Presidente de órgão responsável pelo Enem deixa cargo
O Ministério da Educação confirmou nesta quinta-feira a primeira mudança na sua cúpula, com a saída de Malvina Tuttman da presidência do Inep. O órgão é responsável pela realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
O Inep informou que a saída da professora, que é ex-reitora da UniRio, foi decidida em reunião com o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Em uma nota no site do Inep, Malvina afirma que viveu intensamente o órgão e aprendeu o valor de ser uma "inepiana".
"Saio fisicamente desse importante instituto, mas me sentirei sempre presente em cada sonho realizado e em cada ação desenvolvida pelos servidores do Inep. Para avançar na educação, o Brasil precisa de um Inep forte e o instituto está pronto para cumprir este desafio".
O principal cotado para assumir a sua vaga é Luiz Cláudio Costa, atual secretário de Ensino Superior do MEC.
Ainda na tarde desta quinta-feira, a secretária de Educação Básica do ministério, Maria do Pilar Lacerda, informou que também está deixando o cargo.
Ela postou em seu perfil no Twitter que será substituída pelo membro do CNE Cesar Callegaria. "Daqui a pouco, primeira reunião de transição com o novo secretário de educação básica, César Callegari. Desejo sorte, energia e bom humor!".
No fim da tarde de quinta-feira, o Ministério da Educação confirmou também a saída de Lacerda. As duas foram comunicadas hoje pelo ministro Aloizio Mercadante de que não permaneceriam no cargo.
O MEC afirma que as mudanças são "próprias de uma nova gestão e que não têm nenhuma conotação política". A pasta afirma que novas mudanças ocorrerão e que os substitutos serão anunciados "oportunamente".
GESTÃO
Malvina Tuttman completou neste mês um ano a frente do Inep. A professora assumiu para tentar corrigir problemas na realização do Enem e no Sisu (Sistema de Seleção Único), que usa o exame como critério para selecionar os candidatos para as instituições públicas de ensino superior.
A última edição do Enem antes de sua posse havia apresentado uma série de falhas na impressão das provas. O Sisu também apresentou problemas de lentidão no momento da inscrição e alguns candidatos conseguiram acessar pela internet dados dos concorrentes, o que o Ministério Público Federal classificou como vazamento.
Poucos meses depois de Malvina assumir o cargo, o Inep anunciou que seriam realizadas duas edições do Enem em 2012, uma delas no primeiro semestre, além da outra tradicionalmente realizada em outubro. Uma portaria do órgão estabeleceu inclusive as datas para o exame do início do ano: 28 e 29 de abril.
O ministro Fernando Haddad, que saiu para concorrer à prefeitura de São Paulo, enfrentou há uma semana o desgaste de anunciar o cancelamento do exame pois uma consultoria contratada apontou que não haveria condições.
Além disso, foi na gestão da professora Malvina que alunos do Colégio Christus tiveram acesso antecipado a 14 questões do Enem. Isso porque dois cadernos de um pré-teste do exame, realizado em outubro de 2010 no colégio, foram copiados por funcionários do colégio e as questões, exibidas aos alunos.
A Polícia Federal indiciou um professor e uma coordenadora do Christus por estelionato, por conta do vazamento. O colégio nega a participação dos dois.
26 de janeiro de 2012
Renato Machado, de Brasília
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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