Hoje, 17 anos depois do crime, começa a ser julgado, em Maceió, por meio de júri popular, o assassinato do tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor, PC Farias e de sua namorada, Suzana Marcolino.
Isso me faz lembrar da primeira - e única - vez que fui chamado a depor em juízo como testemunha da morte de meu pai: exatos dez anos depois do acontecido.
Arguido pela juíza, que me pediu uma descrição da cena do crime, disse:
- Bom, meritíssima, a senhora há de convir que dez anos depois as coisas não estão mais tão claras assim...
E fui interrompido por ela da maneira mais grosseira possível:
- Limite-se a responder o que eu estou perguntando!
O que foi seguido de um bico na minha canela por baixo da mesa, aplicado pelo meu tio e advogado, como alerta para que eu fizesse exclusivamente o que ela ordenara.
06 de maio de 2013
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