Nos dias que correm, os antissemitas fazem plantão nas redações dos pequenos e grandes jornais, nas agências de notícias, blogs, sites e redes sociais. Nenhuma notícia sobre Israel deve ser publicada sem que sejam utilizados os termos aprovados pelo código de ética desses zelosos antissemitas. Tão seguros eles se encontram hoje no controle das mídias que nem percebem os deslizes que cometem no afã de destruir os judeus através da diabolização de Israel.
Não me dou mais ao trabalho de coletar essas matérias, tão abundantes, variadas e multifacetadas, para um dossiê do futuro, que poderia explicar de modo bastante didático, às gerações vindouras, como foi possível, em pleno século XXI, num mundo tão bem informado, um segundo Holocausto dos judeus.
Seguindo o código de ética dos antissemitas de plantão, as notícias devem fazer os leitores acreditarem que Israel ataca Gaza gratuitamente, numa rotina de ofensivas sem motivação, por pura crueldade. Todo ciclo de ataques e retaliações deve, segundo o código de ética antissemita, ser sempre iniciado pelos israelenses, jamais pelos palestinos. Sempre em resposta, os palestinos revidam, mas só para marcar sua posição de heróica resistência contra os agressores sionistas, em legítima defesa.
Tamanha distorsão indica que os antissemitas de plantão se sentem bastante confiantes em suas manipulações dos fatos. Sem se dar mais ao trabalho de tomar cuidado com as palavras na preservação de um mínimo de pensamento lógico, um grande jornal já pode apresentar aos seus leitores, em boa parte doutrinados pelo código de ética antissemita, o revide israelense como um ataque e o ataque palestino como um revide, somando mais um grão de areia na ampulheta antissemita que marca o tempo que resta aos judeus antes da execução do Holocausto II.
30 de abril de 2012
Luiz Nazário
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