"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 10 de julho de 2012

MENTIR NO PLENÁRIO NÃO É QUEBRA DE DECORO - DIZ SENADOR

DE BRASÍLIACom o risco de ser cassado amanhã, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) disse que mentir no plenário do Senado não é motivo para decretar a perda do mandato.
Como havia prometido na semana passada, ele tem feito discursos diários na tribuna da Casa em sua defesa.

Apesar de afirmar que não mentiu quando disse que só mantinha relações de amizade com o empresário Carlos Cachoeira, Demóstenes disse que a Constituição assegura liberdade para o congressista falar o que quiser da tribuna -mesmo que não seja algo verdadeiro.

"Se o parlamentar mentir, é um problema dele com sua consciência e sua audiência, não com o decoro. Aliás, nada do que o parlamentar diz da tribuna pode ser quebra de decoro", afirmou.
Ao lembrar o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), único cassado pelo Senado até hoje, Demóstenes afirmou que na época criou-se o "mito" de que mentir em plenário é quebra de decoro.
"A tribuna é inviolável, segundo a própria Constituição. E tentaram colocar isso porque não conseguiram provar nada contra mim."

O argumento de que faltou com a verdade no plenário foi um dos utilizados pelo Conselho de Ética do Senado para pedir a cassação do seu mandato.

10 de julho de 2012
Folha de São Paulo

COMENTÁRIO

Com o risco de ser cassado amanhã, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) disse que mentir no plenário do Senado não é motivo para decretar a perda do mandato.

Como havia prometido na semana passada, ele tem feito discursos diários na tribuna da Casa em sua defesa.

Apesar de afirmar que não mentiu quando disse que só mantinha relações de amizade com o empresário Carlos Cachoeira, Demóstenes disse que a Constituição assegura liberdade para o congressista falar o que quiser da tribuna -mesmo que não seja algo verdadeiro.

"Se o parlamentar mentir, é um problema dele com sua consciência e sua audiência, não com o decoro. Aliás, nada do que o parlamentar diz da tribuna pode ser quebra de decoro", afirmou.

Ao lembrar o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF), único cassado pelo Senado até hoje, Demóstenes afirmou que na época criou-se o "mito" de que mentir em plenário é quebra de decoro.

"A tribuna é inviolável, segundo a própria Constituição. E tentaram colocar isso porque não conseguiram provar nada contra mim."

O argumento de que faltou com a verdade no plenário foi um dos utilizados pelo Conselho de Ética do Senado para pedir a cassação do seu mandato.
Fábio Pannunzio



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