A produtividade das terras no sul da Argentina é impressionante. Digo isso, porque em fevereiro/março de 1969 passei 30 dias na região compreendida entre Bahia Blanca e Azul, fazendo demonstração dos implementos agrícolas que fabricávamos no Rio Grande do Sul.
Em 1970, já fabricávamos implementos agrícolas até na filial de Ponta Grossa. Não eram para a lavoura de café e sim para trigo, milho e soja. Londrina, Maringá, Campo Mourão, Cascavel, Toledo, já tinham lavouras muito bem mecanizadas em 1975, com boa produtividade.
Estive em Brasília e participei de reuniões com o então ministro Allyson Paulinelli. Quando há comentaristas que falam de “agronegocistas”, deve se tratar de cafeicultores, pois o pessoal das outras culturas era trabalhador e não pedia favores para governantes.
Mario Henrique Simonsen, quando assumiu o Ministério da Fazenda, numa de suas primeiras medidas, cortou substancialmente o crédito agrícola, fazendo com que despencassem os negócios, tanto na indústria como no campo. Muitas empresas que acreditaram no “Plante que o Brasil garante” (governo Médici) ou “Plante que o João garante” (governo Figueiredo), quebraram.
Ainda na agricultura, veja-se a imbecilidade do governo FHC. Quando o produtor brasileiro estava se preparando para a colheita de milho, creio que em 1995, e o saco estava cotado para ser vendido à 7,50, importou excedente de milho de outros países e colocou no mercado brasileiro à menos do custo.
Resultado, os agricultores brasileiros tiveram que entregar a mercadoria abaixo do custo para poder pagar suas contas. Essa política praticada por um sociólogo metido à político e por trapalhões metidos a ministros, custou aos cofres brasileiros uns 10 anos de renegociação de dívidas.
Já disse aqui muitas vezes, mas não custa repetir: – Não foi a concorrência entre si que quebrou a indústria nacional, mas sim as políticas de governo. Aliás, quase não mais existe indústria nacional. Pagaremos caro por isso.
Martim Berto Fuchs
25 de fevereiro de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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