"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 9 de maio de 2012

ADEUS ÀS ILUSÕES NOVO PRESIDENTE DO SUPREMO SÓ PENSA EM AUMENTO DE SALÁRIO


Quando se esperava que o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, chamasse a si a responsabilidade de moralizar o Judiciário, uma tarefa mais do que necessária e urgente, ao que parece já se pode dar adeus às ilusões.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, afirmou na noite desta terça-feira (8) que irá “sair a campo” para conseguir a aprovação do reajuste salarial no Poder Judiciário.
Após encontro com os presidentes do Superior Tribunal de Justiça, Ari Pargendler, e Tribunal Superior do Trabalho, José Oreste Dalasen, o ministro Ayres Britto disse ao repórter Felipe Seligman que sua atuação será “focada” em dados técnicos levantados pelo Conselho Nacional de Justiça em relação às perdas salariais da carreira.

“A situação não é boa, porque os vencimentos dos servidores vêm perdendo atratividade”, afirmou Ayres Britto. “Com isso, o Judiciário sofre um processo de desprofissionalização, com perda de quadros para outras carreiras mais atrativas financeiramente”.

Além dessa exaltação ao corporativismo Britto também disse que o Poder Judiciário tem que está na “vanguarda” no cumprimento da nova Lei de Acesso à Informação, que obriga os órgão públicos a ter transparência e liberar todas as informações. Como a lei entra em vigor este mês, Britto informou que os presidentes dos tribunais terão outros encontros para formatar a melhor forma de efetivar a legislação.
Quanto à moralização do Poder Judiciário, nenhuma palavra. Muito interessante e sintomático.

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