Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 19 de março de 2012
LÍDER DO PT: NÃO SE DEVE TRATAR IDELI COMO GENI
Líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA) saiu em defesa da ministra Ideli Salvatti. Acha que não é correto culpar a coordenadora política de Dilma Rousseff pela crise que eletrifica as relações do governo com sua base congressual.
Pinheiro traçou um paralelo entre Ideli e uma personagem do cancioneiro popular: “Como diz o nosso velho e bom Chico Buarque, fazendo uma analogiazinha, é o ‘joga pedra na Ideli’. É fácil fazer isso, responsabilizá-la.”
Fácil, porém, impróprio, disse Pinheiro. Para ele, desde que assumiu a pasta das Relações Institucionais, Ideli não fez senão aprimorar o relacionamento com as bancadas que integram o condomínio governista.
Por que, então, a crise? Para Pinheiro, o principal problema que havia no Senado era um conflito interno na bancada do PMDB. O partido já não se sentia representado por Romero Jucá, até a semana passada líder do governo.
Daí a decisão de Dilma Rousseff de trocar Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM). Para complementar a mudança, acrescentou Pinheiro, o governo precisa aperfeiçoar sua relação com os aliados.
“Mesmo que seja para dizer não. O silêncio ou o desprezo é pior do que qualquer coisa”, declarou. Acha que, para eliminar os “ruídos”, Ideli precisa, por exemplo, assegurar que os ministros deem atenção aos congressistas.
“A ministra tem de puxar a orelha dos ministros. Essa é uma das tarefas dela.” Sugere inclusive a instituição de uma espécie de “plantão do ministro” no Legislativo.
Na opinião de Pinheiro, é preciso acabar com “essa história de que ministro não vai [ao Congresso]. Qual é o problema? Seja para projeto, seja para programa, para responder a acusação… Qual é o problema?”
Acrescentou: “Ministro não pode ter medo de ir à Casa legislativa. Comigo não tem essa história de blindagem. Ministro tem de se dispor a isso.” Não exclui do “plantão” nem mesmo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Conforme noticiado aqui no final de semana, inaugurou-se nos subterrâneos do condomínio governista um movimento para levar à bandeja o escalpo de Ideli. As críticas à ministra desconsideram um detalhe essencial: ela não faz senão ecoar Dilma.
19 de março de 2012
Josias de Souza
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