"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO PREÇO DA CORRUPÇÃO

Produzir algo que some ao todo. Pode ser uma parte, peça ou acessório de algo maior, pode ser um serviço, assessoria, consultoria, ou capacitação. A energia que flui do ser humano pode e deve ser bem empregada.

Independente da classe socioeconômica, e por certo com base nos valores filosóficos de propagar o Bem, o indivíduo busca aplicar seus esforços também na construção de um mundo melhor, para si, e para os demais.

Não se trata de utopia ou devaneio. Se existem alguns deslumbrados pelo capital, existem outros dedicados ao voluntariado. E, assim, a experiência do viver pode mesclar as mais diversas histórias, as quais, entrelaçadas, ocasionem conhecimentos a todos e a cada um, diante de suas necessidades.

As diversas nações e suas comunidades subsistem com base nos preceitos acima dispostos. Existem percalços e imprevistos, mas, na maior parte, sobrevivem e até progridem diante do fato constatado de que as avarezas perpetradas ainda não contaminaram a parte maior dos cidadãos, ou seja, da classe trabalhadora – cuja denominação não mais se dirige apenas aos operários da indústria e da construção civil, mas a todos os que se definem juridicamente como empregados. E são muitos, quase todos.

Na medida em que a propagação do saber atravessa fronteiras físicas ou virtuais, a massa silente formada por gente que produz honestamente, ou seja, com muito esforço, ocupando um cargo e exercendo mais cinco funções que não lhe pertencem, e investindo em aprender mais, percebe que algo está errado. Muito empenho, muita determinação, e quando tudo deveria dar certo, não dá.

Observando atentamente, percebem estes cidadãos que existe um parasita. Pior, é um parasita eleito por uma maioria. É o candidato eleito que suga as verbas públicas, as verbas retiradas de cada holerite de cada trabalhador, que deveriam ser destinadas a um país melhor, cada vez melhor. E esse país melhor, não chega, não chega nunca.

Apenas os honestos sabem o que significa o esforço do trabalho e podem usufruir de situações honrosas. Pode ser o momento de entrar no mercado, fazer as compras, e, chegando em casa, ao ver a dispensa e a geladeira fartas, sentir a satisfação de comprar o que seus justos ganhos proporcionam.

Pode ser, também, a festa de formatura dos filhos, os quais nem sonham com as agruras até então sofridas para que pudessem ter acesso a uma educação melhor. Ou as viagens que se tornaram possíveis depois de tanto esforço e horas extras.

São conquistas sofridas demais, por certo. Ao mesmo tempo, são conquistas dignas. E dignidade, não está à venda. São conquistas que proporcionam sentimentos válidos para uma vida inteira. Satisfação, prazer, moral, retidão, e as mais importantes, paz e felicidade.

O ideal seria que os parasitas não existissem. Enquanto se luta contra eles, resta a incomensurável satisfação de saber que, quando alguma vantagem se dá por meio da corrupção, o corrupto jamais poderá sentir a essência da vida como ela é. Bela e justa.





Produzir algo que some ao todo. Pode ser uma parte, peça ou acessório de algo maior, pode ser um serviço, assessoria, consultoria, ou capacitação. A energia que flui do ser humano pode e deve ser bem empregada.

Independente da classe socioeconômica, e por certo com base nos valores filosóficos de propagar o Bem, o indivíduo busca aplicar seus esforços também na construção de um mundo melhor, para si, e para os demais.

Não se trata de utopia ou devaneio. Se existem alguns deslumbrados pelo capital, existem outros dedicados ao voluntariado. E, assim, a experiência do viver pode mesclar as mais diversas histórias, as quais, entrelaçadas, ocasionem conhecimentos a todos e a cada um, diante de suas necessidades.

As diversas nações e suas comunidades subsistem com base nos preceitos acima dispostos. Existem percalços e imprevistos, mas, na maior parte, sobrevivem e até progridem diante do fato constatado de que as avarezas perpetradas ainda não contaminaram a parte maior dos cidadãos, ou seja, da classe trabalhadora – cuja denominação não mais se dirige apenas aos operários da indústria e da construção civil, mas a todos os que se definem juridicamente como empregados. E são muitos, quase todos.

Na medida em que a propagação do saber atravessa fronteiras físicas ou virtuais, a massa silente formada por gente que produz honestamente, ou seja, com muito esforço, ocupando um cargo e exercendo mais cinco funções que não lhe pertencem, e investindo em aprender mais, percebe que algo está errado. Muito empenho, muita determinação, e quando tudo deveria dar certo, não dá.

Observando atentamente, percebem estes cidadãos que existe um parasita. Pior, é um parasita eleito por uma maioria. É o candidato eleito que suga as verbas públicas, as verbas retiradas de cada holerite de cada trabalhador, que deveriam ser destinadas a um país melhor, cada vez melhor. E esse país melhor, não chega, não chega nunca.

Apenas os honestos sabem o que significa o esforço do trabalho e podem usufruir de situações honrosas. Pode ser o momento de entrar no mercado, fazer as compras, e, chegando em casa, ao ver a dispensa e a geladeira fartas, sentir a satisfação de comprar o que seus justos ganhos proporcionam.

Pode ser, também, a festa de formatura dos filhos, os quais nem sonham com as agruras até então sofridas para que pudessem ter acesso a uma educação melhor. Ou as viagens que se tornaram possíveis depois de tanto esforço e horas extras.

São conquistas sofridas demais, por certo. Ao mesmo tempo, são conquistas dignas. E dignidade, não está à venda. São conquistas que proporcionam sentimentos válidos para uma vida inteira. Satisfação, prazer, moral, retidão, e as mais importantes, paz e felicidade.

O ideal seria que os parasitas não existissem. Enquanto se luta contra eles, resta a incomensurável satisfação de saber que, quando alguma vantagem se dá por meio da corrupção, o corrupto jamais poderá sentir a essência da vida como ela é. Bela e justa.

João Antonio Wiegerinck
7 de dezembro de 2011

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