Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
OPERADOR DO MENSALÃO, VALÉRIO AINDA ESTÁ NA ATIVA
Primeiro depoimento na 9 vara criminal da JUstiça Federal de Marcos Valério, acusado de sonegação fiscal
BELO HORIZONTE - O escândalo do mensalão e as dezenas de processos em que figura como réu na Justiça não foram suficientes para tirar de cena Marcos Valério Fernandes de Souza, o lobista acusado de operar o maior esquema de ocultação e desvio de recursos por políticos brasileiros. Às vésperas da definição da data do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Valério está mais atuante do que nunca e despacha em escritório localizado no sexto andar do número 925 da Rua Sergipe, em Belo Horizonte. É a sede da T&M Consultoria Ltda, antiga Tolentino & Melo Assessoria Empresarial, que teve oficialmente Valério como sócio até 2005, ano em que o escândalo da base petista veio à tona.
No papel, Valério deixou a sociedade com Rogério Tolentino e José Roberto de Melo, mas, na prática, ele continua atuante na empresa de consultoria e ainda a cita, em ações na Justiça, como seu endereço comercial. Contratar a empresa virou sinônimo de sucesso profissional em negócios com o poder público. Caso da então modesta ID2 Tecnologia e Consultoria, empresa de Brasília fundada em 2004, que desenvolve softwares e que pagou pouco mais de R$ 200 mil pelos serviços da T&M em 2007.
O contato com a consultoria ligada a Valério foi a senha para a empresa abocanhar serviços milionários do governo federal. Pouco mais de um ano depois, foi contratada pelo Ministério do Turismo por R$ 14,9 milhões para fornecer software de apoio à administração. Em 2010, novos contratos com os ministérios do Esporte, Minas e Energia, Saúde e Valec somaram R$ 37,1 milhões.
Serviços para construtora falida
O valor total dos cinco contratos ultrapassa R$ 52 milhões. Quatro deles têm objeto idêntico, com previsão de "aquisição de tecnologia com painéis e gerenciadores gráficos, softwares e serviços vinculados". Antes disso, o único contrato com o poder público da ID2 Tecnologia era com o STF, de quem recebia R$ 19,8 mil mensais para dar suporte técnico ao software usado como ferramenta de gestão na área de serviços gerais do órgão.
A construtora baiana Concic também contratou os serviços da T&M em 2007. Apesar de falida desde o início dos anos 90, pagou R$ 850 mil à empresa ligada ao lobista, de acordo com informações contábeis da consultoria. A Concic deve R$ 495 milhões (R$ 5 bilhões, em valores atualizados) ao Banco Econômico, o que a torna maior devedora da instituição, sob intervenção do Banco Central desde 1995.
O pagamento à empresa de consultoria ligada a Tolentino e Valério ocorreu por intermédio da filial da construtora em Belo Horizonte. Nessa época, a Concic brigava no Tribunal de Justiça da Bahia para fazer valer uma atípica decisão proferida anos antes pelo juiz da Quarta Vara Cível e Comercial de Salvador (BA), José Bispo Santana, que a transformava de devedora a credora do Econômico, por cobrança de juros supostamente abusivos em contratos de empréstimo. Em julgamento que começou naquele ano, o Econômico conseguiu reverter a decisão, por 15 votos a 1. A falta de unanimidade retardou ainda mais o processo e permitiu novos recursos no âmbito estadual. Hoje, o assunto está em discussão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Julgamento do mensalão será 'maior espetáculo midiático', diz Delúbio
Esses são os cafajestes com a antiga máquina registradora no cérebro, porque a digital moderna não se adequaria aos "dedaços antigos e pesados". O moderno e seguro para alguns deles, é guardar o dinheiro debaixo do colchão....
Está se tornando habitual, ladrões do dinheiro público, saírem a campo dando palpites, como se fossem o SUPREMO Tribunal da defesa deles próprios, e de todos os crimes praticados pela maior Corja de ladrões do planeta.
Essa é a espécie que ocupa o topo da pirâmide da política brasileira, com raras exceções de homens dignos e honrados. Movcc
Folha Poder
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares afirmou que o julgamento do processo do mensalão será "o maior espetáculo midiático do Brasil". Em evento em Goiânia durante a semana, ele apresentou os argumentos de sua defesa no STF (Supremo Tribunal Federal).
Delúbio é apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema. Se for condenado, pode pegar até 111 anos de prisão pelos supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
"Houve um problema de deficit de campanha. As pessoas do PT e dos partidos aliados recorreram aos partidos e coube ao tesoureiro do PT na época --pessoa jurídica de tesoureiro do PT, que era eu--, e resolvemos pegar dinheiro emprestado com os bancos e demos o dinheiro para as pessoas pagarem as dívidas. Se as pessoas não contabilizaram o dinheiro na Justiça Eleitoral, o problema é de quem pegou e de quem prestou serviço a eles. O dinheiro tem origem, por isso que nós saímos do termo caixa dois para os recursos não contabilizados. Foi isso que aconteceu", disse.
O ex-tesoureiro ainda alegou inocência e afirmou não ter comprado deputado. "Não comprei parlamentar para votar com o governo. Tenho a consciência limpa, tranquila. Ando para todo lado, não tenho medo de ofensa. Mas me preservo. Quero e acredito na Justiça."
Thiago Herdy, O Globo
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