Em quase metade dos parques da cidade de São Paulo, o frequentador tem de fazer xixi no mato porque os banheiros estão sem manutenção. Os homens de negro do prefeito Fernando Haddad (PT) se atrapalharam, e os contratos não foram renovados. Mas que fique clara uma coisa: não é por falta de promessas! A Folha de hoje traz um dado realmente espantoso: as promessas da gestão do Supercoxinha já somam R$ 13,9 bilhões em mero 77 dias. Leiam trecho. Volto em seguida.
Por Giba Bergamim Jr.
Desde que assumiu a prefeitura, há 77 dias, o prefeito Fernando Haddad (PT) e seus secretários anunciaram 13 medidas que custarão ao menos R$ 13,9 bilhões para ser colocadas em prática. As medidas anunciadas incluem promessas de campanha e novos projetos. As promessas englobam a construção de unidades hospitalares, incentivos financeiros a empresários que construírem creches, o Bilhete Único Mensal, entre outras.
Por dia, são cerca de R$ 180 milhões em promessas desde 1º de janeiro. Para arcar com os custos, além do dinheiro do caixa do município, a prefeitura pretende recorrer a verba dos governos estadual, federal (em ao menos 5 iniciativas) e de empresas, por meio de parcerias público-privadas.
Como comparação, os R$ 13,9 bilhões equivalem a um terço do orçamento da cidade. O valor total é três vezes e meia maior do que o gasto nas obras da 1º fase da linha 4-amarela do Metrô (R$ 3,8 bilhões). Os anúncios se dão num momento em que não há folga nas finanças paulistanas.
Em janeiro, para tentar equilibrar as contas, Haddad determinou o congelamento de R$ 5,2 bilhões do orçamento deste ano, ou 12% da receita prevista. Não foi suficiente: há três semanas, o prefeito determinou que seus secretários cortassem 20% de todas as despesas, revendo contratos.
Boa parte das metas é difícil de ser cumprida num único mandato, dizem especialistas ouvidos pela Folha. (…)
Nessa conta, devem-se incluir investimentos para a construção do espaço que pode abrigar a Expo 2020, em Pirituba. São cerca de R$ 4,5 bilhões para desapropriação do terreno e construção do centro de convenções. O governo federal já anunciou que dará R$ 680 milhões, e a construção também terá parceria com empresas.
Já havia aqui chamado a atenção de vocês para esse aspecto. A cada problema da cidade, Haddad desaparece e manda um secretário seu anunciar uma grande obra, um grande projeto, alguma monumentalidade.
E, como se pode deduzir do que vai acima, o homem é doido por fazer obras com o chapéu alheio. Chamem um secretário de Haddad, ele prometerá mundo e fundos, desde que o estado ou o governo federal deem a grana.
Aí, convenham, é bolinho, né? Não que eu ache ser possível fazer obra sem dinheiro. Mas o que parece, e é mesmo!, absurdo é que se prometa isso ou aquilo na dependência de outro ente da federação liberar o dinheiro. E se a bufunfa não aparecer? Aí Haddad culpa os outros.
Esse é o melhor método de gestão do mundo. O prefeito entra com aquela cara de bebê chorão indignado, e os outros, com dinheiro. O Supercoxinha criou o PAP: Programa de Aceleração das Promessas.
18 de março de 2013
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