"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de abril de 2012

CADA VEZ MAIS RICAS, AS CENTRAIS SINDICAIS HOJE FAZEM PARTE DA CHAMADA "BASE ALIADA"

 

As centrais sindicais estão cada vez mais fortes e poderosas. Sob argumento do aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, o governo federal dobrou, em três anos, o valor repassado às principais centrais sindicais, que preparam festas milionárias para celebrar o feriado do Dia do Trabalho. Mas acontece que a justificativa não procede, porque o número de trabalhadores formais não dobrou no mesmo período.

É só fazer as contas. O bolo destinado às centrais saltou de R$ 62 milhões em 2008 para R$ 124 milhões no ano passado, segundo levantamento feito pelo Ministério do Trabalho a pedido da Folha de S. Paulo. Se o ritmo de crescimento se mantiver, a quantia vai ultrapassar os R$ 150 milhões em 2012.
O dinheiro representa 10% da receita com o imposto sindical.

A contribuição anual equivale à remuneração por um dia de serviço e é obrigatória mesmo que o trabalhador não seja sindicalizado. A cobrança está sendo questionada e pode ser extinta pelo Congresso Nacional.

Traduzindo tudo isso: não é por mera coincidência que as centrais sindicais estejam tão governistas. Criadas para defender os trabalhadores, na verdade essas entidades passaram a faze parte da chamada “base aliada”. E ainda levaram a reboque a União Nacional dos Estudantes (UNE), também de saudosa memória.

30 de abril de 2012
Carlos Newton

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