João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 27 de junho de 1908
João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, em 27 de junho de 1908. Foi médico, escritor e diplomata.
O autor tornou-se reconhecido mundialmente devido aos traços marcantes presentes em sua obra, como a linguagem inovadora, popular e regional e a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos, invenções e intervenções semânticas e sintáticas. A maior parte da sua obra se passa no sertão brasileiro.
Primogênito de sete filhos, aos sete anos Guimarães Rosa começou a estudar diversos idiomas, como francês, alemão, inglês, espanhol, italiano e esperanto. Além de conceituado escritor, ele se formou na faculdade de Medicina e chegou a exercer a profissão até 1934.
Em entrevista concedida a uma prima ele falou sobre seu grande agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húinteresse no estudo de idiomas. “Eu falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário ngaro, do árabe, do sânscrito, do lituano, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do checo, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras.
Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração”
Durante a Segunda Guerra Mundial, ele ajudou judeus a fugirem para o Brasil ao conceder, ao lado da segunda esposa Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, mais vistos do que as cotas legalmente estipuladas. A ação humanitária lhe rendeu no pós-Guerra, o reconhecimento do Estado de Israel.
Guimarães Rosa morreu no dia 19 de novembro de 1967, no Rio de Janeiro, aos 59 anos. Três dias antes, ele havia tomado posse na Academia Brasileira de Letras, para a qual havia sido eleito em 1963 por unanimidade.
O motivo da posse demorada foi o medo de que o autor sofreria uma forte emoção. No discurso que fez disse que “…a gente morre é para provar que viveu”, quase como uma despedida.
Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas.
Principais Obras:
Romance: Grande Sertão: Veredas (1956).
Contos: Sagarana (1946); Corpo de baile (1956); Primeiras estórias (1962); Tutaméia: terceiras estórias (1967); Estas estórias (1969); Ave, palavra (1970).
24 de junho de 2012
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