Envio minha solidariedade à família do querido goleiro Félix, companheiro na Copa do Mundo de 1970, que morreu nesta sexta-feira.
O pênalti marcado a favor do Grêmio, contra o Coritiba, que ajudou a classificar o time gaúcho, na Copa Sul-Americana, foi mais um absurdo erro. Kleber, mais uma vez, enganou o árbitro e o comentarista de TV.
Hoje é dia de clássicos regionais. Ontem, jogariam Santos x Palmeiras e Vasco x Fluminense, este último, paixão de Nelson Rodrigues, que faria, nessa quinta-feira, 100 anos. Em uma entrevista, o maior e mais politicamente incorreto cronista esportivo disse: “O pior cego é o míope. E pior que o míope é o que enxerga bem, mas não entende o que enxerga. Há pessoas, sobretudo jornalistas esportivos, que não têm inteligência visual”.
É cada dia mais comum no Brasil clássicos regionais com apenas uma torcida, como o de hoje, entre Cruzeiro e Atlético, no Independência. A polícia de Minas reconhece a incapacidade de dar segurança aos torcedores. Muito mais que isso, mostra a incapacidade do governo federal, em todo o país.
A atual violência social é uma calamidade pública. Os ricos blindam os carros, contratam seguranças, e os pobres não podem passear nem assistir a seus times jogarem. Ficam sitiados, vendo, diariamente, pela TV, tanta violência e tantos crimes. É o inferno!
A mesma violência social está em volta dos estádios, nas arquibancadas e nos gramados. Ela sempre existiu, mas não era de rotina.
Os jogadores, pressionados e até ameaçados, com a obrigação de ganhar de qualquer jeito, como se fosse uma guerra, dão pontapés, trombadas, para mostrar que têm raça. Além disso, são mal-educados, desde as categorias de base. Os treinadores são, no mínimo, omissos. Gritam e reclamam, na lateral do campo, para mostrar que “jogam com o time”.
Quando era menino e adolescente, ia muito com meu pai ao Independência, de ônibus, lotado, com torcedores dos dois times. Outros caminhavam até o estádio, cada um com sua bandeira. Gostava de ficar na fileira de baixo da arquibancada. Via de perto os jogadores, seus gestos, palavras e expressões de alegria, tristeza, medo, raiva. Aprendia que o futebol era muito mais que detalhes técnicos e táticos. “A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana” (Nelson Rodrigues).
Em uma decisão do título mineiro, entre Siderúrgica e América, Noventa caiu e gritou de dor. O médico do Siderúrgica disse que poderia ser uma fratura, e que ele teria de sair. O truculento técnico Yustrich mandou-o ficar. Noventa, com uma tipoia, fez um dos gols do título. No outro dia, a imprensa só falava nisso. Testemunhei tudo de perto. Deveriam ter me entrevistado.
“Clássico é clássico”
O mais apaixonado torcedor do Cruzeiro reconhece que o Atlético é hoje superior. Por outro lado, o mais desanimado tem esperanças na vitória sobre o Galo. Discordo que clássico não tem favorito, quando um time é nitidamente melhor, o que não significa sempre que o favorito vai ganhar.
Réver mereceu a convocação para a seleção. Fábio, Victor e Diego Cavalieri também poderiam ter sido chamados. Todos estão, no mínimo, no nível dos outros três goleiros (Cássio, Jefferson e Diego Alves).
Se a Copa fosse hoje, Cássio não deveria ser convocado, pois tem menos tempo de titular em um grande time, mas é o que tem mais chances de evoluir e de se tornar um grande goleiro, como foram, recentemente, Dida, Rogério Ceni e Marcos, além do próprio Júlio César.
Hoje é dia de clássicos regionais. Ontem, jogariam Santos x Palmeiras e Vasco x Fluminense, este último, paixão de Nelson Rodrigues, que faria, nessa quinta-feira, 100 anos. Em uma entrevista, o maior e mais politicamente incorreto cronista esportivo disse: “O pior cego é o míope. E pior que o míope é o que enxerga bem, mas não entende o que enxerga. Há pessoas, sobretudo jornalistas esportivos, que não têm inteligência visual”.
É cada dia mais comum no Brasil clássicos regionais com apenas uma torcida, como o de hoje, entre Cruzeiro e Atlético, no Independência. A polícia de Minas reconhece a incapacidade de dar segurança aos torcedores. Muito mais que isso, mostra a incapacidade do governo federal, em todo o país.
A atual violência social é uma calamidade pública. Os ricos blindam os carros, contratam seguranças, e os pobres não podem passear nem assistir a seus times jogarem. Ficam sitiados, vendo, diariamente, pela TV, tanta violência e tantos crimes. É o inferno!
A mesma violência social está em volta dos estádios, nas arquibancadas e nos gramados. Ela sempre existiu, mas não era de rotina.
Os jogadores, pressionados e até ameaçados, com a obrigação de ganhar de qualquer jeito, como se fosse uma guerra, dão pontapés, trombadas, para mostrar que têm raça. Além disso, são mal-educados, desde as categorias de base. Os treinadores são, no mínimo, omissos. Gritam e reclamam, na lateral do campo, para mostrar que “jogam com o time”.
Quando era menino e adolescente, ia muito com meu pai ao Independência, de ônibus, lotado, com torcedores dos dois times. Outros caminhavam até o estádio, cada um com sua bandeira. Gostava de ficar na fileira de baixo da arquibancada. Via de perto os jogadores, seus gestos, palavras e expressões de alegria, tristeza, medo, raiva. Aprendia que o futebol era muito mais que detalhes técnicos e táticos. “A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana” (Nelson Rodrigues).
Em uma decisão do título mineiro, entre Siderúrgica e América, Noventa caiu e gritou de dor. O médico do Siderúrgica disse que poderia ser uma fratura, e que ele teria de sair. O truculento técnico Yustrich mandou-o ficar. Noventa, com uma tipoia, fez um dos gols do título. No outro dia, a imprensa só falava nisso. Testemunhei tudo de perto. Deveriam ter me entrevistado.
“Clássico é clássico”
O mais apaixonado torcedor do Cruzeiro reconhece que o Atlético é hoje superior. Por outro lado, o mais desanimado tem esperanças na vitória sobre o Galo. Discordo que clássico não tem favorito, quando um time é nitidamente melhor, o que não significa sempre que o favorito vai ganhar.
Réver mereceu a convocação para a seleção. Fábio, Victor e Diego Cavalieri também poderiam ter sido chamados. Todos estão, no mínimo, no nível dos outros três goleiros (Cássio, Jefferson e Diego Alves).
Se a Copa fosse hoje, Cássio não deveria ser convocado, pois tem menos tempo de titular em um grande time, mas é o que tem mais chances de evoluir e de se tornar um grande goleiro, como foram, recentemente, Dida, Rogério Ceni e Marcos, além do próprio Júlio César.
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