"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ANTISSEMITISMO SOCIALISTA

Não existem distinções entre os autoritarismos, não importa a sua forma.

Circula na mídia um mito, credo comum aos ativistas de esquerda, que acreditam no domínio do estado sobre a política e sobre a economia, e que se resume numa frase desconexa da realidade: “no socialismo não pode haver antissemitismo”.

Na verdade, essa ficção referida ao socialismo político, ou seja, ao totalitarismo, seja ele de que natureza for e revestido de qualquer rótulo, não se sustém diante de uma revisão histórica que não necessita ser muito rigorosa.
Basta recordar, como exemplo, os numerosos episódios ocorridos na extinta União Soviética, caracterizados por um dos mais cruentos antissemitismos jamais vistos, posto em prática pelo estado soviético, que usava essa cruel discriminação contra os judeus conforme a sua conveniência política e geopolítica circunstancial.

O regime socialista soviético instaurou métodos de perseguição, maus tratos, e proibições à sua população judia e, destarte, aliou-se a países igualmente socialistas inimigos de Israel com o fim de promover, em âmbito internacional, uma imagem diabólica do Estado Judeu, apoiando resoluções, na ONU, que mostravam a dubiedade e a discriminação odiosa com que mediam uns em relação ao país a que procuravam deslegitimar.

Além do mais, enviou armas aos países árabes que pretendiam (e ainda pretendem) a destruição de Israel, inclusive com o envio de soldados soviéticos para participar dos conflitos, especialmente no manejo de mísseis e tanques de guerra.

Recentemente, com a derrubada do regime soviético e a chegada do regime democrático às ex-nações escravizadas por Moscou, os judeus dessas nações puderam organizar suas comunidades com certe autonomia e tranquilidade, graças a uma liberdade religiosa que de há muito não desfrutavam, mais de acordo com a pluralidade de cultos que se estabeleceu.
Não obstante, no plano internacional, a Rússia continua provendo armamentos e tecnologia bélica aos países que constituem ameaças explícitas para os judeus, para seus próprios povos e para o mundo, principalmente ocidental, entre os quase se destacam a Síria e o Irã.

A verdade que se firma é a de que não existem distinções entre os autoritarismos políticos socialistas, não importa a sua forma, seja essa forma a soviética, a nazista, a fascista, a islamo-fascista, a maoísta, a polpotista, a norte-coreana, a castrista, ou a chamada “bolivarianista”...

Qualquer que seja o seu rótulo, eles serão sempre arbitrários, representativos de uma reduzida minoria, e se manterão no poder com mão de ferro e com profundo desprezo pelos direitos humanos, praticando o famigerado capitalismo de estado pelo qual se apropriam da riqueza gerada pelas pessoas. Seus adeptos formam hoje, em muitos países, uma espécie de ‘burguesia estatal’ e seus politburos escravizam seus povos para manter um estilo de vida nababesco e luxuoso à custa da miséria igualitária que distribuem.

BEATRIZ W. DE RITTIGSTEIN para o jornal venezuelano ‘EL UNIVERSAL’ – 27 de dezembro de 2011
Tradução de FRANCISCO VIANNA

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