Nesta época de notícias esportivas esporádicas, num futebol que não se renovará em 2012, o fato mais destacado é a situação do ”Ronnie” e, não por acaso envolve cifras, valores, dólares, reais, etc, etc.
Não seria imbecil em negar que Ronaldinho foi um craque. Foi, disse, porque hoje deixou de sê-lo. E não é porque se desaprenda de jogar futebol é, na minha opinião, por vontade própria.
Seu fastio pelo profissionalismo, sua indiferença, só não são maiores que sua duvidosa formação de caráter que iniciou quando saiu do Grêmio e continuou em toda sua carreira, bem ou mal orientado pelo seu Empresário Assis Moreira, não por acaso seu irmão.
Agora renovou contrato com o Flamengo. Renovou mas não recebeu os valores atrasados e assim a novela continua. Se, com os salários em dia, Ronaldinho é omisso em campo, imagine-se na situacão atual. Por enquanto faz de conta que joga, enquanto o Fla, banquirroto faz de conta que vai pagar.
Se, no seu retorno incensado ao Brasil a Traffic não conseguiu os patrocínios necessários para honrar seu milionário salário, parece-me que agora que já tem currículo de vaias no Maracanã e caiu na real será mais complicado resolver o problema.
Enquanto isso segue nas manchetes, graças ao seu passado, à falta de ídolos no futebol atual e a necessidade da mídia, especificamente a carioca, em criar factóides ainda mais quando está junto o Flamengo, o clube mais popular do país.
Também é por essa razão que Ronaldinho Gaúcho, aquele que não consegue desembarcar livremente em Porto Alegre, sem ser hostilizado, é o meu personagem da semana.
Moisés Pereira
Porto Alegre
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