"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 30 de abril de 2012

VÍDEOS MOSTRAM LIGAÇÃO DE CACHOEIRA COM POLICIAIS FEDERAIS. ASSISTA O VÍDEO.

Vídeos inéditos feitos pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo mostram as ligações do grupo de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com policiais acusados de corrupção e acompanham até mesmo um suposto pagamento de propina em uma igreja. As imagens são as primeiras que surgem na operação Monte Carlo e foram reveladas ontem com exclusividade pela “TV Folha”.
Os vídeos se complementam com os áudios obtidos pela PF na operação que levou o Ministério Público Federal a denunciar 81 pessoas e revelou as relações de políticos, servidores públicos e policiais civis e federais com o empresário acusado de comandar jogos ilegais.
Detentor de prestígio na PF até a deflagração da operação, em 29 de fevereiro, o delegado federal Fernando Byron é apontado como um dos principais informantes de Cachoeira dentro do aparato policial de Goiás. Ele foi preso e afastado de suas funções na PF.
No dia 3 de maio de 2011, Byron prometeu a Cachoeira assumir o controle de uma ação a ser realizada pela PF de Anápolis em combate ao jogo ilegal. O objetivo do delegado, segundo a PF, era proteger os negócio de Cachoeira.
De acordo com o relatório, Byron direcionaria as batidas apenas para pontos pré-definidos pelo empresário. No dia seguinte, Byron e Cachoeira voltam a se falar e marcam um encontro.
“E ai, guerreiro!”, diz o delegado. “Vamos agora? Eu tô indo pra lá”, responde Cachoeira. A PF filmou os passos de Byron.
Ele saiu do seu carro e entrou no de Cachoeira. Os dois deram uma volta e, 12 minutos depois, retornaram. A polícia registrou o delegado deixando o carro de Cachoeira e entrando no seu.
(…)
Por Fernando Mello e Leandro Colon, na Folha
30 de abril de 2012
Reinaldo Azevedo

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