Depoimentos de Cavendish, de Pagot e da ex-mulher de Cachoeira prometem agitar a CPI. Só fica faltando Cabral.
Carlos Newton
10 de julho de 2012
A CPI do Cachoeira estava em ritmo de meia bomba, mas na semana passada de repente ressurgiu, ao aprovar por unanimidade a convocação do ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot, que são como o personagem do filme “O Homem que Sabia Demais”, de Hitchcock.
A comissão convocou também Andréa Aprígio, ex-mulher de Cachoeira que é apontada pelas investigações da CPI e pela Polícia Federal como laranja do esquema de corrupção do contraventor. Outro convocado foi o empresário paulista Adir Assad, cujas empresas receberam R$ 50 milhões da Delta. A suspeita é de que também seja laranja do contraventor.
Segundo o repórter Ricardo Britto, da Agência Estado, a empreiteira Delta é apontada pela Polícia Federal como empresa ligada ao grupo de Cachoeira e era uma das principais responsáveis por contratos públicos federais. Pagot, ex-diretor do Dnit, foi convocado para falar sobre as acusações de que petistas e tucanos teriam exercido pressão para arrecadações de campanha presidenciais de Dilma Rousseff e José Serra. O Dnit também tem contratos com a Delta, investigada pela CPI.
Foi aprovada também a prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), flagrado em um vídeo no qual negocia apoio de Cachoeira para as eleições de 2004. Raul Filho enviou ofício à comissão colocando-se à disposição para depor. O colegiado também deve aprovar a reconvocação do contraventor, que, da primeira vez que esteve na CPI, permaneceu em silêncio.
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PAULO PRETO
O motivo de maior protesto durante a sessão foi a convocação do ex-diretor da estatal que cuida das rodovias do Estado de São Paulo (Dersa), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. A Dersa firmou contratos com a Delta e o ex-diretor do Dnit acusou Paulo Preto de ter feito caixa dois em campanhas tucanas.
No bloco, a CPI aprovou o convite para que o juiz federal Paulo Augusto de Moreira Lima vá à comissão. Responsável por decretar a prisão de Cachoeira e seu grupo, o juiz federal deixou o caso porque disse ter sido ameaçado de morte.
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SÓ FALTA CABRAL
Os depoimentos dessa verdadeira gangue só devem serem tomados somente após o recesso parlamentar, em agosto. Os membros da CPI devem votar ainda se quebram os sigilos bancário, fiscal e telefônico dos futuros convocados.
Detalhe: por um lamentável esquecimento, a CPI ainda não aprovou a convocação do governador Sergio Cabral, amigo íntimo (ambos são do bloco do guardanapo na cabeça) e ex-concunhado de Fernando Cavendish. Mas é claro que essa falha deve ser logo sanada, assim que a CPI voltar aos trabalhos em agosto.
A comissão convocou também Andréa Aprígio, ex-mulher de Cachoeira que é apontada pelas investigações da CPI e pela Polícia Federal como laranja do esquema de corrupção do contraventor. Outro convocado foi o empresário paulista Adir Assad, cujas empresas receberam R$ 50 milhões da Delta. A suspeita é de que também seja laranja do contraventor.
Segundo o repórter Ricardo Britto, da Agência Estado, a empreiteira Delta é apontada pela Polícia Federal como empresa ligada ao grupo de Cachoeira e era uma das principais responsáveis por contratos públicos federais. Pagot, ex-diretor do Dnit, foi convocado para falar sobre as acusações de que petistas e tucanos teriam exercido pressão para arrecadações de campanha presidenciais de Dilma Rousseff e José Serra. O Dnit também tem contratos com a Delta, investigada pela CPI.
Foi aprovada também a prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), flagrado em um vídeo no qual negocia apoio de Cachoeira para as eleições de 2004. Raul Filho enviou ofício à comissão colocando-se à disposição para depor. O colegiado também deve aprovar a reconvocação do contraventor, que, da primeira vez que esteve na CPI, permaneceu em silêncio.
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PAULO PRETO
O motivo de maior protesto durante a sessão foi a convocação do ex-diretor da estatal que cuida das rodovias do Estado de São Paulo (Dersa), Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. A Dersa firmou contratos com a Delta e o ex-diretor do Dnit acusou Paulo Preto de ter feito caixa dois em campanhas tucanas.
No bloco, a CPI aprovou o convite para que o juiz federal Paulo Augusto de Moreira Lima vá à comissão. Responsável por decretar a prisão de Cachoeira e seu grupo, o juiz federal deixou o caso porque disse ter sido ameaçado de morte.
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SÓ FALTA CABRAL
Os depoimentos dessa verdadeira gangue só devem serem tomados somente após o recesso parlamentar, em agosto. Os membros da CPI devem votar ainda se quebram os sigilos bancário, fiscal e telefônico dos futuros convocados.
Detalhe: por um lamentável esquecimento, a CPI ainda não aprovou a convocação do governador Sergio Cabral, amigo íntimo (ambos são do bloco do guardanapo na cabeça) e ex-concunhado de Fernando Cavendish. Mas é claro que essa falha deve ser logo sanada, assim que a CPI voltar aos trabalhos em agosto.
Carlos Newton
10 de julho de 2012
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