"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 7 de julho de 2012

MAGISTRADOS QUEREM BLINDAR SEUS DIREITOS E NÃO ACEITAM NOVA FORMA DE APOSENTADORIA


Na esperança de que exista uma razão louvável para emudecer nossa opinião sobre a conduta antissocal da magistratura brasileira, fomos pesquisar e encontramos questões pontuais que fortalecem a critica.

Tomamos como foco da blindagem dos direitos (mais benesses que direitos), eis que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN n° 4803) no Supremo Tribunal Federal contra dispositivos das Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03 sobre as aposentadorias de magistrados.

A AMB pede para excluir os membros da magistratura da reforma da previdência iniciada pela EC 20/98 e continuada pela EC 41/03. O pedido se sustenta em que (…) “submetem a magistratura ao regime geral de aposentadoria dos servidores públicos e, ainda, possibilita a extinção da paridade entre proventos e vencimentos, que é consequência inafastável da vitaliciedade conjugada com a irredutibilidade de vencimentos”.

Estamos vendo aqui, mais uma vez, que o juiz só pensa nele. Se o litigante está insatisfeito com os seus serviços, eis que nada fazem de fato para que isso se reverta, o quadro não muda. Na verdade, estamos diante de um dilema que nos faz lembrar o filósofo romano Sêneca: “Lutar com o igual é perigoso, com o mais forte é loucura; com o mais fraco é vergonhoso”.

07 de julho de 2012
Roberto Monteiro Pinho

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