Depois de inventar a classe média miserável, o economista Marcelo Neri já começa a fazer milagres no Ipea
Mal assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),
o economista Marcelo Neri, aquele que inventou uma nova classe média com renda
de míseros R$ 291por mês, começa agora a fazer novos milagres econômicos.
O primeiro deles é anunciar que os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE confirmam que a primeira década do século 21 no Brasil foi “inclusiva” do ponto de vista social, com “robusta diminuição da desigualdade e redução da pobreza”.
“O PIB não é importante…”
“O Brasil está hoje no menor nível de desigualdade da história documentada”, disse Neri, entusiasmado, ao jornalista Gilberto Costa, da Agência Brasil.
Segundo ele, o índice de Gini (indicador que mede a desigualdade) foi 0,527 em 2011 – o menor desde 1960 (0,535), o que demonstraria uma redução da desigualdade social.
Acontece que a análise do Ipea mostra que a renda está crescendo nos setores econômicos que contratam mão de obra de forma precária e agregam pouco valor à economia, como a agricultura (86%) e as atividades domésticas (62,4%). Mas isso não interessa a Neri.
Outro dado preocupante é que cerca de 35% da diminuição da desigualdade se devem aos repasses feitos pelo governo (além do Bolsa Família, aposentadorias, pensões e benefícios de prestação continuada, que são transferências sujeitas à política fiscal e podem sofrer restrições para que as contas públicas tenham superávit). E isso também não interessa a Neri.
###
PROFESSOR PANGLOSS
Na verdade, Marcelo Neri se comporta como uma espécie de Professor Pangloss (personagem otimista de Voltaire, que julgava “viver no melhor dos mundos”). Ele diz que a redução da desigualdade tem a ver com o crescimento da renda per capita. E alega que, entre 2001 e 2011, “o aumento real da renda dos 10% mais pobres foi 91,2%, enquanto os 10% mais ricos, tiveram crescimento de 16,6%”, esquecido de que um grande aumento sobre quase nada continua sendo quase nada, enquanto um pequeno aumento sobre muito acaba significando muito.
A teoria panglossiana desenvolvida pelo criativo economista traz uma grande novidade em termos mundiais, porque ele não vê maior importância no desempenho das contas nacionais, medidas pelo Produto Interno Bruto – PIB. Na opinião de Neri, é muito mais importante levar em conta a melhoria da renda na base da pirâmide. E alega que, desde 2003, a Pnad aponta que a economia brasileira cresceu 40,7% (acumulado), enquanto a taxa do PIB foi 27,7% (acumulado).
O primeiro dado mede a situação dos domicílios, sem levar em consideração o endividamento recorde e a crescente inadimplência, enquanto o segundo indicador faz o somatório da riqueza produzida no país, pelo PIB.
###
MAIS IMPORTANTE
“O que é mais importante?”, pergunta Neri, ao avaliar que apesar dos “colegas macroeconomistas não estarem muito satisfeitos, mas quando a gente olha para o bolso das pessoas nota-se um crescimento chinês na base”.
Conclusão: é genial! Ou melhor, é bestial! – como dizem os portugueses. Esse economista merece o Prêmio Nobel. Não é possível que suas revolucionárias teorias não estejam despertando pelo menos a curiosidade da Academia Real das Ciências da Suécia.
O primeiro deles é anunciar que os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE confirmam que a primeira década do século 21 no Brasil foi “inclusiva” do ponto de vista social, com “robusta diminuição da desigualdade e redução da pobreza”.
“O PIB não é importante…”
“O Brasil está hoje no menor nível de desigualdade da história documentada”, disse Neri, entusiasmado, ao jornalista Gilberto Costa, da Agência Brasil.
Segundo ele, o índice de Gini (indicador que mede a desigualdade) foi 0,527 em 2011 – o menor desde 1960 (0,535), o que demonstraria uma redução da desigualdade social.
Acontece que a análise do Ipea mostra que a renda está crescendo nos setores econômicos que contratam mão de obra de forma precária e agregam pouco valor à economia, como a agricultura (86%) e as atividades domésticas (62,4%). Mas isso não interessa a Neri.
Outro dado preocupante é que cerca de 35% da diminuição da desigualdade se devem aos repasses feitos pelo governo (além do Bolsa Família, aposentadorias, pensões e benefícios de prestação continuada, que são transferências sujeitas à política fiscal e podem sofrer restrições para que as contas públicas tenham superávit). E isso também não interessa a Neri.
###
PROFESSOR PANGLOSS
Na verdade, Marcelo Neri se comporta como uma espécie de Professor Pangloss (personagem otimista de Voltaire, que julgava “viver no melhor dos mundos”). Ele diz que a redução da desigualdade tem a ver com o crescimento da renda per capita. E alega que, entre 2001 e 2011, “o aumento real da renda dos 10% mais pobres foi 91,2%, enquanto os 10% mais ricos, tiveram crescimento de 16,6%”, esquecido de que um grande aumento sobre quase nada continua sendo quase nada, enquanto um pequeno aumento sobre muito acaba significando muito.
A teoria panglossiana desenvolvida pelo criativo economista traz uma grande novidade em termos mundiais, porque ele não vê maior importância no desempenho das contas nacionais, medidas pelo Produto Interno Bruto – PIB. Na opinião de Neri, é muito mais importante levar em conta a melhoria da renda na base da pirâmide. E alega que, desde 2003, a Pnad aponta que a economia brasileira cresceu 40,7% (acumulado), enquanto a taxa do PIB foi 27,7% (acumulado).
O primeiro dado mede a situação dos domicílios, sem levar em consideração o endividamento recorde e a crescente inadimplência, enquanto o segundo indicador faz o somatório da riqueza produzida no país, pelo PIB.
###
MAIS IMPORTANTE
“O que é mais importante?”, pergunta Neri, ao avaliar que apesar dos “colegas macroeconomistas não estarem muito satisfeitos, mas quando a gente olha para o bolso das pessoas nota-se um crescimento chinês na base”.
Conclusão: é genial! Ou melhor, é bestial! – como dizem os portugueses. Esse economista merece o Prêmio Nobel. Não é possível que suas revolucionárias teorias não estejam despertando pelo menos a curiosidade da Academia Real das Ciências da Suécia.
Filme Ted ganha atenção após crítica de deputado
Previsões pessimistas
Virtualmente afastada a hipótese de o novo ministro do Supremo, Teori Zavascki, vir a pedir vistas do processo do mensalão, como deixou claro no meio-depoimento prestado à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a pergunta que se faz refere-se às consequências da possível condenação à prisão de figuras exponenciais do PT. Como reagirá o partido, por exemplo, no caso de José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e outros se verem sentenciados a reclusão em regime fechado?
Zavascki de fora
Demonstram a experiência e o modo de ser do partido sua obstinação em não voltar atrás nem reconhecer erros passados.
Assim, os companheiros insistirão em que o mensalão não existiu e que seus antigos líderes terão sido injustiçados.
Que a mais alta corte nacional de justiça deixou-se enganar pela conspiração de setores conservadores e da imprensa empenhada em desfazer a obra do ex-presidente Lula. Mesmo irreais, essas acusações vão inaugurar o próximo biênio, onde se desenvolverão as preliminares e os finalmente da próxima sucessão presidencial. O acirramento dos ânimos será uma constante a partir de 2013, por certo que também alimentado pelas oposições.
A temperatura vai subir, cada vez que fotografados de perto ou de longe os singulares presidiários de um suposto futuro. Aliás, os petistas e os outros, com Valdemar Costa Neto, Roberto Jefferson e bem mais gente.
Admitirá o Supremo Tribunal Federal recolher a luva que lhe será lançada no rosto? Provavelmente, não, mas mesmo assim ocupará um dos pólos do confronto. Em especial se o Procurador Geral da República der seguimento ao processo, formulando novas denúncias contra novos mensaleiros. Imagine-se a inclusão do Lula no rol dos denunciados, como tendo tido conhecimento e até estimulado a lambança.
No meio do tiroteio estará a presidente Dilma, fidelíssima ao antecessor mas em momento algum vinculada ao julgamento da ação penal 470 e seguintes. Haverá prejuízo para sua administração e seus planos de governo. Jamais, no entanto, para sua tentativa de reeleição.
PSDB e penduricalhos não poderão ficar de braços cruzados. Buscando retornar ao poder, os tucanos deverão bater firme no PT, no Lula e em sua candidata. Pode não ser da natureza de Aécio Neves deitar gasolina no fogo, mas sabe que o papel de bombeiro será fatal às suas pretensões. É provável que reme com a maré.
Nessa hora quem sabe se repetirá o fenômeno Russomanno, em pleno desenvolvimento, ou seja, aparecerá uma terceira via de dimensões nacionais, na qual a maioria da opinião publica apostará seus cacifes. Afinal, a contenda centralizada entre companheiros, de um lado, e tucanos, de outro, poderá não ter nada a ver com as forças em choque.
Pelo contrário, a população costuma dar mostras de não seguir a ortodoxia partidária. Será sempre bom lembrar que o país rejeitou tanto Ulysses Guimarães quanto Paulo Maluf, decidindo-se por Fernando Collor, nas eleições de 1989, deixando aberta a janela por onde mais tarde o Lula passaria.
Quanto a especular quem poderia ocupar essa faixa entre Dilma e Aécio, nem com bola de cristal. Até porque as variáveis ainda favorecem a presidente e o senador. Mas é bom tomarem cuidado…
###
DELFIM EM SOCORRO DE LULA
Em seu artigo das quartas-feiras, Delfim Netto chegou de espada desembainhada. Denunciou aleivosias genéricas para destruir a imagem do Lula, ignorando os avanços sociais e econômicos registrados em seu governo.
É bom prospectar as causas, quando o ex-ministro envereda pela política, momentaneamente arquivando a economia. Fala, ou escreve, por ele e por razoável segmento das forças produtivas.
Não dá ponto sem nó, como diziam nossos avós. Exprime o sentimento das elites que em maior ou menor grau satisfizeram-se com a administração do ex-presidente.
###
CONTRA A OPERAÇÃO CONDOR
Decidiu a Comissão da Verdade investigar a fundo a participação do Brasil na Operação Condor, que durante os anos de chumbo uniu os serviços de informação, segurança e repressão das então ditaduras sul-americanas. Cooperaram o extinto Serviço Nacional de Informações e seus sucedâneos na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. O importante a saber é se limitavam seu entendimento à troca de denúncias sobre os naturais de um país atuando nos outros ou se realizavam operações conjuntas de perseguição aos grupos que se opunham aos regimes de força.
Mais grave ainda será perscrutar a participação dos Estados Unidos na deletéria orquestração, através da CIA e congêneres. Muita coisa poderá vir à tona em matéria de tortura, sequestros, assassinatos e similares, se houver cooperação por parte dos governos dos países referidos, hoje todos aferrados à democracia.
O sábio rebelde
O senador Mem de Sá, do PL e Arena do Rio Grande do Sul, foi à recepção do Itamaraty quando o presidente de Portugal, Americo Tomás, já bem velhinho e com arteriosclerose, veio ao Brasil, em 72, acompanhando os restos mortais de Dom Pedro I, nos 150 anos da Independência.
Mem de Sá foi apresentado ao presidente português, a quem já conhecia dos tempos em que foi ministro da Justiça de Castelo Branco. Américo Tomás não o reconheceu. Cumprimentou e foi em frente. Minutos depois, voltou: – O senhor é filho do grande Mem de Sá, governador geral do Brasil?
– Sobrinho, presidente. Ele era irmão de minha mãe.
– Ah, eu estava lhe reconhecendo. Seu nome não me era estranho.
Esse era um português que já não sabia mais nada de nada.
###
ACADEMIA
Em 2006, Portugal e Brasil estão comemorando o centenário de nascimento (13.2.1906) de um português que sabia tudo do Brasil, de Portugal e do mundo. E teve participação fundamental na abertura da cultura e da universidade brasileira.
George Agostinho Baptista da Silva, o sábio Agostinho da Silva, que se livrou de duas ditaduras, viveu, trabalhou, ensinou e iluminou seis Estados brasileiros, durante 22 anos, de 1947 a 1969: Rio, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina, Bahia e Brasília. Uma vida generosa, criadora e fulgurante.
A Academia Brasileira de Letras, cumprindo o oportuno programa do então presidente Marcos Vilaça, de abrir cada vez mais suas portas e seu prestígio à juventude, à universidade, à população, para o debate nacional da cultura, instalou uma bela exposição fotobiográfica, passou um filme primoroso de João Rodrigo Mattos e realizou uma mesa-redonda, presidida por Vilaça e coordenada pelo jornalista e acadêmico Cícero Sandroni, com seis depoimentos de pessoas que trabalharam ou conviveram com Agostinho da Silva.
O embaixador e acadêmico Alberto da Costa e Silva, o ex-conselheiro cultural da embaixada de Portugal Amandio Silva, o presidente da Casa de Rui Barbosa José Almino de Alencar, o escritor Salim Miguel e eu.
###
AGOSTINHO DA SILVA
Ele foi um furacão cultural. Mario Soares, seu aluno, o retratou bem:
– Foi uma das figuras máximas da vida cultural portuguesa da século 20. Escritor, intelectual, universitário, pedagogo, visionário, deixou uma obra imensa dispersa por inúmeras publicações, livros, revistas, cartas. Produziu, ao longo de sua longa vida, imenso labor intelectual que o País oficial quase sempre ignorou. Iconoclasta, na acepção mais nobre da palavra um marginal.
Desde Sócrates e Jesus Cristo, esses marginais é que constroem a história.
Estudou Filologia Clássica na Universidade do Porto, fez bolsa de pós-graduação na Sorbonne e no College de France, entrou para o ensino público em 1931. Em 32, a ditadura de Salazar exigiu de cada servidor público que assinasse a Lei Cabral: dizer se pertencia a alguma organização secreta ou subversiva. Três se negaram a assinar: Fernando Pessoa, Norton de Matos e ele.
– Não pertenço, mas não sei se um dia vou querer pertencer. A força que me anima e mais desejaria transmitir é a de não se conformarem.
###
PRESO E EXCOMUNGADO
Demitido, passou a escrever na histórica revista de resistência Seara Nova, de Antônio Sérgio e Jayme Cortesão, dar aulas particulares de Filosofia, Cultura, Direito, Línguas (chegou a falar 15 idiomas e dois dialetos africanos) e fazer conferências pelo País todo. Salazar não agüentou. Prendeu.
A Igreja também não. Era um cristão, mas rebelde, como Teilhard de Chardin, Frei Beto, Leonardo Boff.
Seus livros e Cadernos Culturais, hoje clássicos (Sentido Histórico das Civilizações, A Religião Grega, Moisés e Outras Páginas Bíblicas, Sete Cartas a um Jovem Filósofo, Biografia de Miguel Ângelo, São Francisco de Assis, O Cristianismo, Doutrina Cristã), perturbaram a conservadora Igreja de Portugal. Foi excomungado.
###
NO BRASIL
E se livrou da ditadura de Salazar. Veio para o Rio, em 47. Criou um centro cultural e de ensino em Itaipava, trabalhou no Instituto Oswaldo Cruz, Manguinhos (com entolomogia, insetos), ensinou na Faculdade de Filosofia.
Em 52, José Américo, governador, levou-o para ajudar a fundar a Universidade da Paraíba. Ficou lá dois anos, deixou um trabalho modelo.
Em 54, ensinou na Universidade de Pernambuco.
Em 55, fundador da Universidade de Santa Catarina e primeiro secretário de Cultura do Estado.
Em 57, chega à Bahia e revoluciona a Filosofia, o Teatro, as Artes da Universidade comandada por Edgar Santos.
Por aqui, Agostinho da Silva só deixou saudades.
Charge do Sponholz
O triunfo de 'Homeland' no Emmy é uma boa notícia para todos nós
Homeland foi o grande vencedor do Emmy, o Oscar da tevê americana. Melhor ator (Damian Lewis), melhos atriz (Claire Danes), melhor drama.
Claire e Damian
Boa notícia. Homeland é um corpo estranho no mundo do cinema e da televisão americana. Enquanto Spielberg faz tolices como Tintim e James Cameron o iguala em entorpecentes como Avatar, Homeland mostra a vida como ela é.
Um soldado americano volta da “Guerra ao Terror”. Lutara lá e acabara preso. Finalmente solto, depois de anos, retorna com status de herói aos Estados Unidos.
Ao mesmo tempo, uma agente da CIA, em missão no teatro da guerra no mundo islâmico, recebe uma informação segundo a qual um soldado americano aderiu aos inimigos. Será o herói?
Esta a trama básica. Vi a primeira temporada e verei a segunda. Recomendo fortemente.
Homeland vira coisa de gente séria quando mostra o seguinte: o impacto que tem sobre um pai de família árabe a morte de seu filhinho por uma bomba americana. Desesperado, enraivecido, ele adere ao terrorismo.
Este o mérito maior de Homeland: dar espaço para o outro lado. O americano médio, enquanto alimenta sua obesidade física e mental comendo no sofá pipocas large size acompanhadas de Coca também large size, acredita na fantasia de que os árabes são ingratos por não retribuir com amor a generosidade de Washington ao levar-lhes democracia e civilização.
Homeland é a negação disso. Faz pensar. Que se multipliquem séries como esta. Porque boa parte dos horrores praticados por sucessivos governos americanos na cena internacional (e doméstica) deriva de uma sociedade alienada que acredita no mito do “campeão do mundo livre” – e vai engordando enquanto uma minoria predadora vai concentrando cada vez mais dinheiro e jogando cada vez mais bombas.
Fora da lei: escritório de Brindeiro não assina carteira de seus funcionários
Esta é de estarrecer. Recebemos a denúncia de que o Escritório de Advocacia do ex-procurador-geral da República, Geraldo Antônio Brindeiro, que entre outros clientes, dá assistência à operadora de serviços telefônicos VIVO, não assina a Carteira de Trabalho de seus funcionários.
Quando aparece algum fiscal da Secretaria ou do Ministério do Trabalho na sede do escritório, os funcionários em situação irregular são “convenientemente” removidos para um local fora do alcance da fiscalização e só voltam ao trabalho após o fim da inspeção.
Uma vergonha que requer uma fiscalização imediata por parte da Delegacia Regional do Trabalho do Distrito Federal e uma nota de reprovação da Ordem dos Advogados do Brasil, tão ciosa em denunciar irregularidades em setores que nem lhe dizem respeito.
Como se sabe, Geraldo Antônio Brindeiro ficou famoso no governo FHC como “engavetador” da República.
Sepulveda Pertence volta a elogiar os conselheiros afastados do Conselho de Ética do Planalto
Sepúlveda Pertence, que deixou segunda-feira a presidência da Comissão de Ética da Presidência, disse ao repórter Chico de Góis, do Globo, que foi avisado há alguns meses, por um auxiliar da presidente Dilma Rousseff, de que ela não reconduziria os conselheiros Marília Muricy e Fábio Coutinho a mais um mandato de três anos.
Ele esperou até segunda-feira para anunciar sua decisão de se retirar da presidência do órgão para não parecer que se opunha aos três novos conselheiros escolhidos por Dilma.
Mesmo evitando comentários sobre os motivos da presidente, lamentou o fato, lembrando que é uma tradição o segundo mandato dos conselheiros, e declarou que ouviu murmúrios de que a não recondução de seus dois apadrinhados ocorreu por conta da atuação deles na comissão, que não tem mordomias nem remuneração.
Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse Sepúlveda: Lamentei a não recondução porque se trata não apenas de duas pessoas que aceitaram participar da comissão por indicação minha, como são dois valores excepcionais, seja do ponto de vista moral, seja da perspectiva intelectual.
Pimentel está encrencado
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Detalhe importante: no caso do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o processo ainda está em andamento. Foram pedidos novos esclarecimentos, alargando-lhe a possibilidade de defesa. Mas o problema do Planalto é que não adianta ampliar a possibilidade de defesa, porque Pimentel não tem como explicar ter recebido R$ 1 milhão da Federação das Indústrias do Estado de Minas Geral para pronunciar palestras em cidades do interior, e não ter feito uma só delas.
27 de setembro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário