O governo estudou formas de punir os líderes dos clubes militares que assinaram a nota criticando a presidente Dilma Rousseff por não ter vindo a público desmentir declarações de duas ministras sobre a ditadura. Durante a conversa que os comandantes das Forças Armadas tiveram com os oficiais da reserva na última quarta-feira para fazê-los recuar do manifesto, um dos assuntos discutidos foi a possibilidade de punição pela crítica pública à comandante suprema das Forças Armadas.
Segundo a repórter Junia Gama, do Correio Braziliense, um funcionário da cúpula jurídica do governo disse ao Correio que a atitude dos integrantes da reserva era uma demonstração de desrespeito ao superior e que, portanto, merecia uma punição. “O que eles fizeram foi um crime. Houve uma quebra clara de hierarquia”, apontou.
O que se sabe é que a presidente Dilma Rousseff, irritada com os militares da reserva pelas críticas polêmicas publicadas em nota contra o governo, acionou o ministro da Defesa, Celso Amorim, para que enquadrasse o grupo.
Em plena quarta-feira de cinzas, Amorim convocou uma reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, mais o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, e expressou sua contrariedade com o manifesto do Clube dos Militares, divulgado na semana passada.
A forte reação da presidente Dilma, materializada no puxão de orelha que Amorim deu nos comandantes militares, surtiu efeitos rápidos e o site do Clube Militar publicou nota em que os presidentes da entidade “desautorizam” o texto anterior, que havia sido assinado por eles próprios.
Segundo um integrante da cúpula do Ministério da Defesa, durante a reunião, que levou à publicação da retratação, Amorim teria dito aos comandantes que o Clube Militar extrapolou no direito à manifestação ao fazer referência a uma atitude da presidente Dilma Rousseff, já que ela é a comandante suprema das Forças Armadas. “A crítica à presidente é inaceitável. Foi um erro grave do Clube Militar”, apontou o interlocutor do ministro.
Traduzindo tudo isso:
1) Os governo FHC, Lula e Dilma dobraram a espinha dos comandantes, que permitiram o sucateamento de seus equipamentos e a desmoralização das três Forças Armadas.
2) Divulgar um importante manifesto conjunto e depois voltar atrás, mostra que já não se fazem mais militares como antigamente.
3) Militar da reserva tem direito de se expressar politicamente.
4) Os três Clubes militares deveriam passar a se dedicar apenas a atividades como jogar sinuca, paciência e bocha, com incursões nas danças de salão..
25 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Francamente! O que mais se pode dizer diante de tais fatos?
O que esperar das três forças armadas ante o desdobramento do atual contexto político?
Creio que apenas resta o eleitor. Que haja consciência política para as eleições que se aproximam. Em suas mãos, e na dos políticos conscientes da gravidade que pesa sobre o país, cabe envidar esforços para a mudança.
PT nunca mais. Que sejam sepultados nessas eleições os políticos que atuaram e colaboraram para que o país chegasse a esse descalabro.
No mais...
m.americo
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
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