Desta vez a eleição da presidência do tradicional e histórico Clube de Engenharia está motivando acirrados debates que mobilizam a categoria profissional. Uma das chapas que disputam a eleição, encabeçada por Eduardo Konig, Bernardo Griner e Fernando Tourinho, chama atenção para um grave problema que volta a se verificar no país – a tentativa de abrir o mercado a profissionais de outros países.
Na verdade, a crise na Europa está fazendo com que engenheiros portugueses e de outras nacionalidades venham para o Brasil tentar novas oportunidades. O problema fica maior quando se constata um movimento nos bastidores, visando que o plenário do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) aprove um acordo de flexibilização para a entrada desses profissionais no Brasil.
“Na realidade trata-se não de uma flexibilização, mas sim de uma abertura do nosso mercado de forma sumária, que permitirá que engenheiros estrangeiros de todas as modalidades ingressem no Brasil sem necessidade de revalidação de diploma e análise de grade curricular, como atualmente ocorre, e passem a ocupar funções profissionais com um simples ‘visto temporário’ emitido pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia”, denuncia Eduardo Konig.
Para evitar que se concretizasse a ameaça, Konig enviou uma mensagem aos conselheiros do Confea, manifestando sua oposição à tal “flexibilização” , e publicou-a também no síte da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro. O plenário do Confea se sensibilizou com o problema e acabou rejeitando uma proposta que visava essa “flexibilização” para os engenheiros portugueses.
Não é a primeira vez que isso acontece. Quando houve a tentativa de importação de engenheiros chineses para a montagem da coqueria da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), esses engenheiros que agora disputam a presidência do Clube de Engenharia foram à Brasília para garantir o mercado aos especialistas brasileiros.
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UMA AMEAÇA CONCRETA
Outras categorias profissionais enfrentam o mesmo problema. No caso dos médicos, por exemplo, a ameaça vem dos profissionais formados em Cuba, que não aceitam se submeter a testes de avaliação profissional no Brasil, conforme já denunciamos aqui no Blog da Tribuna.
Por coincidência, o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, acaba de declarar que um projeto de lei sobre imigração, que tramita há três anos no Congresso, pode incluir mecanismos para estimular a entrada de mão de obra qualificada no Brasil.
Disse que o governo está estudando a inclusão de cláusulas (no projeto de lei 5.655/2009) para atender a carências que possam vir a ocorrer em função do crescimento econômico do país.
O Ministério do Trabalho e Emprego, por sua vez, já vem aumentando a concessão de vistos de trabalho para imigrantes. Segundo dados do Conselho Nacional de Imigração, ligado à pasta, em 2011 o Brasil concedeu 70.524 vistos de trabalho para estrangeiros.
O número representa um aumento de 22% em relação a 2010.
A maioria desses profissionais é do setor de petróleo e gás e da área de engenharia, segundo o presidente do Conselho, Paulo Sérgio de Almeida.
Portanto, todo cuidado é pouco.
Na verdade, a crise na Europa está fazendo com que engenheiros portugueses e de outras nacionalidades venham para o Brasil tentar novas oportunidades. O problema fica maior quando se constata um movimento nos bastidores, visando que o plenário do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) aprove um acordo de flexibilização para a entrada desses profissionais no Brasil.
“Na realidade trata-se não de uma flexibilização, mas sim de uma abertura do nosso mercado de forma sumária, que permitirá que engenheiros estrangeiros de todas as modalidades ingressem no Brasil sem necessidade de revalidação de diploma e análise de grade curricular, como atualmente ocorre, e passem a ocupar funções profissionais com um simples ‘visto temporário’ emitido pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia”, denuncia Eduardo Konig.
Para evitar que se concretizasse a ameaça, Konig enviou uma mensagem aos conselheiros do Confea, manifestando sua oposição à tal “flexibilização” , e publicou-a também no síte da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro. O plenário do Confea se sensibilizou com o problema e acabou rejeitando uma proposta que visava essa “flexibilização” para os engenheiros portugueses.
Não é a primeira vez que isso acontece. Quando houve a tentativa de importação de engenheiros chineses para a montagem da coqueria da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), esses engenheiros que agora disputam a presidência do Clube de Engenharia foram à Brasília para garantir o mercado aos especialistas brasileiros.
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UMA AMEAÇA CONCRETA
Outras categorias profissionais enfrentam o mesmo problema. No caso dos médicos, por exemplo, a ameaça vem dos profissionais formados em Cuba, que não aceitam se submeter a testes de avaliação profissional no Brasil, conforme já denunciamos aqui no Blog da Tribuna.
Por coincidência, o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, acaba de declarar que um projeto de lei sobre imigração, que tramita há três anos no Congresso, pode incluir mecanismos para estimular a entrada de mão de obra qualificada no Brasil.
Disse que o governo está estudando a inclusão de cláusulas (no projeto de lei 5.655/2009) para atender a carências que possam vir a ocorrer em função do crescimento econômico do país.
O Ministério do Trabalho e Emprego, por sua vez, já vem aumentando a concessão de vistos de trabalho para imigrantes. Segundo dados do Conselho Nacional de Imigração, ligado à pasta, em 2011 o Brasil concedeu 70.524 vistos de trabalho para estrangeiros.
O número representa um aumento de 22% em relação a 2010.
A maioria desses profissionais é do setor de petróleo e gás e da área de engenharia, segundo o presidente do Conselho, Paulo Sérgio de Almeida.
Portanto, todo cuidado é pouco.
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