"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 2 de março de 2013

AS BOAS INTENÇÕES (OCULTAS) DA CÂMARA E DO SUPREMO...

Piada do ano: a Câmara pede e o Supremo concede autorização para Maluf ir aos EUA (onde seria preso ao desembarcar)


Embora 2013 esteja apenas começando, a iniciativa da Câmara Federal já pode ser
considerada a piada do ano. Sem se dar conta de que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) está na lista de procurados pela Interpol (polícia internacional) e não pode viajar para nenhum 190 países-membros, pois será preso ao desembarcar, a Câmara enviou ao Supremo Tribunal Federal um pedido para que o parlamentar paulista viajasse ao exterior, mais precisamente para os Estados Unidos.

O objetivo da ida de Maluf ao exterior seria representar a Câmara em um evento da ONU (Organização das Nações Unidas) neste mês, em Nova York. E a máquina burocrática da Casa simplesmente despachou a papelada ao Supremo.

O mais interessante é que o pedido, feito na semana passada, acompanhado de autorização da Câmara dos Deputados, acabou sendo aceito pelo ministro Ricardo Lewandowski, que despachou favoravelmente.

Diante dessa verdadeira piada, a assessoria do deputado federal se apressou em informar ao Supremo que Maluf havia desistido da viagem, sem apontar o motivo, é claro.

E o melhor de tudo isso é que Maluf não pode fazer nada para retaliar os funcionários da Câmara que despacharam o pedido ao Supremo, por que eles apenas cumpriram o dever.

02 de março de 2013
Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário