"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

GABRIELLI CAI, MAS MALDICAÇÃO DO PT CONTINUA

Famosa foto de Gabrielli, publicada por reportagem de Veja, no corredor de hotel de Brasília onde se preparava para beijar a mão do chefete petista. Nesse hotel Dirceu recebia a petralhada entre outros interlocutores.

Transcrevo após este prólogo matéria do site da revista Veja sobre a queda do Sérgio Gabrielli, o apaniguado de Lula e Zé Dirceu que aparelhou a Petrobras e desidratou o valor das ações dessa estatal, enquanto o consumidor brasileiro paga pelo litro da gasolina um valor mais alto do que é cobrado dos consumidores de Nova York! O texto, como sempre bem escrito, sem dúvida tenta adubar o terreiro da Dilma que teria peitado (tenho minhas dúvidas) Lula e Zé Dirceu, os donos do PT e padrinhos desse professor universitário baiano que foi entronizado na Petrobras durante o governo lulístico.
Para o leitor mais atento, a interpretação dada pelo site da revista Veja tem lá o seu tanto de verdade, mas o epílogo dessa história tem desfecho previsto. Mudam apenas as moscas...

A verdade é que o monopólio estatal é, sob todos os aspectos, nefasto para o país. Remonta ao getulismo, um tempo em que a mão do Estado nas áreas estratégicas da economia poderia ser necessária, haja vista que o Brasil se movimentava na base do carro de boi ainda no final da década dos anos 50 do século passado, quando o mundo dito hoje desenvolvido já era super desenvolvido e o Brasil era um país de economia agro-pastoril que exportava apenas café e banana!

O texto tenta transmitir um certo otimismo para reforçar uma inciativa da Dilma. Em outras palavras, seria algo assim como: pior é nada. Seja como for, o mercado pelo menos reagiu positivamente e as ações da companhia, segundo Veja, tiveram uma forte alta.

Todavia o governo do PT, seja com Dilma, Lula ou qualquer outro petista, continuará a ser estatizante e de viés comunista. Até porque Dilma deve desembarcar no final do mês em Cuba para trocar afagos com dois tiranos assassinos. Há uma semana morreu mais um preso político nos calabouços de Fidel Castro que os lança nus em solitárias cheias de ratos e baratas.
Depois, Dilma viajará a Porto Alegre, onde participará ativamente do tal Fórum Social, um convescote de idiotas que provavelmente será financiado com dinheiro público.

O Brasil sempre pensou pequeno. Com o PT no poder parou completamente de pensar e o país está paralisado. Em uma década não foi construída nenhuma obra de infra-estrutura de vulto.
Só para se ter idéia do caos iminente, o estouro de um bueiro na cabeceira de uma ponte da BR-101 Sul, em Araranguá (SC) na noite do último domingo, deixou essa rodovia interditada por cinco horas gerando filas quilométricas.

Se o país ainda caminha deve este fato aos governos militares. Sem eles que construíram a infra-estrutura de energia, comunicação e transporte, estaríamos hoje novamente como no final da década de 50 do século XX, quando táxi era denominado "carro de praça". E onde não existia esse transporte motorizado havia os chamados "carros de mola", puxados por dois cavalos. Quando era criança andei nesse tílburis botocudos. E pasmem: isso existiu até a primeira metade da década de 1960 nas cidades do interior do Brasil.
Essas linhas que acabo de escrever já seriam suficientes para que a oposição começasse a preparar a campanha presidencial de 2014. Mas aí é querer demais, né?

Leiam o texto otimista da Veja e tirem as suas próprias conclusões:
Com as mudanças na cúpula da Petrobras, a presidente Dilma Rousseff pretende retomar para o controle do governo um filão da administração federal – de orçamento bilionário e de papel estratégico no campo dos investimentos – comandado por interesses partidários, sobretudo de PT e PMDB. Presidente da Petrobras desde 2005, José Sergio Gabrielli é um petista da estrita confiança do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu. Segundo assessores da presidente, sempre privilegiou o jogo dos padrinhos petistas, a ponto de, se necessário fosse, dificultar a implantação de decisões tomadas pelo Palácio do Planalto.
Ao substitui-lo por Maria das Graças Foster, Dilma espera deixar claro que os projetos do governo, e não das legendas governistas, são prioridade, além de reforçar o caráter técnico da gestão. Maria das Graças Foster é funcionária de carreira e trabalha há mais de 30 anos na Petrobras.

“A atual direção da Petrobras falava diretamente com o Lula, que depois conversava com a presidente Dilma. Com a mudança, acaba a intermediação, e a presidente passa a controlar diretamente a empresa”, diz um líder governista.
“A relação da companhia com o governo será mais direta e autêntica”, acrescenta o senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Próximas demissões
O PT perderá espaço não apenas com a saída de Gabrielli. É dada como certa a demissão de Almir Barbassa, ainda em fevereiro, e até o fim do ano de Renato Duque, outro homem de confiança do mensaleiro José Dirceu. O PT também divide com o PMDB o apadrinhamento de Paulo Roberto Costa, diretor de Exploração. A demissão de Costa é considerada favas contadas. Primeiro, porque ele é identificado como um defensor de interesses partidários. Segundo, porque tentou rivalizar com Maria das Graças Foster como candidato à presidência da empresa. O PMDB também controla a diretoria internacional da Petrobras, mas não tem a menor ideia do que ocorrerá com esse cargo.

Presidente licenciado do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer não foi informado por Dilma das mudanças na empresa. Mais uma evidência da disposição de Dilma para acabar com o peso dos partidos na Petrobras. A ideia é montar uma equipe afinada com ela – e não com o consórcio governista ou o antecessor Lula.
“Esperamos que a empresa seja novamente profissionalizada, com o fim da partidarização de um patrimônio dos brasileiros”, diz o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias. “Não conheço a Maria das Graças Foster, mas se a substituição é técnica será bem acolhida”, acrescenta.

A presidente Dilma pensou em demitir Gabrielli logo depois de vencer a disputa presidencial. Foi dissuadida por Lula. O ex-presidente pediu mais um ano de mandato para o correligionário, sob a alegação de que ele era o quadro mais qualificado para tirar do papel a exploração do petróleo do pré-sal. Dilma acatou a sugestão, mas a relação entre ela e Gabrielli só piorou desde então.
A presidente identificou a digital de Gabrielli em denúncias divulgadas contra o marido de Maria das Graças Foster, quando esta aparecia como favorita para sucedê-lo na empresa.

Dilma também passou a ficar irritada com o fato de Gabrielli sempre dificultar a implantação de decisões governamentais. De fazer as coisas com má-vontade, como se quisesse desafiá-la ou lembrá-la de que, por ter Lula como padrinho, tinha condições de atuar como certa autonomia. Autonomia que Gabrielli fez questão de mostrar quando declarou que não tinha nada a explicar sobre o fato de ter se encontrado com o ex-ministro Dirceu , num quarto de hotel, depois de participar de uma audiência no Planalto.

Dirceu, como se sabe, é consultor de empresas das áreas de petróleo e gás e de empreiteiras que têm interesses em projetos da Petrobras. “O Gabrielli é ladino, opera na paralela. Agora, a interlocução será mais direta e com menos influência partidária. Haverá alinhamento total da Petrobras com o Planalto”, conta uma estrela petista.
Do site da revista Veja
Janeiro 24, 2012

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