"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 9 de março de 2012

ONU: RÚSSIA ACUSA A LÍBIA DE ESTAR TREINANDO REBELDES SÍRIOS

As agências de notícias registram que o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, acusou a Líbia de treinar e armar rebeldes sírios na luta contra o governo do presidente Bashar al-Assad. O diplomata russo fez essa acusação em reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, esta semana.

“Temos informação de que na Líbia, com apoio das autoridades, há um centro especial de treinamento para rebeldes sírios, e grupos são mandados de lá à Síria, para atacar o governo legal” – disse Churkin, acrescentando: “É completamente inaceitável. Essa prática está minando a estabilidade no Oriente Médio.”

A acusação aparece depois que documento recém-publicado pelo website Wikileaks revelou que há operações clandestinas em andamento, de forças dos EUA e OTAN, dentro da Síria, contra o governo.

Na mensagem confidencial agora divulgada, um analista, a serviço da empresa texana Stratfor, diz que, em dezembro do ano passado, participou de reunião no Pentágono na qual ouviu que soldados de EUA/OTAN já estavam em território sírio, dando treinamento a rebeldes armados. E na 3ª-feira, o presidente Assad disse que tropas estrangeiras tentavam enfraquecer o governo sírio.

Desde meados de março de 2011, a Síria enfrenta violência, que já resultou em centenas de mortos, entre os quais muitos soldados e agentes de segurança. Damasco culpa “mercenários, sabotadores e grupos terroristas armados” pela agressão, que, para o governo sírio, está sendo orquestrada do exterior.

Os EUA e vários países ocidentais, entre os quais Grã-Bretanha e França, além de Arábia Saudita, Qatar e Turquia, tentam aprovar medidas contra o governo sírio na ONU, que são impedidas pela Rússia e pela China.

09 de março de 2012
Sergio Caldieri

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