"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A NOTÍCIA MAIS INTRIGANTE DE 2012: ESTUDOS SOBRE O CÉREBRO DE EINSTEIN PODEM EXPLICAR SUA INTELIGÊNCIA FORA DE SÉRIE


O estudo dos pesquisadores Dean Falk, Frederick E. Lepore e Adrianne Noé, da Universidade do Estado da Flórida e Museu Nacional de Saúde e Medicina dos Estados Unidos, foi publicado originalmente pela revista médica “Brain”, em novembro, e repercutiu em jornais, revistas, rádios e televisões do mundo inteiro.


Eintein era mesmo diferente

Após a morte de Einstein em 1955, seu cérebro foi removido e fotografado de diversos ângulos, com a permissão de sua família. O órgão foi seccionado em 240 blocos, a partir dos quais foram preparadas lâminas histológicas – mas a maioria das fotografias, blocos e lâminas ficou perdida por mais de 55 anos. As 14 fotografias usadas pelos pesquisadores estão agora em poder do Museu Nacional de Saúde e Medicina dos Estados Unidos.

Os três cientistas estudaram minuciosamente14 fotografias tiradas do cérebro de Albert Einstein logo após sua morte, que mostram características incomuns. As imagens, nunca divulgadas e analisadas antes, apontam para uma maior complexidade do córtex cerebral do físico alemão. Essa região do cérebro, rica em neurônios, é responsável pelo processamento neural mais sofisticado.

O cérebro de Einstein tem um córtex pré-frontal extraordinário, o que pode ter contribuído para os substratos neurológicos que lhe deram suas conhecidas habilidades cognitivas.

O antropólogo Dean Falk, da Universidade do Estado da Flórida, afirmou que as imagens foram comparadas com fotos de 85 cérebros humanos considerados normais. A maioria das fotografias descobertas foi tirada de ângulos incomuns e mostram estruturas que não eram visíveis nas imagens que já haviam sido divulgadas.

###

DIFERENÇAS

De acordo com Falk, o achado mais surpreendente diz respeito à complexidade e ao padrão de concavidades e saliências do córtex cerebral de Einstein.
De acordo com os pesquisadores, esses complexos padrões podem ter sido responsáveis por dar à área cerebral uma grande superfície — o que pode ter contribuído para o desenvolvimento das habilidades cognitivas de Einstein.

Uma particularidade do cérebro do físico está na região somatossensorial, responsável por receber informações sensoriais do corpo. Nela, o lado correspondente à mão esquerda é mais expandido.
Os pesquisadores acreditam que isso pode ter contribuído para suas realizações ao tocar o violino, por exemplo.
Os lóbulos parietais (parte superior do cérebro) de Einstein também são incomuns e podem ter fornecido algumas das bases neurológicas para suas habilidades visuais, espaciais e matemáticas.

02 de janeiro de 2013
Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário