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Quem faz isto já percebeu, há muito tempo, que estamos mais próximos que nunca de uma ruptura institucional. A maioria não agüenta mais o modelo de Estado Capimunista comandado pelo Governo do Crime Organizado – definido como a associação delitiva entre bandidos e servidores públicos. Só falta a reação para acabar com esta cleptocracia.
Quem faz isto já percebeu, há muito tempo, que estamos mais próximos que nunca de uma ruptura institucional. A maioria não agüenta mais o modelo de Estado Capimunista comandado pelo Governo do Crime Organizado – definido como a associação delitiva entre bandidos e servidores públicos. Só falta a reação para acabar com esta cleptocracia.
O julgamento do Mensalão – até agora agendado para o Dia de São Nunca – pode ser o divisor do mar de lama. Ainda mais quando vem do esgoto o informe de que os mensaleiros já estudam até alternativas de fuga, pois vislumbram o altíssimo risco de condenação e prisão imediatamente após a sentença.
Eles já sabem que julgamento no Supremo Tribunal Federal não cabe recurso – a não ser a Deus ou ao Diabo. José Dirceu, Delúbio Soares e Marcos Valério têm grandes chances de condenação por formação de quadrilha e corrupção ativa.
Eles já sabem que julgamento no Supremo Tribunal Federal não cabe recurso – a não ser a Deus ou ao Diabo. José Dirceu, Delúbio Soares e Marcos Valério têm grandes chances de condenação por formação de quadrilha e corrupção ativa.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal que pensam em condenar os mensaleiros já devem ser alvos de pressões terríveis nos bastidores do mundo político e togado. Até porque o governo do Crime Organizado não brinca em serviço. Imagina se já não rolam ameaças veladas, do tipo: “Ministro, se fulano for condenado, cuidado, porque pode acontecer alguma coisa sua mulher, sua filha ou seu filho”. Alguém duvida que pressões deste tipo aconteçam? Melhor não duvidar. Mas se a ameaça pode se concretizar, aí são outros quinhentos - milhões de dólares...
A máfia tupiniquim opera de maneira violentíssima. Vide os casos Celso Daniel e Von Richthofen. O primeiro é um crime político evidente. E não há interesse em se chegar ao verdadeiro mandante. O segundo, um hediondo crime familiar, agora de briga por uma herança milionária no exterior, gerada com a ajuda de esquemas políticos que abafam o desfecho judicial. Os dois famosos homicídios retratam o Governo do Crime Organizado no Brasil. Até porque, sem parafrasear Balzac, por trás da construção de grandes fortunas costumam se esconder crimes maiores ainda...
O leitor Paulo Figueiredo chamou bem a atenção na área de comentários sem censura do Alerta Total: Por que a “oposição” não se manifesta sobre o caso Celso Daniel??? Não é muitíssimo estranho??? Deixa de ser estranho quando observamos que há um pacto de silencio entre PT e PSDB. Tucanos não tocam no “caso Celso Daniel”; e a petralhada nada fala sobre o “caso Suzane von Richthofen”. Troca de gentilezas???? Nem tanto. Os dois casos são muito comprometedores aos dois partidos. Por que o caso Suzane von Richthofen corre em “segredo de justiça” e o pessoal do PT não fala nada sobre o assunto? Isso pode explicar porque o pessoal do PSDB se cala sobre o caso Celso Daniel.
Voltando ao risco de fuga dos mensaleiros. Tal hipótese não é fácil de se concretizar. Hoje não há para onde fugir neste mundo globalitário. A situação é ruim até para o bandido que é parceiro da Oligarquia Financeira Transnacional. Os donos do mundo costumam “deletar” os margiranhas que caem em desgraça. Dá para escapar por algum tempo, mas não por muito. E quando a casa cai, o bandido perde completamente a antiga parceria com os controladores do Estado.
Por isso, a maioria dos ministros do STF deve estar com a toga na seringa. Sabem que sua decisão pode ser a gota d´água para uma ruptura institucional no Brasil. Se os mensaleiros forem perdoados, a Justiça se desmoraliza de uma vez por todas. Se forem condenados, com certeza, o esquema do crime organizado tende a reagir violentamente. Bandido político é previsível. Em geral, cumpre a ameaça que faz, quando a casa cai.
No mensalão, até agora, nenhum envolvido abriu a boca porque não houve punição. Se houver, muito arquivo vivo pode abrir o bico para não virar arquivo morto, e as revelações podem aprofundar o caos institucional. Será necessária uma limpeza imediata da sujeira. Quem cumprirá o papel de lixeiro? Eis a questão para uniformizados e fardados debaterem com mais profundidade.
O maior temor dos ministros do STF ainda não é com as possíveis ameaças ocultas que possam sofrer e nem com as prováveis condenações que possam impor à maioria dos 38 réus. O grande cagaço é como definir o tamanho das penas dos mensaleiros. É aí que a toga vai torcer a porca. Não vai pegar bem perante a opinião pública se alguns ministros – dentre os nomeados pelos esquemas petistas – aplicarem o famoso “rigor seletivo”, pegando pesando com uns condenados e aliviando aqueles companheiros mais poderosos...
A maioria dos brasileiros e brasileiras (royalties para o Imperador Perpétuo do Maranhão) não agüenta mais tanta roubalheira, injustiça e impunidade. O abafamento em curso do escândalo do Cachoeira só vai agravar o descontentamento popular com o que pode acontecer caso o mensalão também acabe sem punição. A Justiça jamais pode se desmoralizar. Se ela falha, o caos institucional se instaura. O resultado disto é incerto.
Melhor não investir no risco de um banho de sangue – jamais antes visto em nossa história...
Chega de Impunidade
Confira a íntegra das 122 páginas do relatório do Mensalão produzido pelo relator Joaquim Barbosa:
14 de maio de 2012
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista,Publicitário e Professor.
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