavam os escritórios regionais do SNI e da Agência Nacional. Ao mesmo tempo, uma segunda explosão atingia a residência do Comandante do IV Exército. Mais tarde, seria encontrada uma terceira bomba, falhada, num vaso de flores da Câmara Municipal de Recife, onde havia sido realizada uma sessão solene em comemoração à Revolução Democrática.

Três bombas montadas para, num só momento, atingir personalidades e entida-des representativas do governo brasileiro. Iniciava-se a guerra suja. Entretanto, a bomba falhada no legislativo municipal deveria estar incomo-dando os terroristas e estar sendo vista como um parcial fracasso de execução. Assim é que, em 20 de Maio de 1966, 50 dias após esse ensaio geral, foram lançadas RECORDANDO A HISTÓRIA outras três bombas - dois “coquetéis molotov” e um petardo de dinamite, contra os portões da Assembléia Legislativa dePernambuco.A Nação, estarrecida, vislumbrava tem- pos difíceis que estavam por vir.

Em 25 de Julho de 1966, uma nova(terceira) série de três bombas, com as mes-mas características das anteriores, sacode Recife. Uma, na sede da União de Estudantes de Pernambuco, ferindo, com escoriações e queimaduras no rosto e nas mãos, o senhor José Leite, de 72 anos, vítima inocente que passava pelo local.
Outra, nos escritórios do Serviço de Informações dos Estados Unidos (USIS), causando, apenas, danos materiais. A terceira bomba, entretanto, acarretando vítimas fatais, passou a ser o marco balizador do início da luta terrorista no Brasil.

Nessa manhã de 25 de julho de 1966, o Marechal Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto Internacional dos Guararapes. Às 0830h, poucos minutos antes da previsão de chegada do Marechal, o serviço de som anunciou que, em virtude de pane no avião, ele estava deslocando-se por via ter-restre de João Pessoa até Recife e iria, diretamente, para o prédio da SUDENE. Esse comunicado provocou o início da retirada do público. O guarda-civil Sebastião Tomaz de Aquino, o “Paraíba”, outrora popular jogador de futebol do Santa Cruz, percebeu uma maleta escura abandonada junto à livraria “SODILER”, localizada no saguão do aero- porto.

Julgando que alguém a havia esquecido, pegou-a para entregá-la no balcão do DAC. Ocorreu uma forte explosão. O som ampliado pelo recinto, a fumaça, os estragos produzidos e os gemidos dos feridos provocaram o pânico e a correria do público. Passados os primeiros momentos de pavor, o ato terrorista mostrou um trágico saldo de 17 vítimas. Morreram o jornalista e secretário do governo de Pernambuco Edson Regis de Carvalho, casado e pai de cinco filhos, com um rombo no abdômen, e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, com o crânio esfacelado, deixando viúva e dois filhos menores. O guarda-civil “Paraíba” feriu-se no rosto e nas pernas, o que resultou, alguns meses mais tarde, na amputação de sua perna direita.
O então Tenente-Coronel do Exército, Sylvio Ferreira da Silva, sofreu fratura exposta do ombro esquerdo e amputação traumática de quatro dedos da mão esquerda. Ficaram, ainda, feridos os advogados Haroldo Collares da Cunha Barreto e Antonio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro, os estudantes José Oliveira Silvestre, Amaro Duarte Dias e Laerte Lafaiete, a professora Anita Ferreira de Carvalho, a comerciária Idalina Maia, o guarda-civil José Severino Pes-soa Barreto, o Deputado Federal Luiz de Magalhães Melo e Eunice Gomes de Barros e seu filho, Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade. O acaso, transferindo o local de chegada do futuro Presidente, impediu que a tragédia fosse maior. O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes e, até, mulheres e crianças, mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores. Naquela época, no Recife, apenas uma organização subversiva, o Partido Comunista Revolucionário (PCR), defendia a luta armada como forma de tomada do poder. Dois comunistas foram acusados de envolvimento no ato terrorista: um, Edinaldo Miranda de Oliveira, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e que, em 1986, era professor de Engenharia Elétrica em Recife, e o outro era Ricardo Zaratini Filho, então militante do PCR e atual assessor parlamentar da liderança do PDT.

O ATENTADO DOS GUARARAPES na Câmara Federal.

Entretanto, nunca foi possível determinar, exatamente, os autores dos atentados. Não havia, ainda, no País, órgãos de segurança especializados no combate ao terror. Em 18 Mai 99, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo, o Comandante do Exército, Gen Ex Gleuber Vieira, declarou a respeito da reabertura do caso Riocentro: “Nós nunca pensamos em pedir reabertura de inquérito envolvendo personalidades da vida nacional de hoje que, no passa-do, estiveram envolvidos em assalto a bancos, seqüestros, assassinatos e em atos de terrorismo. Nós não cogitamos pedir a reabertura do inquérito nem mesmo quando uma dessas personalidades declarou que sabia quem tinha posto uma bomba no aeroporto do Recife.”

Um ano depois do atentado, em 25Jul 67, foi inaugurada no Aeroporto uma placa de bronze com os seguintes dizeres: “HOMENAGEM DA CIDADE DO RECIFE AOS QUE TOMBARAM NESTE AEROPORTO DOS GUARARAPES, NO DIA 25 DE JULHO DE 1966, VITIMADOS PELA INSENSATEZ DOS SEUS SEMELHANTES.- ALMIRANTE NELSON FERNANDES- JORNALISTA EDSON REGIS GLORIFICADOS PELO SACRIFÍCIO, SEUS NOMES SERÃO SEMPRE LEMBRADOS RECORDANDO AOS PÓSTEROS O VIOLENTO E TRÁGICO ATENTADO TERRORISTA, PRATICADO À SORRELFA PELOS INIMIGOS DA PÁTRIA.”

Não sabemos se essa placa ainda permanece no aeroporto ou foi retirada ou, mesmo, substituída por homenagens aos comunistas. Hoje, os terroristas daquela época, arvorando-se em “heróis” libertários, afirmam que, o que fizeram, foi uma reação à “violência” do Governo brasileiro.

Inten-cionalmente, procuram deturpar a História e levar ao esquecimento as vítimas que causaram em sua sanha fratricida, dentre elas, as de 1966. Passaram-se 37 anos. (Hoje, 43) Mas as bombas de Recife e o atentado dos Guararapes não serão esquecidos.(Publicado no Inconfidência, nº 66 de 31/03/2004)* www.ternuma.org TERRORISMO NUNCA MAIS* Ternuma

PARTE 5

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Que no governo João Goulart algumas organizações de esquerda condenavam a luta pela reforma agrária, porque seu triunfo daria origem a um campesinato conservador e anti-socialista?

Isso está escrito na página 40 do livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender, que foi dirigente do PCB e um dos fundadores do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, em 1967.

Que no governo João Goulart já existiam campos de treinamento de guerrilha no Brasil? Em 4 de dezembro de 1962, o jornal “O Estado de São Paulo” noticiou a prisão de diversos membros das famosas Ligas Camponesas, fundadas por Francisco Julião, num campo de treinamento de guerrilhas, em Dianópolis, Goiás.
Que afora o PCB, por seu apego ao ortodoxo “caminho pacífico” para a toma-da do poder, foram os trotskistas o único segmento da esquerda brasileira que não pegou em armas nos anos 60 e 70?
Que o primeiro grupo de 10 membros do Partido Comunista do Brasil - então partidário da chamada linha chinesa de “guerra popular prolongada” para a tomada do poder - viajou para a China ainda no governo João Goulart, em 29 de março de 1964, a fim de receber treinamento na Academia Militar de Pequim?
E que até 1966 mais duas turmas foram a Pequim com o mesmo objetivo?(livro “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender).
Que no regresso da China, esses militantes, e outros, foram mandados, a partir de 1966, para a selva amazônica a fim de criar o embrião da “guerra popular prolongada” que resultou naquilo que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia, somente descoberto pelas Forças Armadas em abril de 1972, graças à prisão de um casal, no Ceará, que havia abandonado a área, desertando?
Que mais da metade dos cerca de 60 jovens que morreram no Araguaia, para onde foram mandados pela direção do PC do B, eram estudantes universitários, secundaristas ou recém-formados, segundo as profissões descritas na Lei que, em 1995,constituiu a Comissão de Desaparecidos Políticos?
Que a expressão “socialismo democrático” - hoje largamente utilizada por al-guns partidos e candidatos - induz a um duplo erro: o de apontar no rumo de um hipotético socialismo que prescindirá do Estado da Ditadura do Proletariado, acontecimento nunca visto no mundo, e o de introduzir a idéia de que o Estado mais democrático que o mundo já conheceu, o Estado Proletário não é democrático?
(livro “História da Ação Popular”, página 63, TERRORISMO NO BRASIL VOCÊ SABIA? *Carlos I. S. Azambuja, de autoria dos atuais dirigentes do Partido Comunista do Brasil, Aldo Arantes e Haroldo Rodrigues Lima).
Que no início de 1964, antes da Revolução de Março, Herbert José de Souza, o “Betinho” já pertencia à Coordenação Nacional da Ação Popular?
(livro “No Fio da Navalha”, do próprio “Betinho”, páginas41 e 42).
Que em 31 de março de 1964, quando da Revolução, “Betinho” era o coordena-dor da assessoria do Ministro da Educação, Paulo de Tarso, em Brasília?(livro “No Fio da Navalha”, páginas 46 e 47).
Que pouco tempo antes da Revolução de Março de 1964, o coordenador nacional do “Grupo dos Onze”, constituídos por Leonel Brizola, era “Betinho”, designado pelo próprio Brizola?
(livro“No Fio da Navalha”, páginas 49 a 51).
Que em março de 1964, o esquema armado de João Goulart “era uma piada”; e que “o comandante Aragão , comandante dos Fuzileiros Navais, era um alucinado e eu nunca vi figura como aquela”?
(livro “No Fio da Navalha”, página 51).
Que já em 1935, Luiz Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, era um assalariado do Komintern (3ª Internacional)?
Isso está escrito e comprovado no livro “Camaradas”, do jornalista William Waak, que teve acesso aos arquivos da 3ª Internacional, em Moscou, após o desmanche do comunismo.
Que Luiz Carlos Prestes foi Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro por 37 anos, ou seja, até maio de 1980, uma vez que foi eleito em setembro de 1943, quando ainda cumpria pena por sua atuação na Intentona Comunista?
(livro “Giocondo Dias, uma Vida na Clandestinidade”, de Ivan Alves Filho, cujo pai, Ivan Alves, pertenceu ao partido).
Que quatro ex-militares dirigiram o PCB desde antes de 1943 até 1992: Miranda, Prestes, Giocondo Dias e Salomão Malina? Ou melhor, comandaram o PCB por cerca de 50 anos?
Que após o desmantelamento do socialismo real, que começou pela queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, foi considerado que “o marxismo-leninismo deixou de ser uma ferramenta de transformação da História para tornar-se uma espécie de religião secularizada, defendida em sua ortodoxia pelos sacerdotes das escolas do partido”?
(livro “Nos Bastidores do Socialismo”, de autoria de Frei Betto).
Uma frase altamente edificante: “Quero deixar claro que admito a pena de morte em uma única exceção: no decorrer da guerra de guerrilhas”. Seu autor? Frei Betto, em seu livro “Nos Bastidores do Socialismo”, página 404.
Que em fins de agosto de 1995 - 16 anos após a anistia - o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto, logo transformado em lei, dispondo sobre ”o reconhecimento das pessoas desaparecidas em razão de par-ticipação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no perío-do de 2 de setembro de 1961 a 15 de agosto de 1979"?
Que esse projeto definiu que deveria ser criada uma Comissão Especial, com- posta por 7 membros, com a atribuição de proceder ao reconhecimento de pessoas que tenham falecido de causas não naturais “em dependências polici-ais ou assemelhadas”?
Que da relação de pessoas desaparecidas que acompanhou o projeto constavam os nomes de 136 militantes da esquerda considerados desaparecidos políticos que, por opção própria, pegaram em armas para instalar em nosso País uma República Democrática Popular semelhante àquelas que o povo, nas ruas do Leste Europeu, derrubou, nos anos de 1989 e 1990?
Que entre esses nomes, estavam os de 59 guerrilheiros desaparecidos no Ara-guaia, quando tentavam implantar o embrião do modelo chinês de “guerra popular pro-longada”?
Que as famílias de todos esses guerrilheiros do Araguaia já foram indenizados com quantias que variam de 100 mil a 150 milreais?
Que, por conseguinte, à vista do que está escrito na lei, para que essa indenização fosse concedida, a área de selva de cerca de 7 mil quilômetros quadrados em que a guerrilha se instalou, foi considerada uma “de- pendência policial ou assemelhada”?
Que duas senhoras, integrantes da Comissão que representam as famílias dos desaparecidos, Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa) foram militantes da ALN e receberam treinamento militar em Cuba?
Que Iara Xavier Pereira participou de diversas “ações” armadas, conforme ela própria revela, na página 297, do livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, de autoria de Luiz Maklouf?
Que essas senhoras, ou suas famílias, foram indenizadas pela morte de 4 pessoas? Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnaldo Cardoso Rocha (todos membros do Grupo Tático Armado da ALN, com treinamento militar em Cuba, mortos nas ruas de São Paulo em tiroteio com a polícia), irmãos e marido de Iara Xavier Pereira, que também recebeu treinamento militar em Cuba, e Luiz Eurico Tejera Lisboa (treinado em Cuba), marido de Suzana Lisboa, que com ele também recebeu treinamento na paradisíaca “ilha da liberdade”?
Que no total, 600 mil reais,foi quanto os contribuintes pagaram a essas duas senhoras?
Que a mídia, a famosa mídia que faz a cabeça das pessoas, jovens e adultos, nunca registrou esse “pequeno trecho” altamente edificante da História recentede nosso país?

MAS, HÁ MAIS, MUITO MAIS! Que o guerrilheiro do Araguaia, Rosalino Cruz Souza, conhecido na guerrilha como “Mundico”, incluído na relação de “desaparecidos políticos”, sabidamente “justiçado” no Araguaia, pela tam-bém guerrilheira “Dina” (Dinalva Conceição Teixeira) - cujos familiares foram também indenizados - teve sua família indenizada? Não pelo Partido que o mandou para lá e o matou, mas por nós, contribu-intes?
Que a família do coronel aviador Alfeu Alcântara Monteiro, morto em 2 de abril de 1964 - cuja esposa, desde sua morte, recebe pensão militar - foi também aquinhoada com os tais 150 mil reais, com o voto favorável do general que, na Comissão, representava as Forças Armadas? Que, depois, esse mesmo general, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, buscando justificar seu voto, disse que no processo organizado pela Comissão constava que o coronel havia sido morto com “19 tiros pelas costas”?
E, diz o general: “depois vim a saber que ele foi morto com um único tiro”. Caso o ilustre general, que também é advogado, antes de dar seu voto, tivesse consultado o Inquérito Policial 10 Ewert (Albert)assinaria um dos telegramas sobre o salário de Prestes.

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Finalmente, leiam este trecho, altamente significativo, considerando a identidade de seu autor:
“No curso de Estado-Maior, em Cuba, esmiúço a história da revolução cuba na e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada pela América Latina afora (...)

Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas de distância de Miami. Balelas, falsificações (...)
O poder socialista instituiu a censura, impediu a livre circulação de idéias e impôs a versão oficial.
Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico (...)
O Partido Comunista é o único permitido, e em seus postos importantes reinamos combatentes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário (...) Os contatos com as organizações de luta armada (de toda a América Latina) são feitos através do S2 (Inteligência), conseqüência das deturpações do regime.

A revolução na América Latina não seria uma questão política e sim, usando as palavras do caricato Totem, “de mandar bala”. Nos relacionamos com os agentes secretos, que tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros, isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação, influência e recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da nossa Organização, concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à auto-determinação”. (Totem, acima mencionado, é o general Arnaldo Ochoa, comandante do Exército em Havana, no início dos anos 70, fuzilado nos anos 80, sob a acusação de ser narcotraficante).

O que acima foi transcrito está nas páginas 178 a 181 do livro “Nas Trilhas da ALN”, de autoria de Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”), o último dos “comandantes” da Ação Libertadora Nacional que recebeu treinamento militar em Cuba. “Clemente” foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e “justiçamentos” - ou planejamento deles - como o do seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.

Ao concluir o curso em Cuba, nos idos de 1973, “Clemente” foi viver em Paris, somente regressando ao Brasil após ter sido um dos anistiados pelo presidente Figueiredo, derrubando outro mito até hoje difundido pelas esquerdas de todos os matizes: o de que a Anistia não foi Ampla, Geral e Irrestrita. Hoje, vive no Rio deJaneiro.

Dá aulas de violão para crianças e participa de eventos culturais organizados pelo Movimento dos Sem-Terra.* Historiador Militar instaurado na época, para apurar o fato, arquivado no STM como todos os demais inquéritos, teria constatadoa versão real: dia 2 de abril de 1964, o brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley deveria receber o comando da então Quinta Zona Aérea, em Porto Alegre, do mais antigo oficial presente, que era o coronel Alfeu Alcântara Monteiro, reco-nhecidamente janguista. O coronel recusou-se a transmitir o comando e reagiu, atirando e ferindo o brigadeiro Wanderley, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo também coronel-aviador Roberto Hippólyto da Costa, que acompanhava o brigadeiro. Ou seja, o coronel Hippólyto matou em legítima defesa de outrem, conforme concluiu o Inquérito, sendo absolvido pela Justiça Militar.
Que Carlos Marighella, morto nas ruas de São Paulo, delatado voluntária ou involuntariamente por seus companheiros do Convento dos Dominicanos, e Carlos Lamarca, morto no sertão da Bahia, tiveram seus familiares indeniza-dos, embora a esposa de Carlos Lamarca já recebesse pensão militar? Ou seja, as ruas de São Paulo e o sertão baiano foram considerados, também, pela Comissão, “dependências policiais ou assemelha-das”.

MAS NÃO TERMINOU; ELES QUEREM MAIS, MUITO MAIS.
Que membros da Comissão pensaram reivindicar a promoção de Lamarca a general?

Que o Ministro da Justiça também propôs a promoção de Apolônio de Carvalho (um ex-militar expulso do Exército em 1935 e posteriormente, fundador e militante do PCBR, e, posteriormente ainda, banido do país em trocade um embaixador seqüestrado) a general?
Que amplos setores da mídia e toda a esquerda vêm difundindo por todos esses anos a versão de que “a resistência armada” à “ditadura” no Brasil dos anos 60, foi uma resposta ao Ato Institucional nº. 5, que “fechou” o regime?
Que isso não é verdade, pois o Ato Institucional nº. 5, que teria “fecha-do” o regime, foi assinado em 13 de dezembro de 1968?
Que, antes disso, a esquerda armada já havia atirado uma bomba no Aero- porto dos Guararapes, em 25 de julho de1966, matando um jornalista e um Almirante e ferindo um General?
Que já havia atirado um carro-bomba contra o Quartel-General do II Exér-cito, em São Paulo, matando o soldado sentinela Mario Kosel Filho, em 26 de junho de 1968?
Que já havia assassinado, ao sair de casa, na frente de seus filhos, o Capitão do Exército Márcio Toledo Leite, "justiçado" por discordar da direção da ALN?
Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, tachado nos panfletos deixados sobre seu corpo, de “agente da CIA”?

Que um dos assassinos - um sargento expulso da Polícia Militar de São Paulo pela Revolução de 1964 - várias vezes entrevistado, vive hoje, tranqüilamente, em São José dos Campos, após ter sido anistiado pela ditadura militar, “fascista”, indenizado e reintegrado à PM, como reformado?
Que em 1968, antes, também, do Ato Institucional nº 5, o Major do Exército da Alemanha Edward Von Westernhagen , que cursava a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, na Praia Ver-melha, Rio de Janeiro, foi morto na rua por um grupo do Comando de Libertação Nacional (COLINA), constituído por dois ex-sargentos, um da Aeronáutica e outro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, sendo o crime, na época, atribuído a marginais?
Que ele foi morto por ter sido confundido com o capitão do Exército boliviano Gary Prado, que participou da caçada a Che Guevara, no ano anterior, em seu país, e que, por isso, deveria ser “justiçado”, que tam-bém cursava a Escola de Comando e Estado-Maior?
(livros “A Esquerda Armada no Brasil”, e “Memórias do Esquecimento”, de Flávio Tavares).
Que antes do Ato Institucional nº 5, guerrilheiros do PC do B chegados da China em 1966 já se encontravam no Brasil Central preparando a Guerrilha do Araguaia? Que era essa a tática utilizada pela esquerda armada para instalar no Brasil um pleonasmo (uma República Popular Democrática): matar, matar e matar?

Que a alucinada esquerda armada não matava apenas seus “inimigos”, mas também os amigos e companheiros (JUSTIÇADOS)?
Veja a relação dos “companheiros” assassinados, a título de “justiçamento”, sob a alegação de que sabiam demais, demonstravam desejo de pensar com suas próprias cabeças e que, por isso, representavam um perigo em potencial.
Não que tenham traído, mas porque poderiam (futuro do pretérito) trair:
Márcio Leite Toledo(ALN) em 23 demarço de 1971, em São Paulo/SP;
Carlos Alberto Maciel Cardoso (ALN) em 13 de novembro de 1971, no Riode Janeiro/RJ;
Francisco Jacques Alvarenga( RAN-Resistência Armada Nacionalista) em 28de junho de 1973;
Salatiel Teixeira Rolins (PCBR) em 22 de julho de 1973, no Rio de Janeiro/RJ;
Rosalino Cruz - “Mundico”, na Guerrilha do Araguaia;
Amaro Luiz de Carvalho - “Capivara”(PCR), em 22 de agosto de 1971, dentro de uma Penitenciária, em Pernambuco;
Antonio Lourenço (Ação Popular), em fevereiro de 1971, em Pindaré-Mirim/MA; Geraldo Ferreira Damasceno (Dissidência da Var-Palmares) em 19 de maio de1970, no Rio de Janeiro;

Ari da Rocha Miranda (ALN), em 11 de junho de 1970,em São Paulo.
Que o militante da Resis-tência Armada Nacionalista, Francisco Jacques Alvarenga,“justiçado” dentro do Colégio em que era professor, no Rio de Janeiro, por um Comando da ALN, teve seus passos previamente levantados por Maria do Amparo Almeida Araújo, também militante da ALN?
Que foi ela própria quem revelou esse detalhe no livro “Mulheres que Foram à Luta Armada”, de Luiz Maklouf ?
Que Maria do Amparo Almeida Araújo é atualmente a presidente do “Grupo Tortura Nunca Mais” de Pernambuco, entidade criada para denunciar as tortu-ras e assassinatos da chamada “repressão”?


PARTE 6

12Nº 108 - Abril/2007

12 Em 1969, o jovem Mário Kosel Filho, conhecido em sua casa como “Kuka”, é convocado para servir à Pátria e defendê-la contra possíveis agressões internas ou externas e é designado para o Quartel General do II Exército, em São Paulo/SP.

Na mesma época, o Capitão Carlos Lamarca, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, serve no 4ºRI, em Quitaúna/SP. O destino dos dois vai se cruzar tragicamente.
A época é difícil, pois brasileiros pertencentes à organizações terroristas tentam, através da luta armada, implantar uma ditadura comunista no Brasil. O Capitão Lamarca, no dia 24/01/69, trai a Pátria que jurou defender. Rouba do 4º RI muitos fuzis, metralhadoras e munição, deserta e entra na clandestinidade. O material bélico roubado é entregue à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), uma organização terrorista que Lamarca já integrava, antes de desertar.

O soldado Kosel continua servindo, com dedicação, a Pátria que jurou defender. No dia 26/06/68, como sentinela, zela pela segurança do Quartel General, no Ibirapuera. Às 0430h, ele está, vigilante em sua guarita. A madrugada é fria e a visibilidade muito pouca. Nesse momento, um tiro é disparado por uma sentinela contra uma camioneta chevrolet que desgovernada tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo que finalmente bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se há alguém no seu interior.
Há uma carga com 50 quilos de dinamite que, em segundos depois, explode e espalha destruição e morte num raio de 300 metros. Seu corpo é dilacerado. Seis militares ficaram feridos: o Cel. Eldes de Souza Guedes e os soldados João Fernandes de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowskie Ricardo Charbeau. É mais um ato terrorista.

RECORDANDO A HISTÓRIA ATENTADO AO QG DO II EXÉRCITO da organização chefiada por Lamarca, a VPR.Participaram deste crime hediondo os seguintes onze terroristas: Waldir Carlos Sarapu (“Braga, “Rui”), Wilson Egídio Fava(“Amarelo”, “Laercio”), Onofre Pinto(“Ari”, “Augusto”, “Bira”, “Biro”, “Ribeiro”), Eduardo Collen Leite (“Bacuri”, “Basilio”), Diógenes José Carvalho de Oliveira (“Leandro”, “Leo-nardo”, “Luiz”, “Pedro”), José Araújo de Nóbrega (“Alberto”, “Zé”, “Pepino”, “Monteiro”), Oswaldo Antônio dos Santos(“Portuga”), Dulce de Souza Maia (“Judith”), Renata Ferraz Guerra de Andrade (“Cecília”, “Iara”), José Ronaldo Tavares de Lira e Silva (“Dias”,“Joaquim”, “Laurindo”, “Nunes”, “Roberto Gordo”, “Gordo”) e Pedro Lobo de Oliveira (“Getúlio”, “Gegê”). Após a sua morte o soldado Kosel foi promovido a 3º sargento e sua família passou a receber a pensão correspondente a este posto. O Exército Brasileiro numa justa homenagem colocou o seu nome na praça de desfiles do QG do II Exército. Lamarca continuou na VPR seqüestrando, assaltando, assassinando e praticando vários outros atos terroristas, até o dia em que morreu, de arma na mão, enfren-tando uma patrulha do Exército que o encontrou no interior da Bahia em 1971. Sua família passou também a receber a pensão militar correspondente.

Apesar de todos os crimes hediondos que cometeu, sendo o mais torpe deles o assassinato a coronhadas de seu prisioneiro tenente PM Alberto Mendes Júnior, Lamarca é apontado como herói pelos esquerdistas brasileiros. Ruas passam ater seu nome. Tentam colocar seus restos mortais num Mausoléu na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um filme é feito para homenageá-lo. Mário Kosel Filho, soldado cumpridor dos seus deveres, cidadão brasileiro que morreu defendendo a Pátria, está totalmente esquecido.

Além do esquecimento a Comissão dos Mortos e Desaparecidos que já concedera vultosas indenizações às famílias de muitos terroristas que nunca foram considerados desaparecidos, resolveu indenizar, também, a família Lamarca, numa evidente provocação às Forças Armadas e desrespeito ás famílias de Mário Kosel Filho e de muitos outros que, como ele, morreram em conseqüência de atos terroristas.

Essa Comissão generosamente distribui o dinheiro do contribuinte apenas àqueles que morreram tentando, através da força das armas, tornar o Brasil um satélite comunista. Como ficou a viatura que carregava os explosivos Soldado Mário Kozel Filho* Raymundo Negrão Torres* General-de-Divisão Membro da Academia Paranaense de Letras E-mail: negraotorres@uol.com.br

A VOLTA DE“PEDRO CAROÇO”

Neste mar de lama que envergonha o país, a figura de José Dirceu deve ser destacada como o principal mentor das trapalhadas que vêm afundando o PT e com ele o governo Lula.

Como o fizera no seu passado de falso guerrilheiro, ele agora procura uma nova “cruzeiro d´oeste” para esconder-se e fugir de sua responsabilidade nos crimes de seu partido. Talvez, contando com uma nova anistia da falta de caráter e da desmemoria nacional, como parece ser o caso da jornalista Miriam Leitão que repete babosa elogios ao passado de “Pedro Caroço”.
A verdade é bem outra. O mineiro José Dirceu de Oliveira e Silva tinha 19 anos por ocasião da Revoluçãode 1964. Nessa época, era estudante secundarista na cidade de São Paulo e participava do movimento estudantil, filiado ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Dois anos depois, já universitário, José Dirceu estava totalmente impregnado pelas idéias radicais de seu líder no PCB, Carlos Marighella, ideólogo do terrorismo e da luta armada.

No final de 1966, ingressou na “Ala Marighella”, transformada, um ano depois, no Agrupamento Comunista de São Paulo(AC/SP). Em 1968, José Dirceu, como presiden-te da União Estadual dos Estudantes (UEE/SP), insuflava os jovens a pegarem em armas, nem que fosse uns contra os outros. Foi assim que, no início de outubro, constituiu-se num dos líderes do conflito no qual se envolveram, na Rua Maria Antonia, cerca de um mil estudantes universitários da Faculdade de Filosofia da USP e do Mackenzie. Entretanto, a prisão de José Dirceu - codinome “Daniel” - só aconteceria em 12 de outubro de 1968, durante a realização do 30º Congresso da UNE, em Ibiúna.

Ainda na prisão, acompanhou a transformação do AC/SP na Ação Libertadora Nacional (ALN). Em 05 de setembro de 69, menos de um ano após sua prisão, foi um dos quinze comunistas banidos para o México, em troca da vida do embaixador dos EUA, que havia sido seqüestrado no Rio de Janeiro, pela ALN e pelo MR-8. Do México, “Daniel” seguiu para Cuba, onde, durante o ano de 1970 participou de um Curso de Guerrilhas, no denominado“ III Exército da ALN”, também chamado “Grupo da Ilha” ou, ainda, “Grupo Primavera” que, sentindo-se órfão com a morte de Marighella, rachou com a ALN e passou a ser conhecido como o “Grupo dos 28”, dando origem à Dissidência da ALN (DI/ALN), mais tarde transformada no Movimento de Libertação Popular (MOLIPO), uma organização de curta e triste história.

A maioria do “Grupo dos 28” regressou ao Brasil, a fim de aplicar seu treinamento em ações terroristas. Entretanto, logo após chegarem ao país, os militantes foram caindo um a um, como peças de um dominó. A facilidade com que foram neutralizados mostrou que havia entre eles um informante. Há várias suspeitas quanto à autoria e Resumo: Como o fizera no seu passado de falso guerrilheiro, José Dirceu procura uma nova “cruzeiro d´oeste” para esconder-se e fugir de sua responsabilidade nos crimes de seu partido. Delas não está livre Zé Dirceu. No total, José Dirceu permaneceu em Cuba durante 18, eses quando teria feito uma operação plástica nos olhos e no nariz, para voltar ao Brasil com segurança. Mas, José Dirceu só voltou ao Brasil em abril de 1975, quando a luta armada já havia terminado.

Com o falso nome de “Carlos Henrique Gouveia de Mello” e uma Carteira de Identidade verdadeira, radicou-se em Cruzeiro d’Oeste, no Paraná, onde se casou com uma jovem de algumas posses da cidade, com quem teve um filho. Anistiado,revelou sua verdadeira identidade, abandonoua família e, no final de 79, regressou a Cuba, dizem que para retificar a antiga operação plástica.

Substituindo Lula na presidência do PT e face às sucessivas derrotas eleitorais do candidato do partido à presidência da Repú-blica, convenceu a corrente majoritária petista a adotar uma política de alianças, como “ideologia intermediária” para chegar ao governo, o que foi conseguido na eleição de 2002.
Mas, assumir o governo – como reconheceu “frei” Betto – não é chegar ao Poder. Para lá chegar, foi montada uma estratégia que, contando com a reeleição, exigia a manutenção de uma base parlamentar, ao que se sabe agora, movida à corrupção, baseada em um vasto esquema de assalto aos cofres públicos e usando a cornucópia das estatais e dos Fundos de Pensão a elas ligados. Como anistiado, recebeu uma indenização de 60 mil reais a título de “perseguido da ditadura” além de requerer a contagem como tempo de serviço daqueles anos todos em que seus companheiros tentavam impor uma ditadura bolchevista ao Brasil.

Uma briga menor por uma fatia do botim da corrupção desencadeou a crise que pôs a nu “o patrimônio ético” do PT e resultou na queda do todo-poderoso ministro Zé Dir-ceu, em uma confissão tácita de Lula de que ele era o responsável pelo esquema sórdido que se pretendeu abafar, como abafado foi o escândalo das ligações de Eduardo Jorge, secretário de FHC, com o juiz Lalau, em um esquema cujo mentor era Sérgio Mota, o “PC Farias” e sócio do então presidente. “Pedro Caroço” que voltara triunfante como ministro à Cruzeiro d´Oeste para fazer de seu filho prefeito, com o dinheiro que hoje se sabe de onde vinha, volta agora, mais uma vez, de crista baixa, para as comemorações do aniversário de sua neta, fruto e testemunha inocente de uma das mentiras do seu passado.(Publicado no Inconfidência, nº 85 de 10/09/05) ]

13 Nº 108 - Abril/2007
13*Aristóteles Drummond * Jornalistaari.drummond@mls.com.br

Os brasileiros de boa vontade , de diferentes linhas políticas ou ideológicas , devem decolocar acima de ressentimentos do passado a verdade e a construção de um futuro mais fraterno.
Vivemos hoje o drama da violência urbana , que nos coloca em permanente tensão para a proteção pessoal e de nossos filhos. Querem mexer demais no passado recente, em que o regime militar, autoritário mas não ditatorial , pois manteve o Congresso aberto , com eleições a cada rceado,
a grande maioria dos parlamentares de oposição, em todos os níveis, nunca foram molestados. Apenas aqueles que se ligaram de alguma maneira a chamada luta armada . Mas estes não foram nunca democratas que combatiam o autoritarismo. Queriam sim um regime forte, totalitário e violento como os de Cuba e dos países da Cortina de Ferro, onde foram treinados e abrigados.
Os militares foram vitimas, tiveram seus mortos , com a diferença de que tombaram no cumprimento do dever, para que o país pudesse progredir , crescer e se tornar uma grande nação .

Os jovens de então, na sua maioria, parecem convertidos hoje a democracia, ao convívio e renegam a luta armada . Muitos culpam inclusive os “intelectuais” que jogaram na aventura jovens idealistas e desorienta-dos.
Esta questão da tortura pode até ter ocorrido neste ou naquele caso, mas jamais na escalada que esta industria de indenizações apregoa na tentativa de esconder a realidade histórica. Quem pegou em armas, todos eles, eram revolucionários, admiradores de Fidel Castro , de Mão Tse Tung, seguidores de Trotsky, nunca foram democratas, nem muito menos liberais. Estes, que combateram o regime legitimamente, por convicção, foram brasileiros respeitados por todos como Franco Montoro, Tancredo Neves, Nelson Carneiro ,Itamar Franco , José Aparecido de Oliveira, Marcos Freire, Jarbas Vasconcellos, J G deAraújo Jorge , e centenas de outros que formaram as bancadas do MDB e que ficaram na A MENTIRA NÃO PODE PREVALECER imprensa ,como Helio Fernandes – confinado uma vez , como havia sido nos tempos de Goulart – , Paulo Francis – antes de se tornar o grande defensor da liberdade – a turma do Pasquim, do Opinião , os Mesquita do Estadão .

Estes podiam ser a esquerda ou menos a esquerda, mas eram- e são – democratas , não podem ser confundidos com os que pegaram em armas, se-qüestraram, assassinaram friamente, como no caso de Henning Boilensen , in-dustrial, sueco, mas de paixão pelo Brasil, militares estrangeiros e tan-tos inocentes.

A MENTIRA NÃO PODE PREVALECER

Vamos dar um basta nesta historia de se querer levantar eventuais violências por parte dos servidores da lei , anistiando, perdoando, os que pegaram em armas, assaltaram bancos, sujaram suas mãos de sangue , inclusive contra os próprios companheiros, quando estes queriam abandonar a aventura ou eram suspeitos de algum tipo de fraqueza.
Não ajuda ao Brasil reabrir uma questão que pertence a história. Mas se assim for, que seja completo o arrombamento da anistia generosa de João Figueiredo . Vamos colocar nas ruas quem matou quem, quem viveu em Cuba aprendendoa matar , quem viveu de mesada da Internacional Comunista, quem delatou companheiros, quem matou companheiros.

Os militares não podem ficar acuados, sofrendo toda sorte de acusações por um tipo de gente que, com o tempo, foram perdendo os ideais a ponto de trocarem as mão sujas de sangue, pelas mãos sujas da lama da corrupção, do saque ao Erário, nos governos conquistados em estados e municicpios e cargos obtidos na esfera federal.

Os casos mais recentes ainda estão na memória popular. A prudência recomenda um basta nesta tenaz campanha para denegrir os militares, que cada vez são mais admirados e respeitados pelo povo brasileiro, exceto por uma meia dúzia de ressentidos, de equivocados, de casos que beiram a patologia.

Ao longo de cada ano, uma expressiva quantidade de militares passa para a reserva, após muitos anos de dedicados serviços prestados à Pátria. Identifico essa fase de transição como de extrema sensibilidade e forte impacto na vida de cada um e de seus familiares. Sei, também, que a dedicação integral ao serviço impede que nos preparemos para esse momento. Passar para a reserva é ingressar em um mundo de reminiscências. Substituímos o somos por um saudoso fomo se deixamos a emoção permear nossos sentidos.

Sei também que, diferentemente do que aconteceu quando, adolescentes, nos incorporamos ao Exército, é o Exército agora, que está incorporado à nossa alma, ao nosso jeito de falar, de andar e de sentir. Assim sendo, peço aos companheiros da reserva que permaneçam ativos, pois:
- o Exército necessita de suas colaborações, mesmo sabendo que já cumpriram a missão;
-suas sugestões, ações e experimentados conselhos continuam sendo valiosos para o aperfeiçoamento de nossa Força;
- seus exemplos de abnegação, desprendimento e amor à Pátria permanecem ecoando por onde passaram, servindo de emulação àqueles que chegam para seguir cumprindo a missão. Tenho consciência de que o Exército de
hoje foi construído pelo de ontem;de que a ativa um dia se tornará
reserva e de que, regidos pela hierarquia e pela disciplina, somos um todo inseparável e coeso.
Brasília, DF, 28 de março de 2007.General-de-Exército ENZO MARTINS PERI Comandante do Exército Publicado no Jornal do Comércio Porto Alegre - 10/04

Aliteratura está repleta de figuras caricaturais do sargento. Ora, como um militar destituído de qualquer importância, ora como um militar ignorante e mandão. Há muito que o termo “sargentão” incorporou-se ao vocabulário, exprimindo, quase sempre a figura de um chefe arbitrário, deselegante. Desde os anos 20 do século passado, mercê da Missão Militar Francesa os sargentos das Forças Armadas são formados e aperfeiçoados em escolas específicas. Entidades mantidas pelo povo brasileiro. Ser sargento, muito mais do que profissão, é vocação. As Forças Armadas são repositório dos mais elevados principios morais.A simonia não se pode se pode instalar em suas fileiras, porquanto viria a enfraquecer a sua dignidade.
As Forças Armadas não valem pela capacidade do seu material, mas pelo valor moral dos seus quadros. O subtenente, o sargento que se preza, não transige com a indisciplina. É leal aos superiores, o que não implica apostolado de idéias, é disciplinado sem ser subserviente, sobranceiro, mas não afrontoso. Sabe manter em alto nível os seus argumentos reivindicatórios, não usa adjetivos desrespeitosos.

- SER SARGENTO* Sérgio Chaves.

Não pode praticar atos que o humilhem ante seus pares. Por tudo isto, choca a foto de alguns sargentos da Aeronáutica na capa dos principais, jornais do Brasil. Fardas amarfanhadas, deitados, recostados. As atitudes displicentes e desafiadoras, próprias dos que acreditam nas vitórias efêmeras da revolta. Dos que acreditam que novos nomes geram novas coisas. Dos que acreditam que “desmilitarizados” ingressarão num mundo novo. Causa espanto a entrevista do autodenominado líder dos controladores de vôo.
Argumentos especiais são apresentados como verdades incontestáveis. Sua própria inadaptação à carreira de sargento como um sentimento geral entre seus pares e o tratamento desrespeitoso aos superiores hierárquicos - a afronta à disciplina - como atos de coragem. Nós, subtenentes e sargentos de todos os tempos, bem sabemos que a balança da justiça nem sempre tem os pratos iguais, mas não será a defesa de interesses disfarçados que irá corrigir tal discrepância.* Subtenente MENSAGEM DO COMANDANTE DO EXÉRCITO AOS COMPANHEIROS DA RESERVA

José Dirceu às lágrimas, abraça seu herói Fidel A REVOLUÇÃO CONSERVADORA

O jornalista Aristóteles Drummond reúne neste livro seus artigos publicados nos principais jornais do país, desde os primeiros tempos do movimento de março de 1964 até o governo de Collor. É um obstinado defensor do liberalismo econômico, sem fazer jamais concessões à mentalidade subdesenvolvida de nossos esquerdistas, populistas e nacionalistas.

PARTE 7

14Nº 108 - Abril/2007 ARQUIVOS DA "DITADURA"

No bojo de uma CPI da Segurança, ganhou destaque na mídia uma gravação de 1999 em que o economista Diógenes José de Carvalho Oliveira, dizendo falar em nome do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, solicitava que o então chefe da Polícia Civil, delegado Luiz Fernando Tubino, “aliviasse” a repressão aos bicheiros.

Diógenes é o presidente do Clube de Seguros da Cidadania, uma organização criada para arrecadar fundos para o PT. Certa-mente, o ínclito partido irá reverberar a atitude de Diógenes e inocentar o governador. O que ocorre, na realidade, é que enquanto Diógenes ficou na obscuridade, o PT dele usufruiu. Agora, com as luzes da mídia, há que se sacrificar um peão para salvar uma peça. Mas quem é esse Diógenes que falava em nome do governador?

Seu nome completo é Diógenes José Carvalho de Oliveira e, nos seus tempos de terrorista, usou os codinomesde “Leandro”, “Leonardo”, “Luiz” e “Pedro”. A revolução de março/64 o encontrou como militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sentindo-se perseguido, fugiu para o Uruguai, onde ingressou, em 1966, no recém-criado Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) de Leonel Brizola. Ainda nesse ano, arranjado por Brizola, foi fazer curso de guerrilha em Cuba, onde ficou um ano e se destacou como especialista em ex-plosivos. Em 1967, já no Uruguai, tomou consciência de que Brizola era muito de falar e pouco de agir. Diógenes queria, ardentemente, exercitar o que aprendera na ilha de Fidel. Retornou ao Brasil e, em Porto Alegre, conheceu Almir Olímpio de Melo (“Paulo Melo”), que o conduziu a Onofre Pinto, em São Paulo, que também se havia desiludido com o comandante Brizola. Em março/68, concretizou-se o congresso de fundação da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) - organização comunista criada para derrubar o regime.

O DIÓGENES DO PT pela luta armada - cuja primeira direção ficou constituída por Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartim de Morais, pelo grupo dissidente da Política Operária (POLOP), e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira, pelo núcleo de remanescentes do MNR.
Pôde assim, Diógenes, iniciar uma longa trilha de sangue, realizando algu-mas dezenas de ações terroristas na capital paulista, dentre as quais as-saltos a bancos, explosões de bombas e assassinatos. O que se segue é, apenas, uma pequena, uma pálida idéia do que praticou esse militante comunista.

No início da madrugada de 20 de março/68, participou do atentado que fez explodir uma bomba-relógio na biblioteca da USIS, no consulado dos EUA, localizado no térreo do Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Três estudantes amigos, que caminhavam pelo local, foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda.

Na madrugada de 20 de abril/68, preparou mais uma bomba, desta vez lançada contra o jornal “O Estado de São Paulo”, que funcionava na esquina da Rua Major Quedinho com a Rua Martins Fontes; do mesmo modo que a anterior, a explosão feriu três inocentes. Na madrugada de 22 de junho/68, participou do assalto ao Hospital do Exército em São Paulo, localizado no Cambuci. Fardados de tenente e soldados, cerca de 10 militantes da VPR renderam a guarda e roubaram nove fuzis FAL, três sabres e quinze cartuchos 7,62 mm. Na madrugada de 26 de junho/68, fez parte do grupo de 10 terroristas que lançou um carro-bomba contra o QuartelGeneral do então II Exército, no Ibirapuera, matando um dos sentinelas, o soldado Mario Kosel Filho, e ferindo mais seis militares.

Em 01 de agosto/68, participou do assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, localizado na Rua Joaquim Floriano, 682, no bairro do Itaim, com o roubo de NCr$ 46mil. Em 20 de setembro/68, participou do assalto ao quartel da Força Pública, no Barro Branco. Na ocasião, foi morto a tiros o sentinela, soldado Antonio Carlos Jeffery, do qual foi roubada a sua metralhadora INA.
Em 12 de outubro/68, participou do grupo de execução que assassinou o ca- pitão Chandler, do Exército dos EUA. Foi Diógenes quem se aproximou do capitão - que retirava seu carro da garagem, na frente da mulher e filhos - e nele descarregou os seis tiros de seu revólver Taurus, calibre.38.
Em 27 de outubro/68, participou do atentado à bomba contra a loja Sears da Água Branca.

Em 06 de dezembro/68, participou do assalto ao Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) da Rua Iguatemi, com o roubo de NCr$ 80 mil e o ferimento, a coronhadas, do civil José Bonifácio Guercio.
Em 11 de dezembro/68, participou do assalto à Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas cerca de meia centena de armas, além de munições. Na ocasiao, foi ferido a tiros o civil Bonifácio Signori. Diógenes foi o coordenador do assalto realizado em 24 de janeiro/69, ao 4ºRI, em Quitaúna, com o roubo de grande quantidade de armas e munições e que marcou o ingresso de Carlos Lamarca na VPR.
Em 02 de março/69, Diógenes e Onofre Pinto foram presos na Praça da Árvore, em Vila Mariana.
Um ano depois, em 14 de março/70, foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão, seqüestrado em SãoPaulo, dias antes. Diógenes ficou pouco tempo no México, indo rever seus amigos em Cuba, onde ficou por cerca de um ano.

Em 25 de junho/71, saiu de Cuba e foi para o Chile, que havia se tornado, com Allende, a nova “Cuba sul-americana”. Com a queda de Allende, em setembro/73, retornou ao México e daí foi para a Europa, onde esteve em diversos países, dentre os quais a Itália e a Bélgica. Em fins de 1974, radicou-se em Lisboa, onde permaneceu um ano.
Em janeiro/76, iniciou seu périplo africano, onde foi para Angola e Guiné-Bissau, sempre junto com sua então companheira Dulce de Souza Maia, a “Judith” da VPR.

Em 1979 e em 1981, representando o governo de Guiné-Bissau, esteve no Bra-sil por alguns dias. Em 1986, era o assessor do vereador do PDT Valneri Neves Antunes, antigo companheiro da VPR e fazia parte do movimento “Tortura Nunca Mais”.
Na década de 90, ingressou nos quadros do PT/RS, sempre assessorando seus líderes mais influentes. Era o Diógenes da VPR. Hoje, é o Diógenes do PT.
(Inconfidência, nº 92 de março/2005)TERRORISMO NUNCA MAIS.O
PT na fita "Continuo socialista e revolucionário" - Diógenes, o terrorista do PT. Paulo Franken / RBS Atentado ao QG do II Exércitowww.ternuma.com.br

15Nº 108 - Abril/2007

A COMUNIZAÇÃO DO BRASILA INTENTONA COMUNISTA VISTA PELOS LIVROS DIDÁTICOS ADOTADOS EM MINAS. Nova História Crítica - 8ª Série / 2001O
revolucionário que Olga iria acompanhar, era Luis Carlos Prestes, que volta-va secretamente ao Brasil para lutar contra Vargas na revolta liderada pela ANL. Getúlio mandou prender milhares de pessoas.
O chefe de Polícia, era o terrível Filinto Müller, nazista assumido, torturava barbaramente os presos que caíam sob suas botas (pág. 145)História - Uma abordagem integrada / 2001 (Questões dos EMEMs)

Em novembro de 1935, a Intentona Comunista, um movimento armado que su-blevou três quartéis, um em Natal, outro em Recife e o terceiro no Rio de Janeiro. Os revoltosos acreditavam que outras unidades militares iriam aderir ao movimento, garantindo a sua vitória contra o governo de Vargas. Mas a revolta não se alastrou, ficando restrita aos militares que deram os primeiros tiros. A repressão promovida pelo governo foi violenta, com prisão, tortura e até mesmo execução dos envolvidos no conflito. Apro-veitou-se para prender torturar e matar pessoas que nada tinham a ver com a Intentona, mas que eram opositores do governo. A maior crueldade desse período de repressão foi a deportação para a Alemanha de Olga Benário, esposa de Preste (Pág. 227)- O grifo é nosso.

COMENTÁRIO: Com estes pequenos exemplos, devidamente comprovados, conclui-se que os livros didáticos (e a imprensa) procuram deturpar a verdadeira História do Brasil, invertendo os autores de crimes hediondos, de traição e dos assassinatos cometidos em novembro de 1935 e, posteriormente, nas guerrilhas urbanas e rurais nos anos 60/ 70.
Onde estão os professores e pais que não reagem a essa lavagem cerebral maxista da nossa juventude?

CURSO VERMELHO Fernando Alegret abre curso de Estudos Latino-Americanos na UFJF MINISTRO CUBANO DÁ AULA AO MST Alegret (com microfone) profere sua aula tendo ao seu lado a reitora da UF de Juiz de Fora, Margarida Salomão e ao fundo, bandeira com líderes comunistas Você sabe que tipo de livros de História estão circulando nas Escolas? O MEC sabe.

E o pior: ainda recomenda. Consulte os livros de seus filhos. Por exemplo: Cuba resiste como único exemplo latino-americano de democracia social e econômica (...) Opinião de Frei Beto - Página 116 Não é preciso dizer mais nada.
Escrever sobre a Guerra contra o Paraguai e silenciar sobre o nome de Caxias, naquele episódio memorável, não é fazer História, é desfigurá-la, é demonstrar pouco apreço com o magistério e com o seu elevado compromisso de revelar a verdade dos fatos às novas gerações.

COMENTÁRIO: Estes dois livros foram editados pelo MEC, em 2003 e2004 respectivamente, já em pleno governo petista. É de se perguntar: para onde querem nos levar? Não dúvidamos que no dia 8 de outubro, o governo brasileiro e seus governantes participem dos eventos que estão sendo preparados para homenagear Che "Gueivara". HISTÓRIA E VIDA (8ª Série, 4ª Edição/2000) Editora Ática LARGO DA PAZ... ”Dos três levantes comunistas de 1935, foi o de Pernambuco o mais sangrento, recolhendo-se 720 mortos só na operação da frente do Recife”...(Página 424)

O MASSACRE DO RECIFE Em 1972, o governo enviou tropas para reprimir a ação. Cerca de 70 guerrilheiros comandados pelo lendário Oswaldo Orlando da Costa embrenharam-se na floresta e enfrentaram milhares de homens do exército, aeronáutica e polícia militar. Graças ao apoio da população . Finalmente uma expedição de seis mil soldados, incluindo destacamentos de elite do exército (pára-quedistas), mobilizados numa guerra sem trégua (em que os guerrilheiros eram torturados e degolados), conseguiu derrotar os rebeldes (janeiro de 1975) - Pág. 277 - O grifo é nosso! Nova História Crítica 8ª Série – Editora NovaGeração/2005 – FNDE / Ministério da Educação A guerrilha do Araguaia

16 Nº 108 - Abril/2007
ARQUIVOS DA "DITADURA"ASSASSINATO DO CAPITÃO CHARLES RODNEY CHANDLER

Em 1968, as ações de guerrilha urbana perdiam-se no anonimato de seus autores e, muitas vezes, eram, até, confundidas com as atividades de simples marginais. De acordo com os dirigentes de algumas organizações militaristas, já havia chegado o momento certo para a população tomar conhecimento da luta armada revolucionária em curso, o que poderia ser feito através de uma ação que repercutisse no Brasil e no exterior. Em setembro, Marco Antônio Braz de Carvalho, o “Marquito”, homem de confiança de Carlos Marighella - que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), futura Ação Libertadora Nacional (ALN) -, e que fazia a ligação com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), levou para Onofre Pinto (“Augusto”; “Ribeiro”; “Ari”; “Bira”;“Biro”), então coordenador geral da VPR, a possibilidade de realizar uma ação de “justiçamento”.

O Capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler, com bolsa concedida pela “George Olmsted Foundation”, era aluno da Escola de Sociologia e Política da Fundação Álvares Penteado, com previsão de terminar o curso em novembro daquele ano. Chandler morava na cidade de São Paulo, com a esposa, Joan, e seus três filhos, Jeffrey, de 4 anos, Todd, de 3 anos, e Luanne, de 3 meses. Entretanto, segundo os “guerrilheiros”, Chandler era um “agente da CIA” e “encontrava-se no Brasil com a missão de assessorar a ditadura militar na repressão”.

No início de outubro, um “tribunal revolucionário”, integrado por três dirigentes da VPR, Onofre Pinto, como presidente, e João Carlos Kfouri Quartim de Morais (“Manoel”; “Mané”; “Maneco”) e Ladislas Dowbor (“Jamil”; “Nelson”; “Abelardo”), como membros, condenou o Capitão Chandler à morte. Através de levantamentos realizados por Dulce de Souza Maia (Judith), apurou-se, sobre a futura vítima, seus horários habituais de entrada e saída de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos de sua personalidade e dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, numa casa da Rua Petrópolis, nº 375, no tranqüilo e bucólico bairro do Sumaré, em São Paulo. Escolhido o “grupo de execução”, integrado por Pedro Lobo de Oliveira (“Getúlio”;“Gegê”), Diógenes José Carvalho de Oliveira (“Luiz”; “Leandro”; “Leonardo”; “Pedro”) e Marco Antônio Braz de Carvalho, nada mais é convincente, para demonstrar a frieza do assassinato, do que transcrever-se trechos do depoimento do próprio Pedro Lobo de Oliveira, um dos criminosos, publicado no livro “A Esquerda Armada no Brasil”, de A. Caso: "Como já relatei, o grupo executor ficou integrado por três companheiros: um deles levaria uma pistola-metralhadora INA, com três carregadores de trinta balas cada um; o outro, um revólver; e eu, que seria o motorista, uma granada e outro revólver. Além disso, no carro estaria também uma carabina M-2, a ser utilizada se fôssemos perseguidos pela força repressiva do regime. Consideramos desnecessária cobertura armada para aquela ação. Tratava-se de uma ação simples. Três combatentes revolucionários decididos são suficientes para realizar uma ação de justiçamento nessas condições.

Considerando o nível em que se encontrava a repressão, naquela altura, entendemos que não era necessáriaa cobertura armada. ”A data escolhida para o crime foi a de 08 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de Guevara. Entretanto, nesse dia, Chandler não saiu de casa e os três terroristas decidiram “suspender a ação”. Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 0815h, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o seu carro, um Impala placa 481284, em marcha a ré. Enquanto seu filho de 4 anos abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe o adeus. Não sabia que seria o último.
Os terroristas avançaram com o Volks, roubado dias antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler. No relato de Pedro Lobo, “nesse instante, um dos meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler”. Era Diógenes José Carvalho de Oliveira, que descarregava, à queima roupa, os seis tiros de seu Taurus de calibre .38.

E prossegue Pedro Lobo, que dirigia o Volks: "Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a metralhadora INA e desferiu uma rajada. Foram catorze tiros. A décima quinta bala não deflagrou e o mecanismo automático da metralhadora deixou de funcionar. Não havia necessidade de continuar disparando. Chandler já estava morto.
Quando recebeu a rajada de metralhadora emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demo-nos conta de que estava morto”.


Quem portava a metralhadora era Marco Antônio Braz de Carvalho. A esposa e o filho de Chandler gritaram. Diógenes apontou o revólver para o menino que, apavorado, fugiu correndo para a casa da vizinha. Os três terroristas fugiram no Volks, em desabalada carreira, deixando, no localdo crime, cinco panfletos: - “Justiça revolucionária executa o criminoso de guerra no Vietname, Chandler, e adverte a todos os seus seguidores que, mais dia menos dia, ajustarão suas contas com o Tribunal Revolucionário.”-

“O assassinato do Comandante 12.10.68 - Assassinato do Capitão Chandler
Na noite do Dia das Mães, 08 de maio, depois de mais de duas semanas ainda cercados na área, Lamarca e mais 6 militantes emboscaram cerca de 20 homens da Polícia Militar de São Paulo, chefiados pelo Tenente Alberto Mendes Júnior - o “Berto”, como era chamado por sua família, que decidiu se entregar como refém, desde que seus subordinados, feridos, pudessem receber auxílio médico.

Na noite seguinte, os 7 guerrilheiros ficaram reduzi-dos a 5, pois 2 haviam se extraviado na refrega da noite anterior. Conduzindo o Ten Mendes como refém, prosseguiram na rota de fuga. Depois de andarem um dia e meio, os 5 guerrilheiros pararam para um descanso, no início da tarde de 10 de maio de 1970. Lamarca disse que o Ten Mendes os havia traído, causando a morte de dois companheiros (não sabia que eles estavam, apenas, desgarrados) e, por isso, teria que ser executado. Nesse momento, enquanto Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima vigiavam o prisioneiro, Carlos Lamarca, Yoshitane Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e, articulando-se em um “tribunal revolucionário”, condenaram o Ten Mendes à morte.

Poucos minutos depois, Yoshitane Fujimore, acercando-se por trás do Tenente, desferiu-lhe, com a coronha do fuzil, violentos golpes na cabeça. Caído e com abase do crânio partida, o Ten Mendes gemia e contorcia-se em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Lamarca, perante os 4 terroristas, responsabilizou-se pelo assassinato. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensan-güentada, o Ten Mendes foi enterrado. Alguns meses mais tarde, em 08 de setembro de 1970, Ariston Oliveira Lucena, que havia sido preso, apontou o local onde o Tenente Mendes estava enterrado.

As fotogra-fias tiradas de seu crânio atestam o horrendo crime cometido. Sua mãe entrou em estado de choque e ficou paralítica por quase três anos. Ainda nesse mês de setembro, descoberto o cri-me, a VPR emitiu um comunicado “Ao Povo Brasileiro”, onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho:
“A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O Tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado. ”Os dirigentes da VPR não só eram os donos da verdade, como arvoravam-se em senhores da vida e da morte! Na tarde de 31 de maio de 1970, Lamarca e os 4 militantes seqüestram uma viatura do 2º Regimento de Obuses 105 e conseguem romper o cerco, largando o veículo já na cidade de São Paulo, na marginal do rio Tietê, perto do bairro da VilaMaria, com os militares amarrados à carroceria, sem roupas.
O segundo assassinato cometido por Lamarca e a fuga bem sucedida, ludibrian-do e humilhando os militares, serviu para aumentar a lenda e o mito.


O ASSASSINATO DO TENENTE MENDES Tenente PMSP Alberto Mendes Júnior Arquivo/O Cruzeiro O assassinato de Chê Guevara, na Bolívia, foi cometido por ordem e orientação de criminosos de guerra como este Chandler, agente imperialista notório, e responsável pela prática de inúmeros crimes de guerra contra o povo do Vietname.”- “O único caminho para a revolução no Brasil é a luta armada.”- “A luta armada é o caminho de todo revolucionário no Brasil.”- “Criar um, dois, três, vários Vietnames. ”Semelhantes a esse cruel assassinato, muitos outros atos ainda viriam a tingir de sangue o movimento comunista no Brasil.(Publicado no Inconfidência, nº 91 de 22 de feveiro de 2006)

PARTE 8

17 Nº 108 - Abril/2007
A VERDADEIRA HISTÓRIA DO ARAGUAIA


A respeito da carta do Coronel Rui Garavelo Machado ao Comandante do Exército, versando sobre uma entrevista na rádio Gaúcha, sobre o filme Araguaia – Conspiração do Silêncio, cumpre esclarecer ao missivista que a guerrilheira (?) deve ser a Criméia Almeida, viúva do André Grabois (comandante do grupo militar da guerrilha), filho de Maurício Grabois (um dos chefões do PCdoB). Ambos, mortos no Araguaia. Portanto, a Criméia é extremamente rancorosa contra as Forças Armadas, que impediram de ser implantado o comunismo no nosso país. O pai, André Grabois, não chegou a conhecer o filho.

A Criméia engravidou na mata e foi decidido pela cúpula levá-la para São Paulo, onde foi presa e encaminhada para Brasília, sob a responsabilidade do Gen Bandeira, que, como era de seu feitio, a protegeu, tratando-a como a uma filha. Ela deu à luz no HDB (Hospital Distrital de Base), tendo um atendimento normal e muito bom, inclusive com festinha de batizado, bolo, etc. No final das contas, o Gen Bandeira mandou levá-la em casa, em Minas, e entregar à família. O próprio motorista do General foi quem cumpriu a missão, com o carro do General. Pois bem, logo que se viu solta e livre, voltou para SP, deixando o recém-nascido com os avós, reiniciando as ligações com os bandidos. Tudo o que ela diz, é fruto do complexo da derrota. Mente desbragadamente, um péssimo exemplo para o próprio filho. Saiu da área da guerrilha antes do início dos combates e nunca mais voltou. Hoje, quer cantar de galo. Nowww.reservaer.com.br(Livraria Virtual, nº 5 – A Farsa do Araguaia), poderá ser lida a história completa do combate em que foi neutralizado o grupo militar comandado por Criméia no HDB José Genoíno (Geraldo), preso em abril de 1972, no Araguaia André Grabois, o Zequinha.
Mas o fato da Criméia ter sido mandada para parir em São Paulo pela cúpula dos comunistas, foi o motivo pelo qual Pedro Albuquerque e amulher, na mesma situação, grávida mas que os comunas queriam que ela abortasse na mata, desertassem e dedurassem os compa-nheiros, permitindo a descoberta do local.
Transcrevo trecho:

O combate com o grupo militar da guerrilha foi um dos mais importantes, tendo desmoralizado o movimento do PC do B: eles perderam em um único combate, 4 elementos dos mais qualificados (um deles, o quinto do grupo, entrincheirou-se atrás de uma árvoree conseguiu fugir em desabalada carreira após cessado o tiroteio, pois estava sem arma na mão e ninguém atirou nele), todos com cursos na Albânia, Argélia, China e Cuba, etc.

O que fugiu, soubemos depois, era o João Araguaia, desapareceu na mata. Os bandidos ficaram desmoralizados e, na realidade, foi o começo do fim, até a morte do Osvaldão. Por este motivo, fazem pouco alarde do ocorrido, dizendo que foram emboscados, que eles estavam famintos, etc., embora saibam realmente o que aconteceu, uma vez que o que conseguiu escapar deve ter relatado o fato. Uma emboscada fica demonstrado impossível no caso, pois numa perseguição na mata não se sabe onde eles vão passar. Tudo se originou no assalto a um quartel da PM, destacamento de São Domingos, ao alvorecer de um determinado dia, pegando a guarnição de surpresa.

Antes, na madrugada, tinham destruído uma ponte da Transamazônica, de madeira, para impedir o acesso à área. Incendiaram todas as instalações, quartel, refeitório, almoxarifado, corpo da guarda, casa da estação de rádio, paiol, etc., levando todo o armamento (fuzís,revólveres), toda a munição e todo o fardamento, todo o dinheiro e material individual, agredindo com coronhadas, torturando e humilhando os militares, inclusive deixando todos de cueca. Uma ação audaciosa e reveladora da grande confiança que possuíam até então. Deixaram um recado com o Tenente comandante do destacamento: “Que nin-guém ouse nos seguir, pois agora estamos bem armados e o pau vai quebrar...”.
E quebrou mesmo, mas para o lado deles, principalmente. Foi iniciada a perseguição com o efetivo de um GC, a meu comando, ainda com o Quartel fumegando, dez horas após terem fugido. Os bandidos, com a carga que levavam, deixavam batida nítida na mata e a velocidade de marcha era relativamente pequena devido ao peso da carga resultante do saque.
No terceiro dia de perseguição, a despeito das fortes e constantes chuvas, houve o confronto, cerca das 15:00 hrs, num local às margens do rio Fortaleza. Eles deram três tiros às 06:00 da manhã, caçando porcos monteiros. Cercados os bandidos, foi dadaa voz de prisão, obtendo como resposta um tiro dado por um deles que estava de vigia mais à frente e que não tinha sido visto. O revide foi inevitável, imediato. Do nosso lado, um soldado com ferimento na perna, julgado a princípio que tinha atingido a femural e outro soldado com distúrbios psicológicos (vomitando segui-damente e aparvalhado). Conforme combinado via rádio, os mortos e feridos e todo o material foram transportados para o sítio da Oneide e entregues ao PIC para adevida identificaçãoe etc., uma vez que o local do combate não era identificado nas cartas. Foram 6 horas de marcha extremamente difícil, numa estreita trilha em plena mata, com os cadáveres, feridos e carga sendo transportados em muares que estavam abandonados pelos moradores, e que foram providenciados pelos guias (Luiz Garimpeiro e Antonio Pavão). A munição, de fuzil .45, foi jogada fora, pois era muito pesada.

Numa reportagem na imprensa, um mateiro declarou que a tropa do Exército já chegava atirando. Primeira mentira: os mateiros iam ficando para a retaguarda na iminência do confronto. Ficavam quietinhos lá atrás até o cessar fogo. Assim, não podiam ver os primeiros instantes após dada a voz de prisão. E sempre aprovei este procedimento, claro.
Segunda mentira: como os bandidos estavam fardados, tendo o Zé Carlos o gorro de 2º Ten da PM do Pará na cabeça (caki com estrela vermelha), teria obrigatoriamente de ser dada a voz de prisão para certificar-se de quem se tratava, invariavelmente.

Terceira mentira: na área agiam vários grupos de combate, principalmente em reconhecimento e busca de informes, o que tornava imperiosa a identificação para não haver acidente entre tropas amigas. Jamais poderia haver precipitação no encontro na mata. E nunca houve, que eu saiba.

Se a intenção fosse realmente acabar com eles, de qualquer maneira, o João Araguaia não teria sido poupado; estava sem arma na mão e ninguém atirou nele. O mais gritante de tudo, que anula a versão de já chegar atirando, é que seria muito mais fácil levar prisioneiros marchando algemados pela mata do que transportar cadáveres em lombo de muares. Inclusive, vivos, continuariam carregando as próprias cargas que roubaram. Dificilmente o local dos combates, em mata fechada, permitia o pouso de helicóptero.

As informações que poderiam fornecer também eram de suma importância e foram perdidas, uma vez que o sobrevivente, muito ferido, não estava em condições de falar na manhã seguinte. Ele apenas deu o nome de cada um componente e da importância do grupo. Sofreu muito durante a noite e no caminho tendo chegado muito mal no sítio da Oneide, onde foi medicado e identificado.
Tanto no caso da descoberta do local da guerrilha, como em todos os demais, era dada a voz de prisão. Os três elementos avistados (dois homens sem camisa e uma velha) no final da trilha de Pará da Lama, e que escaparam fugindo para a mata, podiam ter sido alvejados facilmente, tal a proximidade a que chegamos, uns 80 metros. O mesmo poderia ter sido feito como “Geraldo” (José Genoíno), que inclusive tentou fugir. Além de tudo, havia necessidade de obter informações. O Pedro Albuquerque está vivo, em Recife, só temendo o justiçamento por parte dos antigos camaradas de aventura. O caso da Sônia demonstra de maneira insofismável este procedimento das patrulhas. Ela poderia ter sido alvejada mortalmente ao puxar a arma, mas foi preferido deixá-la ferida, após 6 sucessivas advertências. Aí está o que ocorreu.

Quanto aos outros ítens citados pelo Garavelo, não há esperanças. Há muito que os militares não têm comandantes e não serão estes atuais agraciadores de Genoínos e Dirceus que irão fazer alguma coisa. Ou achamos uma solução urgente ou seremos aniquilados.
(Publicado no Inconfidência,nº 78, de 23 de fevereiro de 2005)Coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel No www.reservaer.com.br (Livraria Virtual, nº 5 – A Farsado Araguaia), poderá ser lida a história completa do combate em que foi neutralizado o grupo militar comandado por André Grabois, o Zequinha.

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