O advogado e poeta baiano Gregório de Mattos Guerra (1636-1695), alcunhado de
“Boca do Inferno ou Boca de Brasa” é considerado o maior poeta barroco do Brasil
e o mais importante poeta satírico da literatura em língua portuguesa, no
período colonial.
Gregório ousava criticar a Igreja Católica, muitas vezes ofendendo padres e freiras. Criticava também a “cidade da Bahia”, ou seja, Salvador, como neste soneto.
TRISTE BAHIA
Gregório de Mattos
Tristes sucessos, casos lastimosos,
Desgraças nunca vistas, nem faladas.
São, ó Bahia, vésperas choradas
De outros que estão por vir estranhos.
Sentimo-nos confusos e teimosos
Pois não damos remédios as já passadas,
Nem prevemos tampouco as esperadas
Como que estamos delas desejosos.
Levou-me o dinheiro, a má fortuna,
Ficamos sem tostão, real nem branca,
macutas, correão, nevelão, molhos:
Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,
E é que quem o dinheiro nos arranca,
Nos arrancam as mãos, a língua, os olhos.
Gregório ousava criticar a Igreja Católica, muitas vezes ofendendo padres e freiras. Criticava também a “cidade da Bahia”, ou seja, Salvador, como neste soneto.
TRISTE BAHIA
Gregório de Mattos
Tristes sucessos, casos lastimosos,
Desgraças nunca vistas, nem faladas.
São, ó Bahia, vésperas choradas
De outros que estão por vir estranhos.
Sentimo-nos confusos e teimosos
Pois não damos remédios as já passadas,
Nem prevemos tampouco as esperadas
Como que estamos delas desejosos.
Levou-me o dinheiro, a má fortuna,
Ficamos sem tostão, real nem branca,
macutas, correão, nevelão, molhos:
Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,
E é que quem o dinheiro nos arranca,
Nos arrancam as mãos, a língua, os olhos.
(Colaboração enviada pelo poeta Paulo Peres –
site Poemas & Canções)
02 de outubro de 2012
Presidente da OAB envergonha a classe dos advogados, ao assinar abaixo-assinado dos “artistas” contra o julgamento do mensalão.
Realmente é inacreditável a situação a que chegou a Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro. Acreditem se quiserem, mas o presidente da OAB, Wadih Damous, acaba de assinar o manifesto organizado por um grupo de cineastas e artistas contra o julgamento do mensalão pelo Supremo.
Como se sabe, a preparação do abaixo-assinado é liderada por Luiz Carlos Barreto, o Barretão, produtor do filme sobre Lula (“O Filho do Brasil”) e que se orgulha de ser amigo intimo de José Dirceu, a quem faz frequentes visitas de solidariedade, no apartamento em São Paulo ou no sítio de Vinhedo, que fica próximo à capital paulista.
Justamente num momento histórico de afirmação da Justiça brasileira, quando toda a sociedade civil precisa cerrar fileiras contra a corrupção, o presidente da OAB do Rio de Janeiro toma uma atitude dessas, desmoralizando a historicamente apartidária instituição, que tanto tem lutado em prol dademocracia no país.
Damous fazendo campanha pelo PT
A OAB AGORA É DO PT
Desde o dia 21 de agosto, quando publicamos aqui no Blog da Tribuna um artigo revelando que a OAB está sendo administrada a serviço do PT, logo começou a chegar denúncias envolvendo manipulação política na entidade. Algumas dessas denúncias inclusive se referem a irregularidades cometidas a nível nacional, numa formação de quadrilha (digamos assim) que contamina as chamadas regionais da Ordem.
Já mostramos aqui um vídeo (www.youtube.com/watch?v=C6qAP3QX-V8), em que o presidente regional Wadih Damous, com bottom da OAB na lapela, aparece pedindo votos para um candidato a vereador pelo PT, Siron. É inconcebível, mas o presidente da OAB-RJ transformou-se em cabo eleitoral do PT.
Mostramos também que o candidato de Wadih Damous à presidência da OAB no Rio de Janeiro, Felipe Santa Cruz, reza a mesma cartilha e confessa ser “militante político”, em entrevista que também circula na internet (www.youtube.com/watch?v=AIgpnyGtPw).
Para coroar essa esdrúxula e inaceitável atuação política da OAB, os atuais dirigentes até lançaram candidato próprio a vereador aqui no Rio de Janeiro. Trata-se de Roberto Monteiro, atual conselheiro da entidade e presidente da Comissão de Direitos Humanos, que é candidato pelo PCdoB, usando material publicitário cujo slogan é “Um mandato ao lado da Justiça, da OAB e da Advocacia”.
Em todas as peças da propaganda eleitoral, o candidato aparece ao lado do presidente regional Wadih Damous e do presidente da Caarj, Felipe Santa Cruz, com a frase “Roberto Monteiro é imprescindível como advogado e vereador”, vejam só a desfaçatez de usarem acintosamente o nome e o prestígio da OAB.
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OAB SOB MORDAÇA
Como a OAB pode cumprir sua obrigação democrática se fica submissa ao governo? Um exemplo disso são os sucessivos escândalos que enlameiam o governo estadual, e o atual presidente da entidade mostra-se totalmente passivo, porque o governador Sérgio Cabral faz parte da chamada base aliada.
Enquanto o presidente e seu candidato à sucessão, Felipe Santa Cruz, continuarem aparelhando a entidade, a OAB jamais será independente, como foi outrora. Essa é a verdade. Ninguém duvida que cada cidadão possa ter suas preferências políticas, mas a OAB deve manter-se apartidária, para o bem da classe e dos advogados.
Tem muito mais coisa por baixo do pano, nessa jogada política de transformar a OAB e suas Regionais em braços jurídicos e eleitorais do governo. O assunto é instigante e não vamos parar por aqui. Estamos checando algumas graves denúncias, porque são tão estarrecedoras que fica difícil aceitar serem verdadeiras.
Perdeu-se a vergonha!
02 de outubro de 2012
Carlos Newton
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