O presidente da OAB/RJ, Wadih Damous, defende mudanças na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após a renúncia do seu ex-presidente Ricardo Teixeira e a entrada em seu lugar do ex-governador biônico de São Paulo, José Maria Marin.
Para Damous, uma das mudanças urgentes “é a limitação para a reeleição ou para o tempo em que dirigentes fiquem à frente das entidades. É preciso que haja mudanças não apenas de nomes, mas de estatutos, métodos e procedimentos. E não só na CBF, mas também nas demais entidades ligadas a outros esportes”.
“Não é aceitável”, explica Damous,” que os clubes, destinatários da paixão brasileira pelo futebol, vivam à míngua, endividados e destituídos de poder decisório, enquanto a CBF e as federações nadam em dinheiro”.
A seu ver. “é preciso que o debate aberto com a saída de Teixeira abra caminho para uma reforma de fundo na estrutura do esporte. Já é hora de o futebol brasileiro ser comandado por aqueles que o amam e não por quem o trata como mercadoria lucrativa”.
Sobre a renúncia de Ricardo Teixeira, que dirigiu a entidade durante mais de duas décadas, o presidente da OAB afirma que a saída do dirigente não chegou a ser surpresa. “Ela já era objeto de especulações, e não devido a problemas de saúde do dirigente. Estes podem até existir, mas, ao que parece, não foram responsáveis pela saída de Teixeira”.
Waldih Damous cita diversas ações judiciais e inquéritos no Ministério Público, relacionados com questões de natureza ética e que o tinham como alvo, faziam sua situação cada vez mais difícil. Além disso, salienta Damous que “por conta de divergências internas, a Fifa ameaçava tornar pública sua condenação na Suíça por suposto recebimento de propinas.
“Se a saída de Teixeira pode ser um primeiro passo para a democratização da entidade, está longe de garanti-la. Há o risco de que a mudança de nomes não leve ao fim de antigos vícios. Assumiu a presidência da entidade José Maria Marin, dirigente da Federação Paulista de Futebol, ex-governador biônico e político que fez carreira nos tempos da ditadura”, lamenta.
20 de março de 2012
Paulo Peres
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
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"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
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