O economista José Sergio Gabrielli deixa a Petrobras num momento em que o mercado "pune" a companhia ao dar um preço para suas ações abaixo do potencial de crescimento da empresa.
O motivo é, principalmente, a capitalização realizada em 2010, que, ao aumentar a participação da União na empresa, elevou também a possibilidade de ingerência política em sua gestão. O resultado é que o valor de mercado da estatal caiu por dois anos seguidos, em 2010 e 2011, embora comece a esboçar reação neste ano.
No fim de 2005, ano em que Gabrielli assumiu, a companhia estava avaliada em R$ 171,4 bilhões. Com a descoberta do pré-sal, chegou ao pico de R$ 429,9 bilhões em 2007, segundo a consultoria Economática.Fechou 2011 em R$ 291,6 bilhões - reagiu nos primeiros dias de 2012 e valia R$ 331,8 bilhões na sexta. O valor das ações caiu 23% em 2010 e 18,3% em 2011. Gabrielli responsabiliza o recuo ao fato de o mercado não ter compreendido o sentido da capitalização. Ele diz que a operação foi vital para que a empresa tivesse fôlego para investir no pré-sal. Em setembro de 2010, a Petrobras fechou a capitalização de US$ 120 bilhões com a emissão de novas ações. Desse total, US$ 74 bilhões foram para a União, como pagamento das reservas ainda não licitadas do pré-sal transferidas à estatal.
Para analistas, no entanto, com maior participação da União, a estatal fica mais sujeita à ingerência política, como nas decisões de segurar o preço dos combustíveis.
Gabrielli era diretor financeiro da estatal e assumiu a presidência quando José Eduardo Dutra deixou o posto para concorrer ao Senado.
Em sua gestão, aumentou o quadro de empregados em 48%, chegando a 80 mil ao fim de 2010.(Da Folha de São Paulo)
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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