A vida é o nosso bem mais importante, entretanto o homem persiste em sua caminhada rumo a destruição do palco em que ela se desenrola. Desde a Eco 92/Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e
Desenvolvimento) poucas ações foram executadas em escala mundial de modo a reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.
Os EUA se recusaram naquela ocasião a diminuir os efeitos devastadores de sua atividade industrial altamente poluidora, sob a alegação de que causaria desemprego. Imaginem agora, depois da eclosão da crise de 2008, na qual se recuperam lentamente da queda da atividade industrial, causadora da perda de milhares de empregos na nação mais rica do globo?
A Rio 92 está prestes a completar 20 (vinte) anos, no entanto, novas discussões estarão na pauta em junho na Conferência Rio+20. Um palco semelhante para tratar das questões ambientais, as quais, infelizmente se agravaram ao longo do citado período.
Será que os países desenvolvidos novamente nada farão para reduzir os danos ao meio ambiente da ação de suas fábricas, de suas siderúrgicas, etc…?
Como sempre, os emergentes e países subdesenvolvidos é que serão obrigados a deixarem suas matas intactas, porque acima da linha do Equador não existem mais.
A humanidade paga um preço absurdo pelo crescimento industrial das nações. Houve um intenso crescimento da atividade industrial da China e da Índia, principalmente do nascente império chinês, que polui o meio ambiente em escala estratosférica.
Países emergentes também utilizaram seus recursos naturais em larga escala, na extração de minerais e na utilização do solo para produzir alimentos em escala geométrica. Nessas atividades o consumo de água superou todas as expectativas dos especialistas em Meio Ambiente.
Além da poluição industrial, os dejetos do esgotamento sanitário sem tratamento vão matando os rios que atravessam as grandes cidades. O drama do Rio Tietê, praticamente morto no Estado de São Paulo, é muito menor do que o do Rio Amarelo na China, que de tão poluído não desemboca mais no mar. Os rios que atravessam as grandes cidades de todo o mundo estão poluídos inapelavelmente.
Para agravar ainda mais o quadro desalentador, cresce indiscriminadamente o desmatamento de áreas próximas as nascentes e nas cercanias dos rios para dar lugar as pastagens e as plantações agrícolas (soja, milho, café, canaviais), que utilizam defensivos agrícolas extremamente poluidores. Somados aos resíduos químicos das indústrias despejados in natura nos rios e que seguem para os oceanos, temos em consequência a mistura explosiva que abala a fauna marinha e a saúde da população que bebe essa agua de má qualidade.
A atividade exploratória de petróleo em águas profundas, nos EUA, na Inglaterra, na Noruega e no Brasil, com seus constantes vazamentos de óleo cru, agrava o quadro de poluição dos mares.
Todas essas questões serão colocadas na mesa de discussões da Conferência RIO +20 ou teremos mais uma reunião turística apenas para inglês ver e lotar os hotéis do Rio de Janeiro?
30 de março de 2012
Roberto Nascimento
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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