Elite" e as deturpações do dicionário das esquerdas
Não são umas gracinhas?
02 de janeiro de 2013
Do
ponto de vista etimológico, “elite” vem do francês “élite”, que significa “o que
há de melhor”. A definição de “elite” em português passou séculos sendo
exclusivamente “o que há de mais valorizado e de melhor qualidade,
espespecialmente em um grupo social”.
Aí
veio a tal da sociologia e disse que “elite” é uma “minoria que detém o
prestígio e o domínio sobre um grupo social”.
Mas
logo depois veio o PT, com seus sábios do quilate de um Emir Sader, Marilena
Chauí, Leonardo Boff e outros portentos, e resolveu que “elite” é o que há de
pior na sociedade, obviamente com o endereço certo, definindo praticamente tudo
que se opõe ao partido. Daí para “elite” virar uma ofensa grave foi um pulo.
Vide a definição do Zé (um
petralha do Observador Político que me motivou a escrever este post), que diz
que “elite” “são aqueles que têm a possibilidade de decidir sobre as coisas que
afetam o povo e que aumentam seu lucro, sua fatia de poder ou suas vantagens
auferidas”. A ignorância aliada à ideologia de porta de boteco dá nisso.
A
mesma coisa ocorreu com a “direita” no século passado, que de “conjunto dos
partidários de ideias conservadoras” passou ser, segundo a esquerda, “contrário,
hostil à democracia; antidemocrático; reacionário”, “que se opõe às ideias
voltadas para a transformação da sociedade” e “que ou aquele que defende
princípios ultraconservadores, contrários à evolução política ou
social”.
Enquanto isso, a “esquerda”
passou se autodefinir como o “conjunto de parlamentares que tradicionalmente
lutam por ideias avançadas”.
Não são umas gracinhas?
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