Depois de “os livro”, “a gente fomos” e “dez menos quatro é igual a sete”; a revolução educacional do governo continua a todo vapor criando os brasileiros que tocarão o “futuro brilhante” de nossa nação.
Uma prova aplicada pelo pessoal do “Todos Pela Educação” revelou o que todo mundo está “careca” de saber e só o governo finge desconhecer: Nossas crianças estão entregues à própria sorte e são formadas em centros de emburrecimento; verdadeiras fábricas de analfabetos e sequer conseguem fazer operações matemáticas básicas.
A “Avaliação Brasileira do Final do Ciclo de Alfabetização” é um exame criado para medir a qualidade da alfabetização e a acuidade em matemática dos estudantes que completam o chamado “Terceiro Ciclo” (3º Ano do Fundamental, antigo Primário).
As crianças são avaliadas em sua desenvoltura para ler pequenos textos (dez linhas); escrever redações (também de dez linhas); estruturar e compreender ideias; identificar personagens; entender e reproduzir uma estrutura de texto (começo, meio e fim); assim como a realização de operações matemáticas simples (soma e subtração) com um ou dois algarismos.
Os resultados foram simplesmente dantescos e mostram um Raios-X pavoroso do futuro de nossos cidadãos que, a continuarem sua carreira estudantil nesses moldes, serão incapazes de levar uma vida profissional plena de oportunidades e estarão destinados ao subemprego e a dependência eterna de programas sociais (afinal é isso o que “eles” querem).
Apenas alunos das escolas particulares conseguiram se salvar atingindo e ultrapassando as médias pedidas pela avaliação. Já nas escolas públicas, em especial em matemática, apenas 32,6% dos alunos avaliados conseguiram atingir o mínimo esperado (74,3% nas particulares).
Em português, cuja avaliação foi dividida entre leitura e escrita, só 48,6% dos alunos de escolas públicas conseguiram atingir as notas mínimas na parte de leitura (contra 79% das particulares). Em relação à escrita, dos alunos das escolas públicas somente 49,3% obtiveram a pontuação mínima contra 82,4% das particulares.
As avaliações foram aplicadas em todas as capitais do país e revelam que essas diferenças apenas tendem a se ampliarem ao longo da vida acadêmica do estudante. A conclusão do levantamento é de que uma urgente e imediata mudança na forma como nossas crianças são ensinadas se faz necessária e é preciso corrigir os rumos da educação, o mais rápido possível, sob pena de um futuro de impossibilidades tanto para nossos jovens quanto para o país, que não poderá crescer sem mão-de-obra capaz de assumir os postos de trabalho criados.
O mais dramático é que os alunos formados pelas escolas públicas (a continuar o mesmo ritmo) não estarão apenas fora do mercado de trabalho de alta complexidade e capacitação; mesmo as profissões que não exijam grande conhecimento técnico ou complexidade estarão fora do alcance de uma legião de jovens e adultos incapazes de compreender textos de dez linhas e realizar operações matemáticas básicas como soma e subtração. Seremos uma nação de descerebrados.
Na verdade, esse fenômeno já é visto hoje. Muitas capitais e cidades do interior vivem situação de pleno emprego e, mesmo assim, ainda há um grande número de desempregados. Tal fato se deve a incapacidade dessa mão-de-obra de qualificar-se justamente devido ao seu déficit de aprendizado.
Exigir maior participação das famílias; maior comprometimento e qualificação dos professores; melhor qualidade dos equipamentos escolares e livros; melhores salários e condições de trabalho para diretores, mestres e funcionários; um currículo escolar mais moderno e eficiente; menos doutrinação política e mais preparação para a realidade do mundo competitivo em que vivemos e uma reformulação geral, nos conceitos educacionais que aplicamos até agora, são as formas de libertar nossas crianças das garras do obscurantismo, da apatia intelectual e do ostracismo econômico que advém da miséria e da incapacidade de superá-la por seus próprios méritos.
Manter nossas futuras gerações em condições de déficit intelectual tão acentuado seja o segredo do sucesso de um governo podre (aqui me refiro não só a “Era PT”, mas a qualquer governo que assim atue), corrupto e que se preocupa apenas em jogar esmolas ao povo que carece de formas verdadeiras de melhorar de vida.
Afinal de contas; se tivéssemos cidadãos plenamente capazes de exercer a sua cidadania e formados intelectualmente por escolas de ponta, certamente seria muito difícil algumas personalidades de hoje serem aplaudidas nas praças e nos comícios. Muito mais provável seria que estivessem jantando uma bela “quentinha” (“marmitex”) na cadeia mais próxima.
Pense nisso
Arthurius Maximus
agosto 26th, 2011
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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