"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

ASSUSTADA COM A GRAVIDADE DE NOSSAS DENÚNCIAS, A CVM TENTA ESCONDER O BLOG DA TRIBUNA

 

É uma estratégia antiga, que funciona mais ou menos como tirar o sofá da sala ou esconder a cabeça num buraco, deixando o rabo de fora, como faz a avestruz. Pode parecer brincadeira, mas esse é justamente o comportamento da atual diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Diante da gravidade das denúncias recentemente veiculadas pela Tribuna (primeiro sobre as relações mais do que próximas entre a CVM e a Bovespa/BMF, e depois sobre as graves irregularidades no caso Aracruz), a resposta da autarquia é tentar impedir a leitura do nosso Blog a seus funcionários, retirando do clipping as matérias que publicamos, sempre com absoluta exclusividade.

A CVM se comporta assim porque não há argumentos contra fatos. E o que fizemos aqui no Blog foi apenas registrar a ocorrência de alguns importantes fatos, que não podem ser desmentidos.
Por exemplo, na semana passada denunciamos a proposital paralisação (por mais de dois anos) da apuração do caso Aracruz, para sepultar o direito de indenização dos acionistas e possibilitar o fechamento de “acordo” para deixar impune um prejuízo de R$ 2,3 bilhões.

E esse “acordo” ocorre exatamente às vésperas da posse da nova diretoria da CVM, fazendo com que isso deixe de ser assunto das editorias econômicas e passe a ser caso de polícia, não há dúvida.

O assunto é apaixonante e vamos voltar a ele. Talvez ainda hoje, se der tempo, em meio a essa correria da volta ao trabalho após o feriadão.

10 de setembro de 2012
Carlos Newton

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